Nesta quinta, dia 25 de novembro, o cantor e compositor mineiro Felipe de Oliveira, lança seu show ao vivo “Terra Vista da Lua”. Gravado no Teatro Marília, sem público, em função da pandemia da Covid-19, o show apresenta as oito canções do álbum homônimo, que traz sobretudo um repertório inédito de autores da nova cena musical brasileira, quase todos conterrâneos e contemporâneos do intérprete mineiro.
No disco, Felipe dedicou-se às relações de afeto em sua dimensão política, alinhado a um viés anticapitalista e amparado por seus estudos de filosofia e psicanálise sobre o tema – sem ser literal, objetivo ou afirmativo, mas partindo de indagações presentes de forma poética nas canções. Já no show salta aos olhos a “alegoria de ficção lírico-científica”, que traz na metáfora sobre o mundo distópico elementos que nos fazem abordar nossa própria existência de uma maneira mais humana.

“No show, essa questão da ficção científica já vem de forma mais explícita. Até na própria cenografia, no figurino, na construção cênica”, afirma o artista, ressaltando que o trabalho foi viabilizado pelo edital “Descentra”, da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.
Além das músicas do disco, o concerto – que foi gravado e mixado por Edgar Dedig, da banda Zimun – conta com releituras de clássicos da canção brasileira, de nomes como Gil, Belchior e Chico Buarque. “Eu acho que é um show trágico, no sentido teatral. Tem uma carga dramatúrgica muito forte. É um show narrativo, que evolui com uma curva dramática, com início, meio e fim”, afirma o artista, que é formado em Cinema.
Para conferir o show, basta acessar o canal de Felipe no YouTube.