Entre as cidades de Catas Altas e Santa Bárbara, está localizado o Santuário do Caraça. A “Por Onde Andei”, desta semana, vem lhe dar dicas sobre este Complexo que reúne fé, natureza, arquitetura, estrutura e histórias para turistas. Considerado uma das sete maravilhas da Estrada Real, o Caraça também é tombado como Patrimônio Cultural nos níveis federal, estadual e municipal.
Mas por que o nome Caraça? Existem duas hipóteses que tentam explicar a origem deste nome. A primeira que defende que Caraça é o nome dado ao formato de um rosto humano na Serra do Espinhaço. Essa hipótese é a mais aceita e foi até mesmo relatada por Dom Pedro II em seu diário. Já a segunda hipótese é de que Caraça em Tupi-guarani significa grande desfiladeiro ou bocaina e isso justificado pela grande depressão existente na serra.
Tudo começou por volta de 1770, quando o Irmão Lourenço de Nossa Senhora comprou a Sesmaria do Caraça, construiu uma capela barroca dedicada à Nossa Senhora Mãe dos Homens e uma casa para abrigar os romeiros. Com a morte do Irmão em 1819, a pequena Ermida do Irmão Lourenço é assumida pelos Padres Lazaristas e após diversas obras fundam ali o Colégio do Caraça, o Seminário Maior de Mariana e o Santuário Neogótico de Nossa Senhora Mãe dos Homens. Em 1968 um grande incêndio destrói a prédio do Colégio, destruindo um acervo de aproximadamente 15 mil livros, por sorte o acidente não teve nenhuma vitima.
Hoje o Caraça recebe em média 70.000 visitantes por ano. Os turistas encontram ali pousadas, restaurantes e trilhas que levam à cachoeiras, piscinas naturais e mirantes com belas paisagens da Serra do Espinhaço. As trilhas são relativamente fáceis, bem sinalizadas, tornando desnecessário a presença de um guia.
Vale apena conhecer este lugar onde a brisa carrega consigo um sensação de paz, luz e tranquilidade.