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Projeto Cine de Rolê – Sessão Comentada

Voltado para jovens moradores das periferias da capital, o projeto Cine de Rolê, realizará um circuito de sessões cineclubistas, entre abril a agosto, nos principais espaços culturais localizados em BH.

 

A atividade terá como público 80 adolescentes, com idades entre 14 a 17 anos, atendidos pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos promovido pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania – SMASSAC/PBH nos CRAS distribuídos pela capital. Com mediação dos coordenadores do projeto, Simone Moura e Marcos Donizetti e a participação das convidadas Natalie Moura, Paula Granja e Yasmine Evaristo, a sessão de abertura da programação do Cine de Rolê, exibida no dia 27 de abril, trouxe vídeos produzidos por realizadores negros.

 

O objetivo desta ação é contribuir para a formação crítica do público, através do contato dos jovens com os realizadores e suas respectivas produções audiovisuais. Além disso, o projeto pretende através do deslocamento dos jovens de suas comunidades para espaços centrais da cidade, refletir sobre a presença negra nas telas e nos locais onde as sessões do projeto ocorrerá.

 

Idealizado por quatro mulheres negras, o Projeto Cine de Rolê realizou sua primeira sessão em abril de 2014, num espaço improvisado para exibição e debate, no CRAS Zilah Spósito, na região norte da capital. A atividade reunia jovens das comunidades Zilah Spósito, Jaqueline e Rosa Leão, além de receber adolescentes das comunidades do Vila Fátima, do Aglomerado da Serra -, e Santa Rita de Cássia, do Aglomerado Santa Lúcia. Nessa atividade que inaugurava a proposta do projeto, um público de 60 jovens, acompanhavam atentos às histórias projetadas nas paredes do auditório do CRAS, identificando e se sensibilizando com narrativas tão próximas às suas próprias realidades.

 

Simone Moura, uma das idealizadoras e atual coordenadora do projeto, conta que o Cine de Rolê surgiu com o objetivo de provocar a reflexão sobre a presença do negro no cinema. “Queríamos àquela época, estimular o debate, sobretudo nas periferias, a partir das seguintes perguntas: Onde estão os negros no cinema? Quais histórias são contadas sobre tais sujeitos? Que papeis nos cabem na indústria cinematográfica? Dentre outras perguntas que surgem a cada sessão cineclubista do projeto.”

 

Desde sua origem, a ideia do projeto é promover a formação crítica da juventude negra e periférica, além de ampliar o repertório fílmico dessa moçada, através da exibição de produções de realizadores independentes, moradores principalmente nas periferias da capital. Além disso, desde o começo o projeto se preocupou em promover o contato entre jovens espectadores e realizadores, através das sessões comentadas, que acontecem pelo menos uma vez ao mês em diferentes comunidades distribuídas pela capital.

 

“O Cine de Rolê, como o nome já diz é também uma oportunidade dos jovens darem um rolê pela cidade, ao visitarem através das sessões as quebradas de outros jovens, além de outros espaços da capital. Uma vez que as atividades procuram percorrer o maior número de comunidades e territórios de BH.”, diz Marcos Donizetti, um dos atuais coordenadores do projeto. Completando 4 anos de existência, o projeto já percorreu espaços tradicionais e alternativos de cinema espalhados pelas nove regionais da cidade de Belo Horizonte.

 

Desta forma, as sessões do Cine de Rolê já aconteceram em espaços que vão de associações culturais comunitárias, passando por equipamentos públicos como CRAS e Centros Culturais, até salas tradicionais de cinema, instaladas em shoppings, por exemplo. O Cine também já foi temas de festivais e mostras audiovisuais realizadas no Centro de Referência da Juventude e Cine 104. No total, mais 5.000 pessoas já foram diretamente atendidas pelas atividades e sessões do Cine de Rolê. 

 

Abaixo informações sobre o próximo encontro:

Projeto Cine de Rolê – Sessão Comentada

Quando: 11 de Maio

Hora: 14h

Onde: Una – Campus Liberdade Rua da Bahia, 1764 – Lourdes

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Joseane Santos
Canceriana do coração apaixonado, amante da boa música, atleticana no corpo e na alma, mineirinha do interior que encontrou na capital seu lugar no mundo.