Trabalho que foi lançado recentemente traz 12 faixas
inéditas; esse é o seu 25º álbum da carreira
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[ Jornalista e Editor ]
– Felipe de Jesus
– Imagens: Djavan (Divulgação ‘D’)
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Esperança para “superar o momento sombrio em que vive o país”. Foi com esse sentimento que o cantor e compositor alagoano Djavan voltou ao cenário com o seu mais novo álbum intitulado por “D”, que sela os seus 46 anos de carreira.
O trabalho que traz 12 faixas inéditas e que sucede – “Vesúvio” (2018) – foi lançado recentemente sendo o 25º álbum do artista e para ele, chega para trazer muita luz. Em entrevista à imprensa ele disse: “A gente estava vivendo um período de obscurantismo muito grande, e eu queria o oposto, queria vir com luz, queria vir com uma mensagem de otimismo, queria que as pessoas acreditassem no futuro, só ele pode salvar”, disse a imprensa nacional.
Com uma atmosfera meio jazz, meio funk norte-americano, o cantor e compositor Djavan segue firme trazendo em seu novo trabalho o mesmo frescor de sempre, mas com pitadas de pop que animam o ouvinte e as faixas do trabalho comprovam isso, então, vamos a elas:
■ Faixas:
1 – Primeira Estrada: a faixa que abre o álbum é excelente, ou seja, uma balada romântica feita nos moldes já conhecidos de Djavan.
2 – Num Mundo de Paz: hit disparado, essa chega com um sopro de esperança e otimismo, a faixa dançante e calorosa contagia o ouvinte, principalmente no refrão.
3 – Nada Mais Sou: a faixa, também romântica traz de volta as melodias e arranjos complexos do compositor que fazem malabarismos com o violão.
4 – Cabeça Vazia: na letra temos um conflito amoroso bem alinhado com os dilemas das relações atuais.
5 – Ao Menos um Porto: nessa temos uma bela valsa em que o autor esbanja sua genialidade tanto na letra quanto no ritmo.
6 – Beleza Destruída: esse é um dos pontos altos do álbum, o encontro de gigantes com Milton Nascimento em uma canção que traduz as preocupações com o meio ambiente e as mudanças climáticas.
7 – Servilhando: é um dos momentos mais complexos e elaborados do álbum, mas ainda assim, capaz de tocar o ouvinte. Quase Fantasia faz reflexões sobre um jogo de sedução.
8 – Você Pode ser Atriz: temos aqui um bolero que mostra que é possível dar a volta por cima após uma desilusão amorosa.
9 – Quase Fantasia: uma letra com reflexões sobre um jogo de sedução.
10 – Ridículo: bem elaborada, dá sequência ao romantismo do cantor.
11 – Eh! Eh!: essa é uma releitura da canção feita em parceria com Zeca Pagodinho para Alcione gravar no álbum Eterna alegria (2013).
12 – Iluminado: a faixa, que traz um refrão excelente, encerra a obra em alta com o encontro de Djavan com seus filhos, Flavia Virginia, Inácio, João Viana, Max Viana e Sofia; em uma composição que bem pra cima.
■ Avaliação final:
Em D, Djavan não traz novidades, ou seja, temos algo bem próximo do que já vimos em sua discografia, como por exemplo, no disco Luz (1982) e Lilás (1984), Djavan de 1989, e outros álbuns.
Mas o legal é que ele circula na área sonora em que sua obra tem se firmado nos últimos anos. No entanto, tudo com maestria e tamanho profissionalismo. Um trabalho que vale a pena ser escutado e que com certeza, não decepciona o ouvinte. Vida longa ao mestre Djavan.
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