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Luiz, Câmera, Ação: Jurassic World – Reino Ameaçado

Filme: Jurassic World: Reino Ameaçado

Gênero: Aventura, Ficção científica
Diretor: Juan Antonio Bayona
Trailer: 

 

 

Quando a aventura é tecnológica e ‘dinossáurica’

 
 
Você é daqueles que, quando eram crianças, amavam dinossauros? Teve bonequinhos de tiranossauro rex, braquiossauro, estegossauro, pterodáctilo e velociraptor? Aprendeu muito sobre eles nas exposições com esqueletos gigantes ou mesmo nas figurinhas da Elma Chips ou do chocolate Surpresa? Se respondeu “sim” para todas as perguntas, então, provavelmente, desde a década de 90, você assistiu e se encantou com todos aqueles “Jurassic Park” que já traziam uma tecnologia e efeitos especiais impressionantes para a época ao criar tão bem esses seres que mexem com nosso imaginário.
 
Agora, 25 anos depois, esse universo lúdico e monstruoso está de volta em “Jurassic World: Reino Ameaçado”, três anos após ser lançado “Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros” – já com os protagonistas Chris Pratt e Bryce Dallas Howard –, reinaugurando essa nova fase “dinossáurica” nas telonas. E dentro desse cosmo viciante, eu só tenho uma coisa a dizer: se os efeitos especiais já eram incríveis há mais de 20 anos, imagine agora, com salas Imax, 3D e todos os recursos da tecnologia atual? É impressionante, incomparável e alucinante!
 
Na história, que é bem ágil, Owen e Claire retornam à ilha Nublar, na América Central, para salvar os dinossauros restantes de um vulcão que está prestes a entrar em erupção no local. Só que, ao chegar lá, eles encontram novas e aterrorizantes raças de dinossauros gigantes e acabam descobrindo uma conspiração que ameaça todo o planeta. Tudo bem que esse tipo de filme nem precisa muito de explicação, mas minha sorte é que eu assisti ao anterior, “O Mundo dos Dinossauros”, na “Tela Quente”, na Globo, há duas semanas, e estava com tudo fresquinho na cabeça – se preferir, esse longa de 2015 está na programação do Telecine atualmente e também disponível no Telecine Play. Não é imprescindível assistir antes, mas ajuda no clima e dá sequência à emoção.
 
Emoção essa que você sente desde a hora que o filme começa e vai até quando ele termina. Sério! Tem umas cenas muito inacreditáveis, e é tudo muito real! O diretor Juan Antonio Bayona soube dar, com maestria, continuidade às aventuras de uma das franquias mais populares e bem-sucedidas da história do cinema, e o roteiro, por mais que seja um pouco previsível, traz cenas de fugas espetaculares e impressionantes – e daquelas bem mentirosas também, claro… mas quem disse que o mundo lúdico da aventura precisa ser verdade?! A chave é a realidade, muito bem imaginada e transmitida pelos precisos efeitos especiais. Por conta disso tudo, pra mim, a nova produção, em cartaz nos cinemas, é bem melhor que sua antecessora e promete novos rumos para a franquia.
 
E não é só isso: o grande lance do roteiro é a questão de vida ou morte dos dinossauros: eles realmente devem ser salvos ou seria melhor que a lava os queimasse vivos, eliminando assim qualquer ameaça aos seres humanos da Terra? Dentro do universo recreativo, divertido e jurássico, o filme ainda traz essa discussão tão atual para os dias de hoje sobre o nosso planeta, onde o homem acredita estar acima do bem e do mal e continua agindo como se não houvesse futuro a se preocupar nem responsabilidades a se angustiar. Nessa frente reflexiva, deveríamos ser como o Nick, de Chris Pratt, quase um super-herói na defesa das espécies. Assim, a natureza não precisaria se inquietar.
 
 

Luiz, Câmera, Ação” é publicada neste espaço toda sexta-feira

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Luiz Cabral
Palpiteiro de plantão, Cabral é, atualmente, responsável pelas colunas SuperDicas (@superdicasbh), com sugestões de gastronomia e diversão na capital; Nossas Histórias, com textos de cotidiano e comportamento; e Luiz, Câmera, Ação – www.luizcameraacao.com, com indicações de filmes e reflexões sobre o que a magia do cinema faz nas nossas vidas. A sétima arte, inclusive, é a sua maior paixão. Aqui neste espaço ele vai narrar, com sensibilidade e crítica, como um filme pode ser muito mais que duas horas de diversão na poltrona do cinema.