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Crítica Musical: ‘Ofertório’ reafirma musicalidade de Caetano Veloso e filhos

 

Álbum traz as belas canções Todo Homem, Ofertório e Ela e Eu
 
A história da MPB traz nomes importantes para a construção do pensamento musical no país e Caetano Veloso está no topo dessa lista. Com 50 anos de carreira, mais de 30 discos lançados, “Caê” dispensa apresentações e não é para menos, pois tenho certeza que alguma música dele você conhece. Em seu novo trabalho “Ofertório (2018)”, Caetano não decepciona e a melhor surpresa do álbum são seus filhos Zeca, Moreno e Tom Veloso. 
 
Aliás, Moreno Veloso já tinha participado da capa do álbum “Jóia (1975)” e como músico em “Prenda Minha (1998)”. Além disso, participou também da produção do bem cotado “Abraçaço (2012)”. Com tamanha presença de palco e voz em total sintonia, os filhos de “Caê” mostram que na veia corre sangue musical de primeira. A começar pela canção O Seu Amor (Gilberto Gil) que com o quarteto ficou perfeita. 
 
Mesmo não sendo fã de discos ‘Ao Vivo’, me surpreendi com a perfeição da gravação de Ofertório. Boas Vindas, já lançada no disco “Circuladô Vivo (1992)” parece mais atual do que nunca, como se fosse escrita para Ofertório em homenagem aos seus filhos. Todo Homem, uma das primeiras faixas lançadas do novo trabalho, encanta pela letra, melodia e voz de Zeca Veloso que se aproxima aos vocais de Caetano em discos de 1970. A letra é tocante. “Eu Sou o Cordão Umbilical, Pra Mim Nunca Tá Bom, Todo Homem Precisa de Uma Mãe,”. Imaginei ela também na voz de Caetano e vi o quão é linda. 
 
O álbum segue com sucessos “gostosos de ouvir” como Genipapo Absoluto, ao qual o violão de “Câe” está perfeito. Na música Um Passo a Frente, me assustei. Se não tivesse o nome de Moreno (no vocal), eu acharia que era Caetano cantando. O álbum ainda traz as novas: Clarão, Alexandrina (Funk) e as clássicas: A Tua Presença Morena, Oração ao Tempo e Reconvexo. Gostei das faixas: Todo Homem, Ela e Eu e Ofertório que são as inéditas do álbum. As letras remetem a discos mais antigos como: “Quaquer Coisa (1975)” ou mesmo “Cinema Transcendental (1979)”. 
 
Avaliação – Álbum Ofertório: 
 
Avalio Ofertório com cinco estrelas, (avaliação máxima), pois já vi muitos pais fazendo trabalhos com filhos como Sérgio Reis, Almir Sater e etc, mas nenhum igual a “Ofertório (2018)”. Vale a pena escutar esse grande trabalho que já está disponível no formato físico e também nos canais de música como o Deezer e o Spotify. Até a próxima.
 
 
 
 
 
 
Crítica Musical é publicada neste espaço toda quinta-feira 

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Felipe de Jesus - Siga: @felipe_jesusjornalista
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