Você entra na sala de cinema, o filme começa, e, do nada, as personagens começam a cantarolar sem parar, como se fossem aqueles desenhos de princesas da Disney. Você curte, leva numa boa? Ou você é daqueles que torcem o nariz e não têm um pingo de paciência para esses tipos de musicais? Pois só te digo uma coisa: se essa segunda opção mexe com seus nervos – e você logo descarta os musicais –, mude um pouco sua perspectiva e nem pense em não assistir a “Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo”, porque senão você vai perder uma parceria entre a cantora Cher e a unânime atriz Meryl Streep, o que já vale as quase duas horas de filme.
Tudo bem, isso não é o bastante? Então vamos a outros argumentos que a sequência de “Mamma Mia! O Filme” (2008) nos oferece naturalmente desde a primeira cena. Todo mundo sabe, mas não custa nada reforçar: o primeiro longa é baseado no musical do teatro de enorme sucesso na Broadway, nos EUA, que adapta as canções da icônica banda sueca Abba. Para a sequência, as músicas que não encontraram lugar no primeiro fazem parte da trilha, assim como a reprise das mais populares – e mais dançantes, claro!
A história do diretor e roteirista Ol Parker, em que todo o elenco do primeiro filme retorna (com a adição do veterano Andy Garcia no casting), começa um ano após a morte de Donna (Meryl Streep). Sua filha Sophie (Amanda Seyfried) está prestes a reinaugurar o hotel da mãe, agora totalmente reformado, naquela bela e paradisíaca ilha grega, e está toda orgulhosa disso. Para tanto, Sophie convida seus três “pais”, Harry (Colin Firth), Sam (Pierce Brosnan) e Bill (Stellan Skarsgard), e as eternas amigas da mãe, Rosie (Julie Walters) e Tanya (Christine Baranski), ao mesmo tempo em que precisa lidar com a distância do marido Sky (Dominic Cooper) – que está fazendo um curso de hotelaria em Nova York – e com a chegada de Ruby (Cher), sua avó. O reencontro serve para desenterrar memórias sobre a juventude de Donna (Lily James), no fim dos anos 70, quando ela resolve se estabelecer na Grécia.
Não está convencido ainda?
Pense no visual clean do primeiro filme – que, inclusive, para quem perdeu ou quer rever, está disponível na Netflix. A fotografia é basicamente a mesma, com paisagens de cair o queixo e tudo muito praiano, colorido, romântico e alegre. O roteiro é leve, mas não é nada bobo, como o do primeiro, que só se preocupou em desembolar as canções do Abba e se esqueceu de estabelecer a história. Nesta sequência, existe a preocupação em contar tudo, tim-tim por tim-tim, até de maneira didática, tudo o que ficou em aberto no filme de 2008 e, até mesmo, esmiuçar os tais flash-backs da jovem Donna, muito bem interpretados e cantados por Lily James, a nova queridinha de Hollywood e que toma conta dessa sequência com desenvoltura para próximos musicais. Esse retorno ao passado da personagem vai mostrar toda sua linha temporal: como ela conheceu os pais de sua filha, sua paixão pela música e pela dança, o início da amizade com as Dínamos, a gravidez solitária… Uma mistura de coragem, sinceridade, sonhos e um sorriso contagiante que faz todo mundo sorrir junto.
Não, ainda não te convenci… Então pense em carisma, empolgação, diversão, algo irreverente. “Mamma Mia! 2” oferece tudo isso e mais: promete ser o filme mais alto-astral do ano, não terá concorrente. Se estiver a fim de ver uma produção leve, despreocupada, divertida, bonita visualmente e com uma trilha excelente, não perca tempo e se alimente: como diria uma das canções, se você tiver um sonho, uma fantasia, que te ajuda a atravessar a realidade, pode acreditar em anjos e cruzar a corrente.
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