Pois mesmo que se vá
E sempre que te vejo já não és mais
Posto que passagem
Lembro dos meus pequenos rituais
Que guardam as memórias afundadas em mim
Desde que naquela estação você se foi
Mas as idas são chegadas em você
E derreto meus altares
Refundo
E de tanto querer
Parece que sua luz
Fraca
De penumbras
Meias talvez
Aliás
Seu nome outro é esse
Segredo
Que esconde para vir noite
Mas que deixa passar também a manhã
Quiçá eu te espere
Meu ritual profano de cada dia
De olhar e amar
Feito cego que escreve para enxergar…
Poema de Bernardo Nogueira
Foto: Wagner Correa
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