Haveria um retiro dos poetas? Os poetas deveriam se retirar? Bater em retirada? Para onde? Para um retiro? Abandonar então a rua? Mas e os muros? E essa sarjeta que é a própria cama de quem ama? Retirar-se da sua condição de poeta? Seria poesia o exílio? Ainda assim no limite, No assombro da noite […]
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Poetiza BH: Não Escritas
Pela estreita rua que nascemos O choro é a primeira face que doamos Talvez por isso Quando há amor Escorra Haja vielas pra tanta cachoeira Que é encontro De água com barranco Isso já disse um Rosa Por mais que fuga A água que passa Leva sempre um pedaço Dai que sejamos sempre Pedaços Que […]
Poetiza BH: Aquarela
E se a poesia fosse suja Nossa sujeira interna Aquela que lavamos com sabedoria e razão Do que fugimos Em ordem Cada coisa em seu lugar Manhã acordada Noite não vigília Madrugada para bêbados E de novo No verão Férias Tempo de descanso Aos altares Preces que salvam Retiram as impurezas Retidão Amor a dois […]
Poetiza BH: Ondas (Parte 3)
Talvez houvesse melhorjeito De voar Precisão melhor “amar não é preciso” Preciso falar a ti Não sei mais a qual direção apontar Em voltas De ti Resisto às placas Indicam-me onde ir Entanto Quando chego Outra vez aquela garrafa Lançada para dentro de mim Que ressoa essa espera Não falarei disso novamente Tampouco Não falarei […]
Poetiza BH: Ondas (Parte 1)
E se lhe escrevesse um poema Isso seria uma mensagem As garrafas nos confundem Guardam segredos Feitos as noites Entornam-se pelas ruas Isso ainda seria um poema Endereçado a você Não me receberá Talvez eu entre nessa porta Que tem cheiro de coisa escondida Há dias que espero esse convite Mas as ondas não param […]
Poetiza BH: Rios no Inverno
Talvez a primavera Mesmo que sombras Coloridas Hão de dançar Sortidas Feito suas primas Entanto Brotem líquidos Que escorram Umedecidas Loucas ao sol Derrubarão as torres Não caladas Aladas Lhes tirarão o sono Também haverá dias de silêncio Ausências e risos com choro Mas que escorram Para que resistam Que tornam únicas Sem túnicas Nuas […]
Poetiza BH: Rola moço e rola moça, rolamos
Por certo há semáforos mãos diversas tal como o ziguezaguear nas veias que jovens perdidas pelas vias de mãos triplas fomos andantes até que a cidade nos inventa arvorecemos na praça já era manhã quando chegou sua sombra e antes que houvesse som era outra esquina que nos sentia agora misturados asfalto grama e luz acabamos […]