Segundo álbum ao vivo da banda vendeu mais de 2 milhões de cópias; em minha opinião, trabalho merece ser lançado em vinil
Jornalista & Editor
Felipe de Jesus | Crítica Musical
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Imagem:Titãs/MTV
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Os anos de 1990 foram marcados pelos discos do selo “Unplugged MTV” com Nirvana, Stone Temple Pilots, Eric Clapton, Hole, Alice In Chains e demais artistas. Já no Brasil, o som desplugado foi massificado, na mesma época, através de Gilberto Gil, Capital Inicial, Rita Lee e Legião Urbana, mas nenhum destes, com tanto sucesso como o explosivo “Titãs – Acústico MTV (1997)”.
Gravado no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, o trabalho foi lançado dois anos depois do excelente álbum “Domingo (1995)”, que trouxe o grupo (novamente) para a esfera pop-rock. Estilo um pouco abandonado nos discos, “Tudo Ao Mesmo Tempo Agora (1991)” e “Titanomaquia (1993)”, que adentraram para o rock pesado.
Com uma enorme sintonia entre os integrantes, o “Titãs – Acústico MTV” apresentou para os fãs novas versões de clássicos dos anos de 1980. Ou seja, músicas, como, “O Pulso” (incrível), “Flores” (demais!), “Pra Dizer Adeus” (que se tornou single), além de quatro canções inéditas, incluindo “Os Cegos do Castelo” (também single), na linda voz de Nando Reis.
O trabalho desplugado ainda contou com diversas participações especiais, como, do argentino Fito Paez em “Go Back”, Marisa Monte em “Flores”, o jamaicano Jimmy Cliff em “Querem Meu Sangue” e Arnaldo Antunes em “O Pulso”. Além deles, Marina Lima, na vinheta de “Cabeça Dinossauro” e a rainha do “Rock”, Rita Lee, na versão de estúdio de “Televisão”, lançada na edição em CD.
Sucesso comercial
O “Titãs – Acústico MTV” vendeu mais de 2 milhões de cópias e marcou, também, o início de uma nova fase na banda, que incorporou novos sons aos seus trabalhos posteriores. Um clássico, (que lembro do lançamento, com os meus 14 anos de idade) e que vale a pena escutar. Em minha opinião, merece ser lançado em vinil. Nota: 10/10.