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Breve Festival: Músicas, emoções e vibrações duradouras

Já sentiu aquele cansaço bom? Aquele que te faz continuar mesmo não aguentando mais parar em pé. Pois é, foi exatamente esse cansaço que senti nesse último sábado (23/08), durante a cobertura do Breve Festival – Música Para Durar. O evento contou com tantos nomes bacanas da música, que a troca de palco tornava-se uma verdadeira maratona, já que no local haviam duas estruturas instaladas, o Palco Sol e o Palco Espíritu Libre. Foi difícil conseguir fôlego para acompanhar todos. 

 

Bem no início da tarde, ainda em clima receptivo e de desbravamento do espaço (muito bem organizado por sinal), ouvíamos a primeira banda MOONS, que se apresentava no palco Sol, o som alternativo do grupo mineiro contribuiu para aquela básica inserida na vibe do momento. Durante a apresentação, era possível ver uma diversidade linda  de pessoas sentadas próximo ao palco curtindo o som relaxante que saia das caixas de som. 

 

A banda MOONS apresentando o seu som relaxante, abrindo o Breve Festival | Foto Charles Douglas

 

Logo após, mais um som alternativo tomava conta do palco ao lado, o Espíritu Libre recebia a banda Young Lights, também mineira, que trouxe agitação com suas músicas, provocando um bom aglomerado próximo ao palco. Os garotos da banda fizeram bonito durante a apresentação de quase uma hora. O show ainda contou com música inédita prometida para o próximo álbum. A empolgação do vocalista foi rapidamente transmitida para o público. 

 

A agitação e envolvimento da banda Young Lights | Foto: Charles Douglas

 

Voltando ao palco Sol, o som instrumental da banda, também mineira, Iconili fez com que todos se mexessem por ali, já que a batida era envolvente e o alto astral dos integrantes da banda também estava contagiante. Foi difícil ver uma pessoa parada durante os minutos de show do pessoal. O som apresentado por eles serviu e MUITO bem para esquentar o que estava por vir. Era nítido a empolgação dos envolvidos ao se apresentarem naquele palco. 

 

O som envolvente e animado da Iconili | Foto: Charles Douglas

 

E o que vinha a seguir era a já conhecida dos festivais da capital mineira, Graveola, que apresentou suas músicas já conhecidas pelo povo que “acampava” lá pelo palco Espíritu Libre. O show contou com o sempre bom humor de seus integrantes, sem contar com as belas interpretações que nos remetem aquele clima maravilhoso carnavalesco. O foco do repertório foi para o seu último álbum “Camaleão Borboleta”.

 

Graveola apresentando o seu repertório com uma pitadinha de carnaval /| Foto: Charles Douglas

 

Com a linda vista do pôr do sol, no Mirante Beagá, A Banda Mais Bonita da Cidade, subiu ao palco Sol, arrastando uma multidão para a grade, com as letras na ponta da língua. A banda apresentou-se pela primeira vez em BH, após o lançamento do último álbum “De Cima do Mundo Eu Vi o Tempo”. No repertório, músicas de seus outros álbuns e as inéditas na capital faziam fãs irem à loucura a cada passo da vocalista Uyara Torrente, que se mostrava muito à vontade com seus fãs e banda. Destaques para o fim do show, quando coral foi feito pelo público para cantar a música mais famosa do grupo, “Oração”, e claro, no momento que Uyara foi até o público. Nem precisa dizer que os fãs foram a delírio, né?! 

 

Suave e motivador som d’A Banda Mais Bonita da Cidade | Foto: Charles Douglas

 

Já com fãs aguardando na grade, antes mesmo do início do show, o palco Sol recebeu a dupla mais fofa do momento Tulipa Ruiz e Marcelo Jeneci, que apresentaram a turnê “Dia Dia, Lado a Lado”. Os dois deixaram suas carreiras solo por um tempo para dar espaço à uma turnê dedicada à amizade já de anos. Mesclando entre faixas de Tulipa e de Jeneci, era difícil ver alguém calado lá pela frente, já que todas as letras estavam na ponta da língua. Após simularem o fim do show, Tulipa e Jeneci apareceram no meio do público, também para sentir de perto a vibração de todos que gritavam os seus nomes. Que momento! 

 

(Nos bastidores tive uma conversa rápida com Jeneci, que me disse não estar ansioso para o show, mas sim, convicto. Pelo visto sua convicção foi bem forte)

 

A sensibilidade e emoção da amizade de Tulipa e Jeneci | Foto: Charles Douglas

 

Já com as luzes piscando, Projota agitou uma multidão que já aguardava-o na frente e arredores do palco Sol. O rap com mensagens positivas movimentou todos que estavam por lá. A presença de palco do rapper provou o porque o show era um dos mais esperados da noite. As mensagens de superação e de protesto fizeram uma forte reflexão de todos que estavam ouvindo, dançando e cantando pelos quatro cantos do espaço.

 

Projota fez muita gente sair do chão com suas músicas | Foto: Charles Douglas

 

A banda australiana Miami Horror subiu ao palco Espíritu Libre com um estilo envolvente e animado. As músicas da banda traziam uma sonoridade diferenciada, que fez muitos serem envolvidos por ali. Tenho certeza que muita gente que não conhecia o som dos gringos se interessaram e já estão até baixando os discos por aí. Destaque para o envolvimento do vocalista, Josh, que também foi para a multidão, com muita animação, chegando até escalar grades que sustentavam o espaço destinado ao controle de áudio e imagem. Esse queria mesmo agrandar os brasileiros, não é mesmo? Olha, e conseguiu! 

 

Agitação direto da Austrália | Foto: Charles Douglas

 

Continuando a troca de palcos, BainaSystem chegou com uma animação pra lá de encantadora.  Recebida pelo público que usava máscaras que remetiam a símbolos da banda, tanto o vocalista, quanto os demais integrantes da banda passavam uma confiança indestrutível ao interpretarem cada música do repertório. Era possível ouvir gritos dos fãs, que cantavam com muita emoção cada verso. Em alguns momentos, vi muitos fãs criando passos aleatórios enquanto rolavam as músicas agitadas da banda. 

 

BaianaSystem trouxe uma animação maravilhosa | Foto: Charles Douglas

 

“Já que é pra tombar…” e foi isso que ela fez no palco Espíritu Libre. Tombou tudo com seu empoderamento e presença de palco. Karol Conka fez com que a aquela área próxima ao palco torna-se ainda mais pequena. Com frases do tipo “Obrigado por me aceitarem como eu sou”, a rapper fez o público ir a delírio com cada palavra dita lá de cima. Suas músicas, já populares entre a maioria, além de contarem com letras poderosas, levava um ritmo animado que também contribuiu com a empolgação de todos. 

 

Os fãs não tiravam os olhos de Karol | Foto: Charles Douglas

 

Já em um estado de cansaço irreversível, Novos Bianos ainda foram capazes de me fazer levantar para arriscar uns passinhos com os clássicos cantados lá no palco Sol. Além do carisma e das músicas maravilhosas, era possível sentir a emoção de todos ao ver a reunião de uma banda tão querida pelo público após tanto show bacana. É exatamente por isso que o cansaço sumiu durante os momentos marcantes do show. Várias músicas marcantes foram lembradas pelo grupo que sem dúvidas era o mais esperado da noite. 

 

Atenção toda voltada aos mitos da música brasileira | Foto: Charles Douglas

 

Finalizando o festival, Emicida chegou, no palco Espíritu Libre, esbanjando sua simpatia dizendo o quanto estava com saudade de Belo Horizonte. Com um show também marcado por músicas de autoridade e de conquistas, o público cantava e se mexia com muita força, repetindo cada verso cantado ou falado. O rapper, hoje um dos mais conhecidos do Brasil, sacudiu e deu voz às minorias que conseguiram seu espaço por meio da música, assim como ele. 

 

Emicida se sentia bem empolgado em estar de volta a BH | Foto: Charles Douglas

 

Já de madrugada, é chegada a conclusão de que tudo foi cumprido. Desde a proposta de música pra durar até a de reunir grandes nomes em um só único dia. Uma emoção e animação a cada show apresentado naqueles dois palcos presentes no Mirante Beagá.

 

Vale destacar aqui também, que além dos shows, o Festival dedicou um espaço, logo na entrada, para lojinhas bem fofas que vendiam desde acessórios à roupas. Muita gente, além de sair envolvido pela música, saiu envolvido por um estilo bem legal. 

 

Abaixo seguem algumas outras fotos do Breve Festival. Espero que tenha gostado da nossa cobertura! Nos vemos na próxima! 😉

 

Mais: Fique atento em nosso canal do YouTube, pois postaremos, em breve, a nossa cobertura do Festival em vídeo, além de entrevistas com Tulipa Ruiz e Marcelo Jeneci e Karol Conka! Inscreva-se!

 

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Charles Douglas
Virginiano, metropolitano de Ibirité, mas com a vida construída em BH, jornalista recém formado e apaixonado pelos rolês culturais da capital mineira. Está perdido no mundo da internet desde quando as comunidades do Orkut eram o Culturaliza de hoje. Quando não está com a catuaba nas mãos, pelas ruas de Belo Horizonte, está assistindo SBT ou desenhos no Netflix.