O CCBB BH – Centro Cultural Banco do Brasil recebe mais uma exposição incrível! Dessa vez, a “AI WEIWEI – RAIZ” está em cartaz desde 06 de fevereiro e vai até 15 de abril deste ano. A mostra traz obras do artista chinês Ai Weiwei, reverenciado como um dos grandes nomes da cena contemporânea mundial, e chega à capital mineira, pela primeira vez, após uma temporada de sucesso em SP.
O artista de destaca no cenário internacional pelo interesse que demonstra pelas questões sociais e humanas. A exposição possui vários momentos reflexivos e frases espelhadas pelas seções do Centro Cultural. O destaque foi percebido e “AI WEIWEI – RAIZ” recebeu o prêmio de melhor mostra internacional de 2018 pela APCA e possui curadoria e criação de Marcelo Danttas, que explica sobre o seu interesse no trabalho do artista quando entendeu as conexões estabelecidas para atrelar a produção da arte à transformação social e coletiva.
Quando vi as experiências que ele havia desenvolvido na China, senti que elas poderiam funcionar na América Latina se aplicadas com ousadia, criatividade e iniciativa enérgica. Contatei Ai Weiwei, mas apenas algumas semanas depois ele foi preso e o projeto foi deixado de lado. Durante os últimos anos, mantive contato com ele, e as conversas que tivemos e o que li sobre ele me fizeram perceber que o homem demandava uma missão de outro tipo. Arte não era a coisa mais importante para ele, a vida era.
Completa Danttas.
Destaques da exposição
O projeto reúne trabalhos icônicos do artista, além de obras inéditas nascidas de imersão profunda que ele realizou pelo Brasil. Em uma das seções, é possível conferir a obra “Deixando cair uma urna da dinastia Han” que retrata o jovem artista derrubando intencionalmente uma urna cerimonial de cerca de 2.000 anos, da Dinastia Han, período da história chinesa. A ação foi captada em três imagens e no Brasil elas são apresentadas com peças de lego.
Sementes de Girassol: Nessa obra é possível conferir um trabalho composto por milhões de sementes de girassol de porcelana pintadas à mão por artesões chineses. A obra levanta a questão da produção em massa e perda da individualidade.
Cofre de Lua: A preciosa madeira Huali foi usada para construir uma série de baús que apresentam as quatro fases da lua.
Lei da Viagem (Protótipo B): Um barco inflável de 16m de comprimento foi instalado no pátio do CCBB e expõe o engajamento de Ai Weiwei com a crise global de refugiados.
Brasil
A designer Paula Dib foi a responsável pela imersão do artista pela Brasil sendo apresentado à comunidades, artesões, manifestações culturais e recursos regionais até então desconhecidos por ele, resultando em trabalhos inéditos, feitos com madeira, sementes, raízes, tecidos e couro.
Sete Raízes: A série de obras foi feita de centenárias raízes do pequi-vinagreiro, espécie de árvore típica da Mata Atlântica baiana atualmente em risco de extinção, encontradas desenterradas na região de Trancoso, na Bahia. Na exposição de BH, é possível conferir duas das peças.
O modelo inédito em 3D, em escala 1:25, do pequi-vinagreiro de 31 metros de altura, é um outro destaque da mostra. Ele foi moldado em seu local de origem para ser fundido em ferro no estúdio do artista.
A destacar também, um trabalho composto por ex-votos, esculpidos por artesãos de Juazeiro do Norte (CE), que reproduzem a vida e obra do artista e trabalhos feitos em couro, com citações sobre poder e racismo utilizando o alfabeto armorial de Ariano Suassuna.
“AI WEIWEI – RAIZ” é uma exposição organizada pela Magnetoscópio com Ai Weiwei Studio, em colaboração com a Lisson Gallery e apoio de neugerriemschneider e Galleria Continua.
Vale a pena a visita!
AI WEIWEI – RAIZ
Quando: até 15 de abril (de quarta a segunda)
Horas: 06/02 a 28/02 = 10h às 22h | 01/03 a 15/04 = 9h às 22h
Onde: CCBB -Praça da Liberdade, 450
Quanto: gratuito
Informações: 31 3431-9400