Quem acompanha o Culturaliza BH já conhece a banda Chico e o Mar. O Marcelo Megale já falou deles aqui no site em uma matéria bem legal e já fizemos uma live em nosso instagram com o vocalista Daniel Moreira no passado.
Hoje, voltamos a falar dos meninos para anunciar uma novidade!
A banda que é formada por Daniel Moreira (voz/guitarra), Caio Gomes (bateria), Guilherme Vittoraci (guitarra/backing vocal) e Gustavo Vittoraci (teclado/backing vocal) lançou na quarta (10/03) o seu primeiro EP “sdds” que conta com quatro faixas que falam abertamente sobre os sentimentos e as diversas fases de uma relação.
Com a produção feita durante a quarentena, as músicas são uma forma de agradecimento pelo sucesso e apoio na campanha de financiamento coletivo que aconteceu no ano passado para a realização do primeiro álbum que está previsto para ser lançado no primeiro semestre de 2021.
Enquanto isso, podemos ouvir as novas faixas e aproveitar para descobrir mais sobre o que vem por aí. Inclusive, compartilhamos com exclusividade o lyric vídeo da música “sdds”.
Assista:
Fazer um EP era um marco desejado pela banda já há muito tempo e para a sua produção grandes obstáculos foram vencidos como lembra Guilherme Vittoraci; segundo ele não haviam equipamentos, as faixas eram gravadas em formato acústico e nem eram lançadas pois não se sentiam bem em compartilhá-las.
Vi que tinha capacidade de fazer um EP logo que fechamos as prés do álbum, estávamos muito cansados e optei por começar a fazer algumas coisinhas mais leves. O álbum é mais rebelde, tem uma energia diferente, e precisávamos de algo para respirar um pouco.
Guilherme lembra sobre o início da produção.
Escute o EP:
Assim como quase todas as bandas independentes, o trabalho é sempre compartilhado. A produção do EP da Chico e o Mar foi exatamente assim. Quando Guilherme conta sobre esse processo podemos até mesmo imaginar aquelas esteiras industriais.
Eu produzia no meu pc, exportava os projetos, fazia uma pré-mix e mandava para o Gabriel [Gabriel Duarte]. Ele fazia a mixagem e mandava para o Marquinho [Marcus Marini] que fazia a masterização. Foi um trabalho que passou pela mão de várias pessoas, tanto que ‘acolher’ e ‘sdds’ gravamos grande parte no estúdio do JP [JP Cardoso], gravamos as vozes de ‘acolher’ na casa do Saulo [Saulo Mendes]. Foi um trabalho coletivo e isso fala muito sobre a Chico.
Comenta Guilherme.
Esse mesmo processo acontece na hora de compor as músicas. Todas elas foram escritas e arranjadas pelos integrantes da banda de forma colaborativa. Cada processo recebe os devidos pitacos e até mesmo novas palavras.
Produzir tem sido uma válvula de escape para muitos artistas durante a pandemia e o tema do EP da banda, relacionamentos, sem dúvidas é algo que foi bastante abalado durante esse momento. Segundo Daniel, o tema chegou de forma natural enquanto eles revisitaram uma música que já era apresentada em seus shows chamada “Terra Firme”. Nesse momento de revisita, o refrão e o nome foram alterados, transformando-se em “sdds”.
“acolher”, que fala sobre amizade, surgiu logo depois e foi a partir daí que perceberam que era esse o tema a ser explorado.
Assista:
Mas segundo Guilherme, muita coisa mudou desde o início do isolamento social. A forma de se relacionar teve que ser adaptada e até mesmo o jeito que tudo era feito precisou ser revisto. Hoje, a banda vive o momento mais tranquilo desde o ano passado e a empatia passou a ser algo muito lembrado por eles.
Querendo ou não, além de ser um trabalho, somos muito amigos. Tem que ter um romance, uma parada natural que nos motive. A gente não tem uma banda porque um técnico juntou e fez um time. A gente tem uma banda porque somos amigos e precisamos cuidar disso, além de cuidar do nosso trabalho.
Guilherme lembra o aprendizado adquirido na pandemia.
E o grupo não para por aí… O álbum que está previsto para sair em 2021 já estava sendo produzido antes de todo o caos gerado pelo COVID-19, mas de acordo com Daniel, nenhuma faixa presente em “sdds” estava ou estará no novo material e que podemos esperar uma Chico e o Mar bem diferente.
Esse EP é na verdade uma forma de jogar o que a gente sentiu durante esse tempo pandêmico que foi essa reflexão, essa coisa mais introspectiva e o álbum é uma coisa mais explosiva, com música pra dançar, com música pra se divertir. Aí preferimos passar ele um pouquinho mais pra frente pra gente conseguir fazer da melhor forma possível. Então não é uma prévia do que vem por aí, porque vai mudar ainda, mas é um EP de transição para esse momento.
Daniel comenta sobre as novidades.
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Foto em destaque: Thales Siqueira