O Camaleão Grupo de Dança retorna à Belo Horizonte em um programa duplo, com os espetáculos “senti-DO” e “traZ-humante” após um ano de circulação e aprofundamento na pesquisa das obras.
A pesquisa traz como diferencial a manipulação de diversos objetos cotidianos e destaca a relação entre o sujeito e objeto. Através das técnicas desenvolvidas pelos coreógrafos: “Piso Móvil” de Vladimir Rodriguez (Colômbia) e “Continuum” de Omar Carrum (Omar Carrum), o corpo dos bailarinos é estimulado a experimentar diferentes superfícies, texturas, volumes e intenções. Questionando e descobrindo juntos as possibilidades de ressignificação de objetos-corpos-pessoas-coisas criando assim inúmeras situações e momentos cênicos.
Assim como diz seu nome, o Camaleão, se transforma em cada espetáculo. O Grupo que não possui coreógrafo residente, atualmente conta com 15 montagens em seu repertório, assinadas por diferentes profissionais nacionais e internacionais. O que para uns pode ser considerado ausência de uma linha de pesquisa, para o Grupo Camaleão se mostra como uma possibilidade de percorrer diversos caminhos e de estar em constante transformação. A diretora artística responsável Inês Amaral, ressalta que o Camaleão busca o corpo cênico em cada criação através de suas pesquisas sem se prender a nenhuma linguagem específica. O Grupo muda e se transforma diante de cada momento.” O que pode ser percebida também no elenco que conta com 6 bailarinos de diferentes linguagens: dança contemporânea, danças urbanas, dança clássica, capoeira e circo. O processo de criação dos espetáculos “senti-Do” e “traZ-humante” teve duração de um ano, através de uma profunda pesquisa, conduzida pelos coreógrafos convidados Omar Carrum (México) e Vladimir Rodriguez (Colômbia), dirigida por Marjorie Quast e Inês Amaral.
A primeira noite desta curta temporada, terá abertura do espetáculo solo “senti-DO”, da bailarina Inês Amaral. A dramarturgia baseada no texto de Mário Beneditti propõe uma reflexão sobre as fragilidades humanas, caminhos, escolhas e as diversas interferências das “consciências” nessa construção. Em sequência, o elenco de 5 bailarinos (Dewson Mascote, Glaydson Índio, Luciana Lanza, Pedro Lobo, Sara Marchezini) apresentam o espetáculo “traZ-humante”, numa busca por estabelecer um novo olhar perante a relação dos seres com os objetos que os cercam. Durante a performance, os bailarinos se apresentam como caminhantes, traçando suas rotas deslocando-se entre objetos, reconhecendo e ressignificando as histórias e memórias ali construídas e deixadas para trás.
“Deixamos o público fazer sua própria leitura das fortes imagens apresentadas, mas é claro que a proposta cênica da obra traz nas pessoas a lembrança de grupos em intenso processo de êxodo e de transumância, como por exemplo a situação dos imigrantes ou de pessoas em situação de rua.” Explica Luciana Lanza bailarina do Grupo.
O Grupo Camaleão acredita que a arte contemporânea deve despertar um pensamento crítico e possibilitar reflexões sobre nossa época, não se limitando a nenhum tipo de público ou pessoa. Por isso, retorna a Belo Horizonte após um ano de circulação nacional e aprofundamento na pesquisa das obras, em apresentações em diversas cidades como Natal, Campina Grande, Recife e Viçosa, além de participar do projeto casaCorpoGourmet realizado na edição de 2017 da CASACOR Minas. Em 2018, o grupo prevê apresentações em São Paulo, Porto Alegre e diversas cidades do interior de Minas Gerais.
Abaixo informações sobre os espetáculos:
Espetáculo “traZ-humante”
Quando: 11 e 12 de maio
Hora: 20h
Onde: Galpão Cine Horto (Rua Pitangui, 3613 – Horto)
Quanto: R$20 (inteira) | R$10 (meia-entrada)
R$10 + 1kg de alimento não perecível (meia-entrada social)
Espetáculo “senti-DO”
Quando: 11 e 12 de maio
Hora: 20h
Onde: Galpão Cine Horto (Rua Pitangui, 3613 – Horto)
Quanto: R$20 (inteira) | R$10 (meia-entrada)
R$10 + 1kg de alimento não perecível (meia-entrada social)