Hoje e amanhã, dias 29 e 30 de março, quarta e quinta-feira, acontece o Seminário Beagalê – momento de encontro dedicado a discutir questões nos campos da leitura, literatura, livros e bibliotecas. Na 13ª edição, sediada na Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte (BPIJ-BH) – Centro de Referência das Juventudes (CRJ), o público tem acesso, das 9h30 às 16h, a mesas redondas, conferência e oficinas, com convidados de São Paulo, Bahia e Minas Gerais, sobre o tema “Educativo em Bibliotecas Públicas”. Este ano, a proposta é discutir os significados da função educativa nesses espaços, como ação essencial dessa atuação. As inscrições para a programação podem ser feitas, gratuitamente, pelo Sympla. O 13º Seminário Beagalê é realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte em parceria com a Associação Cultural e Artística Ouro Negro.
A abertura do seminário, na quarta (29.03), será a partir das 9h30. Durante a manhã, o público terá acesso à conferência “A função educativa: experiências de liberdade na biblioteca pública” com Soraia Magalhães (MG) – bibliotecária e autora do blog Caçadores de Bibliotecas. O objetivo é abordar o lugar da biblioteca na contemporaneidade como instituição de convivência democrática, que possibilita o acesso à informação, ao conhecimento, à educação e ao exercício de práticas culturais. A mediação é da gestora da Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte, Daniela Figueiredo.
Durante a tarde, os trabalhos começam às 14h, com a mesa redonda “A mediação de leitura como ação dos educativos em bibliotecas públicas”, comandada por Amanda Leal (SP) – docente na Pós-Graduação Literatura para Crianças e Jovens (Instituto Vera Cruz) e coordenadora do Projeto Piracaia na Leitura – e por Sueli Mota (SP), superintendente de biblioteca da SP Leituras. As convidadas refletem sobre como construir um projeto de formação pautado na liberdade e na garantia de direitos, tendo a mediação de leitura como proposta metodológica. A mediação é de Agripina Vieira (Biblioteca Comunitária Corrente do Bem).
Na quinta seguinte, (30.03) a agenda abre, às 9h30, com o tema “Entrelaços: possíveis diálogos entre bibliotecas e outras instituições”. No atual contexto, em que museus, centros culturais, centros de referência já costumam ter educativos e que nas bibliotecas estes setores ainda estão em processo de consolidação de metodologias, Jana Janeiro (MG), curadora pedagógica no Inhotim, e Valdir Santos (MG), bibliotecário no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) debatem sobre como construir um diálogo interinstitucional para que as experiências sejam fortalecidas. A mesa está sob mediação de Francisca Caporalli, coordenadora artística do JA.CA – Centro de Arte e Tecnologia.
Na parte da tarde, a partir das 14h, o encontro segue dedicado às discussões sobre ações formativas, com duas oficinas temáticas com vagas limitadas. Em “Oficina de desenho e pintura – Auto retrato dirigido”, a ministrante é a artista visual, afroindígena, Ani Ganzala (BA). Com trabalho voltado às causas ambientais e das mulheres e pessoas negras LGBTQI+, Annie explora a mediação da leitura e seu diálogo com as artes, chamando atenção para a importância da formação de um olhar estético. Já na oficina livro cartonero: livros feitos à mão com capa de papelão arte, poesia e auto publicação, a proposta é fomentar a auto publicação e capacitar os interessados em publicar o próprio livro em casa. A oficina é idealizada pela artista visual Beatriz Mom, cujo trabalho transita entre o desenho, a pintura, objetos, instalações e intervenções.
De acordo com a Secretária de Cultura, Eliane Parreiras, a proposta do Beagalê está em consonância com o ART. 15 da constituição brasileira: “É fundamental olhar para a biblioteca como um meio para a formação de leitores e para o pleno exercício da cidadania em sociedades letradas. Neste sentido, as ações do Beagalê possibilitam a democratização do acesso aos bens culturais, ao reconhecer e valorizar a função social das bibliotecas como espaços abertos a todos, com práticas diversas de leitura e escrita que contribuem para o acesso à informação”, afirma.
A presidente da Fundação Municipal de Cultura, Luciana Féres, destaca que o Seminário Beagalê “ampliam os diálogos para a formação de bibliotecários que atuam nos serviços públicos, não apenas na cultura, mas também na área da educação, além de capacitar profissionais da literatura, leitura e escrita atuantes em diversos espaços da cidade e região metropolitana”.
Criado em 2007 pela Fundação Municipal de Cultura, o “Beagalê” contempla o seminário anual de formação continuada de profissionais que atuam com formação de leitores, tanto no âmbito da FMC/PBH, por meio do trabalho em rede da Gerência de Bibliotecas e Promoção da Leitura e da Escrita (GBPLE), quanto em projetos da sociedade civil. O projeto inclui também atividades periódicas de formação na área do livro, leitura, bibliotecas e literatura para o público externo e profissionais atuantes na rede de bibliotecas da FMC.
A gestão do projeto Beagalê está a cargo da GBPLE, vinculada à Diretoria de Promoção dos Direitos Culturais/FMC – responsável por uma rede de 22 bibliotecas, com o acervo unificado e serviços de extensão para formar multiplicadores da promoção de leitura. A rede de bibliotecas atua nos 17 centros culturais, bem como no Museu da Moda, no Cine Santa Tereza, no Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado, na Escola Livre de Artes e na Biblioteca Pública Infantil e Juvenil. A cada ano, o tema central e a programação do Seminário Beagalê são construídos coletivamente com a equipe das bibliotecas da GBPLE.
Projetos de incentivo à leitura em Belo Horizonte
Além do Beagalê, a GBPLE também é responsável por diversos outros projetos de incentivo à leitura na capital mineira, como: Biblioteca acessível, Biblioteca nas redes, Bibliotecas vivas, Concurso Nacional de Literatura João-de-barro: literatura para crianças e jovens, Concurso Nacional de Literatura Prêmio Cidade de Belo Horizonte, Desenvolvimento de acervos bibliográficos e periódicos, Informatização de bibliotecas e Promoção da leitura.
13º Seminário Beagalê
29 de março, quarta-feira
9h30 às 10h – Abertura do 13º Seminário Beagalê
10h às 12h – Conferência de abertura – “A função educativa: experiências de liberdade na biblioteca pública” com Soraia Magalhães (MG), bibliotecária e autora do blog Caçadores de Bibliotecas). Mediação: Daniela Figueiredo – coordenadora da Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte
14h às 16h – Mesa 1: “A mediação de leitura como ação dos educativos em bibliotecas públicas” com Amanda Leal (SP), docente na Pós-Graduação Literatura para Crianças e Jovens (Instituto Vera Cruz), e a coordenadora do Projeto Piracaia na Leitura, Sueli Mota – superintendente de Biblioteca da SP Leituras. Mediação: Agripina Vieira (Biblioteca Comunitária Corrente do Bem)
30 de março, quinta-feira
9h30 às 12h – Mesa 2: “Entrelaços: possíveis diálogos entre bibliotecas e outras instituições” com Jana Janeiro (MG) – curadora pedagógica no Inhotim – e Valdir Santos (MG) – bibliotecário no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Mediação: Francisca Caporalli (JA.CA – Centro de Arte e Tecnologia)
14h às 16h – Oficinas Temáticas (vagas limitadas):
Oficina 1 -Oficina de desenho e pintura – Auto retrato dirigido com a ministrante Ani Ganzala
Oficina 2 – Oficina de livros cartoneros com a ministrante Beatriz Mom
Onde: Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte (BPIJ-BH) – Centro de Referência das Juventudes (CRJ) – Rua Guaicurus, 50 – Centro.
Programação gratuita