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O que foi e qual a importância da Semana da Arte Moderna?

Muito tem se falado do Centenário da Semana de Arte Moderna. Vários eventos estão sendo realizados e muitas homenagens estão acontecendo por todo Brasil. 

 

Por aqui, já falamos de vários eventos legais que rolaram e, mais recente, a Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard do Palácio das Artes começou a receber a exposição Percurso Modernista, que apresenta ao visitante, até o dia 10 de abril de 2022, um mergulho na trajetória do movimento artístico. 

 

Além disso, entre os dias 21 e 31 de março, será realizado um Ciclo de Debates que irá discutir e registrar o protagonismo e o significado da participação de Minas Gerais no Movimento Modernista. 

 

Clique aqui para conferir mais sobre os eventos. 

 

Mas você sabe, de fato, o que foi a Semana de Arte Moderna? Vou te explicar um pouco neste post! 

 

 

O que foi a Semana de Arte Moderna?

Pensa num evento cheio de atrações. Dança, música, recital de poesia, exposição, palestras… Foi exatamente assim! Ele foi realizado entre os dias 13 e 18 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo, e a sua proposta principal era apresentar uma nova estética artística para todos os campos das artesOs artistas propunham novas visões de estética artística, baseadas nas vanguardas artísticas europeias. 

 

 

Qual foi o seu principal objetivo? 

Os artistas propuseram novos processos na confecção das artes e, consequentemente, dar à elas, vamos dizer assim, um jeitinho mais brasileiro. A partir desse momento, a informalidade e o improviso, além da liberdade de produção, tornou-se regra da arte moderna. 

Ou seja, as obras realizadas nesse período passaram a ter a personalidade brasileira. O movimento implantou a autenticidade do nosso país nas artes a fim de deixá-la cada vez mais popular. 

 

 

Como o Brasil estava nesse momento? 

O país celebrava o centenário de sua independência e via a industrialização cada vez mais presente, uma população urbana ficando cada vez maior, vivia um clima de fim da Primeira Guerra Mundial, além de rolar um grande número de imigração estrangeiraTodas evoluções colaboraram para que os artistas pensassem nessa nova imagem artística para o Brasil.

 

 

Quais artistas participaram? 

Alguns artistas participaram, como: 

Mário de Andrade (1893-1945);

Oswald de Andrade (1890-1954);

Graça Aranha (1868-1931);

Victor Brecheret (1894-1955);

Plínio Salgado (1895-1975);

Anita Malfatti (1889-1964);

Menotti Del Picchia (1892-1988);

Ronald de Carvalho (1893-1935);

Guilherme de Almeida (1890-1969);

Sérgio Milliet (1898-1966);

Heitor Villa-Lobos (1887-1959);

Tácito de Almeida (1889-1940);

Di Cavalcanti (1897- 1976);

Guiomar Novaes (1894-1979).

 

 

Como foi a recepção? 

Na época foi boa e ruim ao mesmo tempo. A crítica condenou as obras apresentadas e chegou a comparar os artistas com doentes mentais. Já o público se mostrou desconfortável e insatisfeito, ignorando todo o movimento.  Apesar desse “fracasso” do evento, a Semana de Arte Moderna se tornou um marco cultural para a arte brasileira. Suas ideias passaram a ser regras na academia brasileira, principalmente por influência das revistas, movimentos e manifestos que após a Semana de 1922 surgiram.

 

 

Confira as principais obras dos artistas que participaram do movimento: 

 

Abaporu Tarsila do Amaral — Foto: Divulgação MASP
Abaporu Tarsila do Amaral | Foto: Divulgação MASP

 

Durante o evento, Tarsila estava em Paris, mas, logo depois, se juntou ao grupo que liderou a manifestação cultural. 

 

O Homem Amarelo — Foto: Anita Malfatti
O Homem Amarelo | Foto: Anita Malfatti

 

Pierrete — Foto: Di Cavalcanti
Pierrete | Foto: Di Cavalcanti

 

O Artesão — Foto: Vicente do Rego Monteiro
O Artesão | Foto: Vicente do Rego Monteiro

 

Paisagem da Espanha — Foto: John Graz
Paisagem da Espanha | Foto: John Graz

 

 

Fontes utilizadas para a produção da materia: Site Brasil Paralelo e G1 

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Charles Douglas
Virginiano, metropolitano de Ibirité, mas com a vida construída em BH, jornalista recém formado e apaixonado pelos rolês culturais da capital mineira. Está perdido no mundo da internet desde quando as comunidades do Orkut eram o Culturaliza de hoje. Quando não está com a catuaba nas mãos, pelas ruas de Belo Horizonte, está assistindo SBT ou desenhos no Netflix.