Após quatro anos a banda inglesa está de volta com seu 12º disco na carreira;
“Sweet Child”, “Take a Good Look”, “Rind That Bell”, “Chula” e “Tonight” são
alguns dos sucessos do novo trabalho
Coluna: ‘Crítica Musical’
Jornalista | Colunista:
Felipe de Jesus
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*Especial: 34 anos de carreira do “Simply Red” e o lançamento do álbum: “Blue Eyed Soul”*
Nos anos de 1980 a música mundial revelou grandes nomes, como, U2, Simple Minds, The Cure, REM e o destacável Simply Red. No entanto, poucos grupos daquela época conseguiram se manter nas paradas musicais e o “Simply Red” é um bom exemplo de persistência e de paixão na música. O grupo que completou 34 anos de carreira é um dos poucos que ainda conseguem manter viva a mesma essência musical do início da carreira e “Blue Eyed Soul (2019)”, seu novo trabalho, é a maior prova de que quando uma banda leva a sério o ofício, os resultados são sempre surpreendentes. O 12º trabalho do grupo, mostra que o vocalista “Mick Hucknall” e o os demais integrantes queriam fazer uma justa homenagem ao “Funk” de Isaac Hayes, Curtis Mayfield, James Brown, Bobby ‘Blue’ Bland e Tower of Power. Pelo o que se percebe, eles conseguiram e com grande êxito!
Com a maestria de sempre, Mick Hucknall, vocalista do grupo, traz com sua banda “Thinking Of You”, música que mantém aquele swing que já conhecemos do grupo. Nada além do que já conhecemos. Excelente! Em seguida “Sweet Child”, chega com a introdução “doce” da guitarra tradicional do grupo. A música é com certeza um dos primeiros hits do novo trabalho. Tanto a letra quanto a sonoridade, agradam do início ao fim. Com “Complete Love” temos todo o romantismo do grupo em evidência. Algo já visto, inclusive, nos últimos álbuns do grupo, como, “Blue (1998)”, “Love And The Russian Winter (1999)”, “Home (2002)”, “Stay (2007)” e “Big Love (2015)”. Em “Take a Good Look” o Simply Red mais uma vez aposta na tranquilidade mesclada a bons toques de guitarras e a voz sensacional de Mick Hucknall. Para mim, mais um hit do novo trabalho.
Com “Ring That Bell”, vemos exatamente a proposta do novo álbum, que é de trazer canções mais levadas ao “Soul e Funk”. “BadBootz” segue a mesma linha da faixa anterior com vocais em evidência e instrumentos em sintonia, principalmente o baixo. Já na faixa “Dont’ Do Now”, o grupo convida o ouvinte para a pista de dança. Mais uma faixa que mostra toda a influência do grupo na era setentista. Dando sequência a mesma sonoridade, o Simply Red traz a faixa “Riding On Train”, que também tem essa mesma característica e chega em “Chula”, que também é uma das minhas faixas favoritas do novo trabalho do grupo. Para fechar com tamanha maestria, o Simply Red chega com a faixa “Tonight”, que dá a impressão de que o grupo queria trazer mais tranquilidade para o ouvinte. De fato, ao escutar a faixa, o que sentimos é realmente a tranquilidade. Linda música
Avaliação
Sou suspeito para falar do “Simply Red”, pois, além de acompanhar a carreira desde a minha adolescência, sempre comprei álbuns do grupo e percebo que a qualidade musical não se perdeu com o tempo. De “Blue Eyed Soul (2019)”, indico as faixas: “Sweet Child”, “Take a Good Look”, “Rind That Bell”, “Chula” e “Tonight” que é linda! Dou quatro estrelas (média), pois senti falta daqueles hits que geralmente permeiam os álbuns do Simply Red. Apesar de que nos dois últimos álbuns: “Stay (2007)” e “Big Love (2015)”, o grupo também não trouxe muitos hits. Mesmo assim, o novo trabalho do grupo que sela os 34 anos de carreira, consegue ainda atrair a atenção do ouvinte por causa da forte presença do cantor “Mick Hucknall”. Se você ainda não ouviu o álbum, escute, pois o Simply Red traz nele toda a essência musical que fez do grupo, um dos nomes mais lembrados da música mundial. Álbum disponível no formato físico e nas plataformas digitais.
Fotos: Simply Red
Até a próxima Crítica Musical.
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