Avenida Augusto de Lima
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Centro - Belo Horizonte/MG
O monólogo Os olhos moles de Pagu inspira-se na vida e obra de Patrícia Galvão, ou apenas “Pagu”, como ficou conhecida. A peça é estrelada pela atriz e produtora Ana Gusmão e tem texto, direção, figurino e iluminação assinados por Kalluh Araújo, premiado profissional das artes cênicas.
Pagu foi considerada Musa do modernismo aos 12 anos de idade. Desde então sua vida foi bastante agitada. Militante ativa do comunismo, Pagu foi a primeira mulher presa por motivos políticos no Brasil, somando 23 detenções. Além do forte histórico de luta, sua biografia é preenchida por muitas obras artísticas. Pagu escrevia, desenhava, traduzia textos e atuava na direção de peças teatrais. É dela a obra considerada o primeiro romance proletário da literatura brasileira, intitulado Parque Industrial (1933). Na ocasião, o livro foi lançado sob o pseudônimo de Mara Lobo.
O cenário de Os olhos moles de Pagu é simples. Remete a uma sala de um espaço qualquer. A vontade da produção é ocupar distintos lugares com a peça, desprendendo-se propositalmente do teatro e demonstrando que a arte não pode se prender aos espaços culturais determinados e sim atingir as mais diversas pessoas.