Já falei muito aqui o quanto sou fã da literatura infantil, e sempre que puder vou indicar alguma fofurinha e claro, o seu autor. Os livros são de extrema importância para o incentivo à leitura, desde cedo eles têm a função de incutir nas crianças o gosto pelas histórias. E sabemos o quão importante para o futuro é ter um país leitor. Por isso, leia para uma criança. Dê livros de presente, pelo amor de Deus!
A dica da semana vem direto da Páginas Editora, uma editora mineira especialista em literatura infantil, veja outros títulos da editora aqui. A minha dica é o livro “As árvores invisíveis” da escritora mineira Leida Reis. Leida é jornalista, já tem 4 livros publicados e faz sua estreia na literatura infantil. Como todo clássico da literatura infantil, “As árvores invisíveis”, tem ilustrações expressivas e marcantes, que casam perfeitamente com a história e te levam pra dentro dela. Os desenhos incríveis ficam por conta da Mariana Tavares.
“As árvores invisíveis” conta a história do Sebastião (achei perfeita a escolha do nome do personagem), um menininho negro, apaixonado pelas árvores da floresta. Ele sonha em visitar a Floresta Amazônia para abraça-las. Sebastião vive numa cidade grande, movimentada, e abarrotada de prédios, e todos os aparatos de uma grande cidade. Sebastião percebe sempre ao sair de casa, criaturas estranhas que passam despercebidas pela cidade, e pelas pessoas presas nos seus celulares, imersas nos fones de ouvido.
Mergulhamos na imaginação no menino, suas percepções sobre os “seres estranhos”, a sua preocupação com a solidão deles, e até com um possível ataque à cidade, será? Mas, algo extraordinário e triste acontece para abrir a mente do menino, e também a de muito leitor, seja infantil ou já bem grandinho como eu.
A mensagem final do livro é abrir os olhos para o nosso redor, enxergar um pouco com os olhos de alma e sair da mesmice. Mas, mais do que isso, o livro conscientiza sobre a importância das árvores e da preservação da natureza. Traz um personagem completamente brasileiro desde o nome (chega de nome americanizado), a um protagonista negro, tão ausente na literatura brasileira. É um livro que promove a cultura indígena, trazendo um pouquinho dos ensinamentos do povo Ticuna.
Uma literatura infantil, para todas as idades.
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