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Crônica: Ensinamentos de um céu de outono

– Posso estar sendo egoísta, mas queria chamar este céu de meu! – pedia Dinorá ao olhar para o azul do céu de outono.

 

– Aproveita para contemplar enquanto estamos parados no sinal! – avisou Eriberto.

 

Dinorá percebeu que tinha uns 3 minutos, ou menos, para observar o que estava próximo a ela.

 

Olhou para o céu mais um cadinho e começou a reparar no pipoqueiro em seu traje branco preparando pipocas salgadas e doces para encanto das crianças e adultos.

 

De repente, do seu lado, para um casal andando de bicicleta e aproveitando o sinal fechado eles deram uma olhadinha no guia turístico da cidade.

 

Mais a frente, atravessando na faixa de pedestre, acompanhada de seu cachorro, uma senhorinha levava suas compras feitas no mercadinho em um carrinho.

 

E quando o sinal abriu, Dinorá observou as crianças pulando na fonte que jorrava água cristalina (ainda estava em dias quentes).

 

– E aí Dinorá, ficou em silêncio durante o sinal fechado. Está tudo bem? – perguntou Eriberto.

 

– Contemplei as imagens deste dia. Percebi como tenho que aprender a viver o atual e não pensar tanto no futuro, para não perder instantes como estes e viver os momentos do meu hoje.

 

Eriberto beijou a mão de Dinorá e saiu com o carro.

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