Com uma voz bem convidativa e uma sonoridade mista, dominada pelo samba-rock, Eduardo Pio ou Edu Pio apresentou seu primeiro álbum “Conversas de Bar”, em 2015, com letras que remetem às clássicas conversas nas mesas de bares. Um disco bem típico mineiro, mais precisamente belo-horizontino.
Após quase dois anos de sua estreia no mundo dos discos, o cantor e compositor, que já vive de música desde os seus 17 anos, prepara o seu segundo álbum, que de acordo com ele já possui seu conceito definido. E para gerar ainda mais ansiedade, Edu adiantou para gente que uma música presente em seu canal do YouTube fará parte de seu novo trabalho.
Paralelo à produção do novo disco, Edu Pio também faz os shows chamados “História de amor em um país tropical“, que é destaque pelas reflexões feitas por meio das canções que reforçam a força feminina e a derrocada do machismo. “Os shows tem sido bem legais e com uma boa aceitação do público!”
Durante o show, o cantor e compositor deixa um questionamento no ar com a pergunta: “o homem deve ser perdoado ou não?”, e é pelas músicas que algumas reflexões são feitas e até mesmo com decisões do público. Com interação garantida nos palcos, Edu pretende lançar um projeto que dará a chance de seu fã levar seu show até sua casa: “Quero ficar bem próximo do publico, conhecer cada vez mais pessoas! Falar nisso… Quer o meu show na sua casa? hahaha! Se quiser é só chamar!”
Com tantas vivências e uma preparação quente de um novo disco, a principal curiosidade me aparece: “O que mais te inspira na hora de compor e cantar?”, pergunta que é respondida com vontade pelo cantautor belo-horizontino: “Tudo inspira! A natureza, a leitura de livros, ouvir discos variados, a esposa, meus pais, minha irmã, meu violão, minha voz.. A vida é um grande acontecimento! O aprender é o maior motivador! Reconhecer a importância do que está em volta é um grande incentivo! Respirar, sentir.. Isso dá sentido ao processo criativo.”
Em um mercado tão diversificado, a música autoral mineira é bem lembrada por Edu Pio, quando cita grandes nomes que ganharam dimensão nacional, como Skank, Vander Lee, Pato Fu, Jota Quest e Milton Nascimento, e aproveitou para fazer uma reflexão sobre o público do estado: “Minas é um estado conservador e que se apega a tradições. Isso pode ser bom ou ruim. Mas também é um estado que abre espaço para o novo. Eu acho que tudo depende de postura.”
Crédito da foto em destaque: Raquel Magalhães