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Crítica Musical: Belle And Sebastian atinge maturidade musical com “How To Solve Our Human Problems” 

Mesmo sendo lançado em partes, 10° álbum traz o bom e já conhecido som do grupo, ou seja, nada de novo

 

Quando escutei o Belle And Sebastian pela primeira vez em 2001 para 2002 não entendi muito o som deles. Isso mesmo! Tive certa dificuldade em compreender a mistura de piano, violão, batida eletrônica, diversificação de vocais e o que eles de fato tinham de diferente para passar na música mundial. Nessa mesma época eu estava embrenhado em álbuns clássicos do grupo The Smiths (dos anos de 1980), no Smashing Pumpkins que tinha lançado o aclamado “Machina/The Machines of God (2000)” e no U2 que estava estourado na mídia mundial com “All That You Can’t Leave Behind (2000)”.

 

 

Mas algo neles me lembrava o The Smiths, talvez a capa dos discos (que traziam apenas fotos de pessoas) e o som mais tranquilo  que nos convidava para ficar em casa em dias de domingo. No entanto, acabei me entregando ao som do grupo britânico comandado por Stuart Murdoch (vocalista, guitarrista e tecladista), principalmente pelos discos Tigermilk (1996); If You’re Feeling Sinister (1996); Dog On Wheels (1997); The Boy With The Arab Strap (1998) e Fold Your Hands Child, You Walk Like a Peasant (2000) que traz a antológica canção The Model. De lá para cá a banda continuou a carreira lançando bons álbuns como “The BBC Sessions (2008)” e recentemente “How To Solve Our Human Problems (2018)”, 10° álbum que foi sendo lançado em partes até chegar ao disco completo com 15 músicas. 

 

 

Com o som já conhecido de pianos, batidas eletrônicas, guitarras (com algumas pitadas dos anos de 1980), o Belle And Sebastian mostra que depois de 22 anos de carreira eles atingiram a plena maturidade musical. Na faixa Sweet Dew Lee (que abre o disco), o grupo se aproxima dos álbuns mais expressivos da carreira como “If You’re Feeling Sinister (1996)”, já em We Were Beautiful eles mostram um som bem próximo de “Fold Your Hands Child, You Walk Like a Peasant (2000)”, nada de extraordinário. Em The Girls Doens’t Get It (faixa mais animada) o grupo traz sintetizadores e as batidas que os fãs já conhecem. O refrão mostra entusiasmo. “Eu tenho esperanças para o futuro. E não precisa de dinheiro. E não precisa de mentirosos de duas caras. Um rosto está sorrindo”. 

 

 

O álbum segue com o estilo Belle And Sebastian que todos já conhecem, mas traz algumas faixas interessantes como I’ll Be Your Pilot, que para mim é uma das melhores do disco. Por coincidência, foi uma das primeiras faixas apresentadas para os fãs. A canção A Plague On Other Boys também mostra que eles sabem fazer hits na medida. Essa com certeza é uma das canções que cabem nas rádios de Folk Rock. Poor Boy é uma daquelas músicas que te levantam da poltrona para dançar imediatamente, não tenha dúvidas. A melodia lembra aquelas canções marcantes da “Era Disco”, do final dos anos de 1970. Daí para frente o álbum segue com Too Many Tears (incrível) e fecha com Best Friend. 

 

 

Avaliação

 

Entre as faixas que mais gostei indico I’ll Be Your Pilot (que é linda), The Girls Doens’t Get It, Too Many Tears e também We Were Beaultiful. Essas faixas valem a pena serem selecionadas e repetidas exaustivamente. Quanto ao álbum, avalio com três estrelas (avaliação média) porque o Belle And Sebastian diferentemente de outros grupos da mesma época, não traz nada de diferente ou inusitado em “How To Solve Our Human Problems (2018)”. Basta comparar o álbum com discos anteriores para ver que não tem nada de novo. O interessante é que os vocais de Stuart Murdoch continuam o mesmo de “Tigermilk (1996)”, disco de estreia da banda. Isso me impressionou! Quanto a capa, uma justa e “bela” homenagem aos novos e antigos fãs já que o disco traz alguns sortudos na foto. Aliás, um álbum que não decepciona os fãs apaixonados pelo grupo, pois traz o que eles mais gostam, o bom e velho conhecido som do Belle And Sebastian. Disponível no formato fisico, Deezer e Spotify.

 

 

 

Até a próxima Crítica Musical. 

 

Crítica Musical é publicada neste espaço toda quinta-feira. 

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