Agora, sim! Vamos só falar de Oscar 2022!!! Nessa semana, eu fiquei até tardão assistindo ao belíssimo e reflexivo filme “A Filha Perdida”, disponível na Netfllix. E logo de cara já tem esse peso: a protagonista Olivia Colman foi indicada como melhor atriz. Jessie Buckley, que faz a atriz mais nova, recebeu a indicação de melhor atriz coadjuvante, e o filme ainda foi lembrado na categoria melhor roteiro adaptado, que, por sinal, é realmente um primor!!!
Eu achei o filme de uma sensibilidade e de uma coragem incríveis porque ele trata das dificuldades e dos desgastes fisicos, psicológicos e mentais da maternidade de um jeito não muito aceito e difundido pela sociedade. O amor é um sentimento humano como qualquer outro: medo, raiva, tristeza, felicidade… e, às vezes, o amor materno pode ser falho, imperfeito, diferente. E é nesse ponto que o filme tem a coragem de tocar.
Existe um imaginário de que o amor materno nasce, floresce, se desenvolve e se intensifica intrinsicamente em todas as mulheres… Esse é um mito que é passado de geração a geração, e muitas vezes é escondido por muitas mães. O filme escancara essa exceção, e por meio de olhares femininos entre personagens, a verdade se pronuncia. Roteiro excelente, fotografia na Grécia que dá vontade de tirar férias (rs) e atuações precisas! Amei!!!
O filme, dirigido por Maggie Gyllenhaal, mostra a Leda mais velha (Olivia Colman) de férias em uma ilha paradisíaca da Grécia, onde encontra uma jovem mãe (Dakota Johnson), que desperta memórias de seu passado (espaço para os flash backs da Leda mais nova, Jessie Buckley).
Adaptado do livro de Elena Ferrante, autora de “A Amiga Genial”, o longa, além de trazer uma reflexão tocante sobre maternidade, individualidade e culpa, tem um desfecho que deixou em aberto muitas possibilidades de interpretação. Uma história comovente de uma mulher que precisa se recuperar e confrontar o seu passado.
“A Filha Perdida” está disponível para streaming no Brasil pela Netflix. Assista ao trailer: