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Eles Vão Colorir O Seu Olhar De Rosa Neon.

Uma explosão tropical de cores e muito pop na cena musical de Minas Gerais. O Rosa Neon chegou para derreter o coração do Brasil. Confira;

O Rosa Neon nasceu do encontro inesperado de quatro músicos da cena independente de Minas Gerais. Em 2018, durante a turnê Capiau Elétrico, os cantores e compositores Marcelo Tofani e Luiz Gabriel Lopes se encontraram com Marina Sena e Mariana Cavanellas, que também estavam envolvidas em projetos musicais, no 18° Encontro Cultural de Milho Verde. Desde então, os artistas se aproximaram e, a paixão pela música proporcionou essa união. “Eu não imaginava que seria tão rápido, até porque não dá para medir essas coisas. Mas, eu acho que fizemos tudo do jeito certo e trabalhamos de uma maneira legal para que essa união acontecesse.” explicou Marcelo Tofani, uma das vozes do grupo. 

 

Apelidado carinhosamente pelos fãs de Rosinha, o quarteto apresenta uma estética ousada, colorida e inspirações musicais que vão de Marília Mendonça até Björk. Com uma sonoridade pop-tropical, a banda levanta a bandeira da liberdade: de ser e de sentir. “O sentimento que permeia o nosso primeiro álbum é a liberdade e a leveza, de ser o que se é, e deixar os paradigmas para trás. As sensações são diversas, algumas músicas são para chorar, outras para aconselhar, ficar alegre, se divertir. É para fazer sentir. A gente até gosta de brincar e dizer que o Rosa Neon é para dançar chorando.” comentou Marcelo Tofani. 

Antes do lançamento oficial do álbum que aconteceu em outubro de 2019, a banda lançou oito músicas acompanhadas de um clipe, o que chamou bastante atenção do público. A escolha de lançar música por música antes do álbum cativou o público e fez com o nosso material pudesse ser digerido com mais atenção. Cada faixa teve um lançamento especial, junto com o clipe, para que todo o conceito fizesse sentido. E o retorno foi bem positivo, o público teve tempo para se conectar com cada uma das canções.” afirmou Marcelo Tofani. 

 

Rosa Neon na 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes | Ph: Sarah Leal

Com mais de 15 mil inscritos, 2.322.159 visualizações acumuladas em seu canal no YouTube, 116 mil ouvintes mensais no Spotify e parceiras de peso, como a com o rapper mineiro Djonga, o Rosa Neon tem ganhado cada vez mais espaço no cenário da música nacional. Desde o lançamento do primeiro single “Fala Lá Pra Ela”, em novembro de 2018, a trupe conquistou o coração de público fiel e tem espalhado seu som pelo Brasil e, também, no exterior. No final de 2019, tive a oportunidade de conversar com o Marcelo Tofani sobre o processo de criação do primeiro álbum, composição das faixas, turnê pela Europa e muito mais. Leia abaixo: 

1 – O que foi fundamental para vocês durante o processo de produção do primeiro álbum?

Desenvolvermos a nossa habilidade de trabalhar a distância, com imersões de curtas temporadas. Não morávamos na mesma cidade desde o inicio, em algumas ocasiões, não estávamos nem no mesmo país. Durante quatro meses do processo de criação do primeiro álbum, o Luís estava em Portugal. Nós aprendemos a usar a internet ao nosso favor, gravamos muito material em lugares diferentes, eu e a Mariana em Belo Horizonte, a Marina em Montes Claros e o Luiz em São Paulo ou Lisboa, e deu tudo certo. Soubemos aproveitar os momentos em que estávamos juntos para gravar algumas músicas e os clipes. Assim, nasceu o nosso primeiro álbum. 

2 – O som de vocês é bem pop, tropical e dançante, diferente dos estilos mais tradicionais do cenário musical de Minas Gerais. Como foi o processo de encontrar o estilo certo para o grupo e quais foram as inspirações de vocês durante a composição e produção das faixas do álbum?

Nós gostamos muito de música pop, esse foi o pilar que nos uniu e a música pop é um território muito vasto. Essa sonoridade mais tropical do nosso primeiro álbum aconteceu naturalmente, não foi algo planejado. As primeiras faixas foram produzidas dessa forma e a gente gostou muito. Pode ser que para o próximo álbum, o estilo mude. A falta de uma presença forte do pop no cenário musical de Minas Gerais faz sentido, mas acredito que isso esteja mudando. Vários artistas estão surgindo com novas estéticas e estilos, até porque a música não tem fronteira. Música é música em qualquer lugar. Queremos transmitir vários sentimentos com as nossas canções, todos permeados pela liberdade e a leveza. As nossas composições trazem questões de relacionamentos amorosos, a vontade de ser livre, confiar na sua verdade, as sensações do verão. Foram muitos sentimentos colocados nesse álbum, mas a mensagem principal é a mesma: deixar estigmas para trás.

3 – Desde o lançamento do primeiro single até agora, o Rosinha têm ganhado muito destaque e reconhecimento. Em 2019, estiveram pela Europa com a turnê “#meteórika”, com apresentações em Portugal e na Alemanha. Como essa experiência impactou a vida de vocês?

Ter a oportunidade de ir para a Europa foi algo fora do comum. A minha família não tem o costume de sair do país e eu nunca tinha pensado em sair do Brasil dessa maneira, por mais ambicioso que eu fosse enquanto artista. A minha vontade era de espalhar a nossa verdade aqui no Brasil, mas não esperava ter a oportunidade de fazer isso no exterior. A música nos proporcionou isso. Em Portugal, tivemos uma grande surpresa ao saber que muitas pessoas já conheciam o nosso som. Foi uma experiência emocionante, lembro que o primeiro show aconteceu em uma praça de Lisboa e várias pessoas cantavam as músicas junto com a gente. Já a Alemanha é diferente de qualquer coisa que eu já tenha vivido. A nossa vontade é voltar e fazer mais shows por lá futuramente. 

4 – A capa do primeiro disco é uma referência belíssima ao álbum “Doces Bárbaros”,  do quarteto formado por Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia. Quais grandes artistas influenciam nas letras, melodias e identidade visual do Rosa Neon? 

Nós vamos de Justin Bieber a Caetano Veloso, de Marília Mendonça até Björk. Não temos nenhum tipo de barreira quanto a isso. Somamos muitas referências de outros artistas, compositores, álbuns que gostamos e escutamos ao longo de vida. O que nós queremos é liberdade para fazer o que “der na telha” e essas influências são importantes quando batemos tudo no “grande liquidificador” do Rosa Neon. Tudo se torna muito especial, o importante é não ter barreiras. 

5 – Quais são os planos para 2020? 

Para 2020, os nossos fãs podem esperar muitos lançamentos e shows legais. Nós procuramos sempre inovar de alguma forma, eu acho que esse ano vai ser bem legal para isso e o público vai gostar bastante das novidades. Gostaria de mandar um beijo para todos os fãs do Rosinha e dizer que eu gosto muito de vocês. Tá tudo muito lindo. Temos passado por várias cidades e recebido muito carinho, com shows lotados e a plateia cantando todas as músicas junto com a gente e é isso que importa. A gente faz música para isso.

Recentemente, o grupo anunciou em suas páginas oficiais a saída de Mariana Cavanellas, uma das vozes da banda. Com seu EP em produção e o primeiro single lançado no último domingo, 2 de fevereiro, a cantora seguirá carreira solo. Já o Rosinha, seguirá firme com as vozes de Marcelo Tofani, Marina Sena e Luiz Gabriel Lopes, com show confirmado no Festival Sensacional que acontece dia 8 de fevereiro em Belo Horizonte. Desejo ao Rosa Neon e a Mariana Cavanellas muito sucesso neste novo capítulo de suas carreiras! 

 

 

Assim como o fãs, estou ansioso pelos próximos lançamentos do Rosa Neon. Mas, enquanto o próximo álbum não chega, que tal dançar, rir e chorar ao som das músicas do primeiro álbum que é uma explosão de sensações? E taca stream nessas lendas!

 

 

Foto de destaque: Sarah Leal.

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Marcelo Megale
ei, tá bão? eu sou marcelo! tenho 24 anos, sou estudante de letras na ufmg, produtor de conteúdo e amante de comunicação, cultura pop e, como quase todo mundo, de música. sempre que dá, eu publico uma matéria nova sobre os artistas do cenário musical de bh, vem comigo! aproveita que você já tá aqui e me segue lá no instagram: @marcelopravcs