Músicas foram inspiradas em sua esposa e filho; Midnight Summer Jam, Wave, Supplies e Say Something são alguns dos hits
As vezes é difícil imaginar que determinados artistas da música mundial conseguirão passar dos 10 anos de carreira, principalmente se esses cantores saíram de “Boy Bands” famosas. Mas existem nomes na música que se deram muito bem, como George Michael (ex- Wham!), Robbie Williams (ex-Take That) e o “mutifacetado” Justin Timberlake, único “sobrevivente” do extinto grupo ‘N Sync. Prova de que seu trabalho ultrapassou as “baladinhas” do seu “antigo quinteto dos anos de 1990” está em em seu mais novo disco, “Man Of The Woods (2018)”, quarto álbum de estúdio.
Com uma pegada mais Folk/Country Rock, o “showman” como também é conhecido mostra maturidade e uma volta às raízes inevitável. A começar pela música Country do Tennessee (onde Justin Timberlake nasceu há 37 anos) como, por exemplo, em “Say Something” dueto com Chris Stapleton. A música traz uma melodia incrível com violões e batidas eletrônicas na medida. Não é uma canção triste, mas serve para se dedicar a alguém. “Eu ainda estou aprendendo a amar. Apenas começando a engatinhar. Diga alguma coisa, eu estou desistindo de você. Me desculpe por não ter conseguido chegar até você. Em qualquer lugar, eu teria seguido você”.
Em seguida “Man Of The Woods (2018)” traz “Filthy” e a empolgante “Midnight Summer Jam”, que além da batida, mostra que Justin Timberlake fez o dever de casa muito bem. A canção traz uma pegada bem próxima dos hits de seu primeiro álbum “Justified (2002)” com o vocal em sintonia com o pop que ele sabe fazer muito bem. Em “Sauce” o cantor mostra que além de suas raízes do Tennessee (sua cidade natal) com certeza ele voltou a escutar os clássicos dos Jackson Five. A música traz guitarras com batidas que nos convidam para uma pista de dança. A música “Man Of The Woods”, faixa que intitula seu álbum, mostra claramente as raízes de sua cidade natal e ainda traz a atriz “Jessica Biel” (sua esposa) no clipe. Algo bem familiar mesmo.
Já em “Higher Higher” Justin Timberlake traz todo o seu romantismo mostrando que entre a fama e o amor, ele já deixa claro que a família é muito importante. “O estresse é cruel, a fama é uma mentira. Mas você é especial, em todos os níveis. O sucesso é legal, o dinheiro está bem. Mas você é especial, outro nível”. Já em “Wave”, ele mostra que os momentos de relaxamento com um grande amor também fazem parte da vida. “Vamos para uma ilha. Vamos pegar uma vibe. O tempo mais onírico. A água mais azul e fogueiras. Vamos lá, não seja passivo. Isso é fantástico, e podemos praticar um pouco. E milhas em nossos passes por amor?”
O álbum segue com “Supplies”, também com letra mais romântica e uma visão de que o mundo entre duas pessoas é quase perfeito. Já em “Morning Light” ele traz a participação da cantora Alicia Keys (sucesso mundial) e famosa com os hits “No One”, “Girl On Fire” e outras. Nessa canção, Justin Timberlake aposta mais uma vez no romantismo. Com certeza a atriz Jessica Biel deve estar derretida por tanta declaração. “Olha, toda vez que há um novo nascer do sol. Eu abro meus olhos. E eu digo para mim mesmo. No mundo inteiro de caras. Eu devo ser o mais sortudo vivo. Porque eu estou apaixonado por você”. Em seguida o álbum “Man Of The Woods” segue com as canções “Hers”, “Flannel”, “Montana”, “Livin’ Of The Land”, “The Hard Stuff”, “Young Man” e “Breeze Of The Pond”, que traz bastante influência dos anos de 1970.
Avaliação
Entre as faixas que mais gostei e indico, destaco: “Midnigt Summer Jam”, “Sauce”, “Higher Higher”, “Wave”, “Supplies”, “Say Something”, “Morning Light” e “Breeze Of The Pound”. Todas essas músicas mostram que Justin Timberlake não perdeu (como disseram alguns críticos que não devem ter escutado o álbum completo), o caminho da produção musical. Pelo contrário, em “Man Of The Woods” ele deixa claro que a família, os amigos e a paixão pela música podem ajudar a fazer grandes trabalhos. Avalio com cinco (5) estrelas, (avaliação máxima) porque Justin Timberlake voltou as raízes, mas não para mostrar que precisaria disso para produzir um bom trabalho, mas porque renovar as energias perto de quem amamos e queremos estar ao lado, é o melhor remédio para tomarmos decisões e novos rumos. Vale a pena escutar “Man Of The Woods (2018)”. Já disponível no formato físico, no Deezer e também no Spotify.
Até a próxima Crítica Musical.
Crítica Musical é publicada neste espaço toda quinta-feira