
O digital revoluciona a relação entre autores, textos e leitores. Nostálgicos do livro e do papel impresso podem ver na proliferação dos computadores, dos tabletes e celulares uma ameaça para a leitura. Mas será que o digital não representa uma oportunidade histórica de criar novos usos e inventar novas formas narrativas? Escritores, editores, produtores e criadores franceses assumiram este desafio de inovação, criando a mostra “Machines à lire” (“maquinas para ler”) que será apresentada ao público na galeria Galeria Georges Vincent da Aliança Francesa a partir do dia 22 de novembro.
A exposição, realizada pela Aliança Francesa de Belo Horizonte e o Institut Français, integra a programação do Novembro Digital, e conta com quatro instalações interativas, onde é possível se divertir e aprender mais sobre o universo digital francês no que tange às novas experiências de leitura: “Emma et la nouvelle civilisation”, “Le portrait d’Esther”, “Oh, Lappli de dessin magique” e “LingoZING”.
Além de conferir as apresentações na Aliança Francesa, o público também pode acessar as obras posteriormente a partir de aplicativos e links disponibilizados nas visitas. Quem comparecer à mostra, também poderá visitar a exposição “S’il vous Play: Jogos Criativos”, que fica em cartaz até dia 20 de dezembro na Aliança Francesa. O público pode conferir games franceses de produção independentes.
A Exposição “Realidade Virtual” vai até o dia 13 de dezembro.

Inspirada pelo episódio – conhecido como Viagem da Descoberta do Brasil – a equipe da CASACOR Minas empreendeu a Caravana Modernista, uma jornada que permitiu uma viagem no tempo, revisitando aspectos artístico-culturais ligados à produção do período modernista no Brasil. De Belo Horizonte a Cataguases, na mesorregião da Zona da Mata, o roteiro de quatro dias também foi encorajado por outro motivo: Na última edição que marcou os 25 anos da CASACOR Minas, a mostra foi realizada pela primeira vez no Palácio das Mangabeiras, antiga residência oficial dos governadores do Estado de 1955. Com projeto paisagístico de Burle Marx e sugestões arquitetônicas de Oscar Niemeyer, o edifício mantém nítida a plasticidade das formas, característica que é típica da produção modernista.
A expedição que partiu do Palácio das Mangabeiras rumo à cidade de Cataguases, revela importantes fatos históricos e um rico acervo que apresentam o pioneirismo da produção modernista brasileira. Os resultados e materiais coletados poderão ser conferidos durante uma exposição no CCBB-BH entre 13/11 e 16/12. Viajar no tempo para revisitar aspectos artístico-culturais ligados à produção do período modernista do Brasil. Esse é o objetivo da Caravana Modernista. A ideia nasceu quando o idealizador da proposta traçou uma linha do tempo a partir do momento em que soube que a CASACOR Minas seria realizada no Palácio das Mangabeiras.

Parte da vigorosa e extensa produção do belorizontino Pedro Moraleida, interrompida precocemente com sua morte aos 22 anos, em 1999, está exposta na Galeria Manoel Macedo Arte. Com curadoria assinada por Marcos Hill e Manoel Macedo, “A barbárie também tem poesia” promete impactar os visitantes.
Dentre as obras escolhidas, figuram algumas séries de pinturas de médio e grande formato e uma considerável quantidade de desenhos ainda inéditos. Nenhuma estará à venda. O inestimável acervo deixado pelo jovem Moraleida
pertence a seus pais que, nos últimos anos, têm empreendido um formidável trabalho de divulgação desta coleção no Brasil e no mundo.

Fotógrafo, pintor, escultor, cineasta… são vários os atributos de Man Ray, um dos maiores artistas visuais do início do século XX e expoente do movimento surrealista. E é parte de sua história criativa – um recorte significativo de seu trabalho – que os belorizontinos poderão conhecer a partir de dezembro na exposição “Man Ray em Paris” nas galerias do CCBB – BH.
Quase 130 anos após seu nascimento o público brasileiro poderá conferir 255 obras do artista ainda inéditas no país, entre objetos, vídeos, fotografias e serigrafias de tamanhos variados – de 40×30 a 130×90 cm – desenvolvidas durante os anos que viveu em Paris, entre 1921 e 1940, seu período de maior efervescência criativa. Após passagem pelo CCBB de São Paulo, a mostra desembarca em Belo Horizonte em 11 de dezembro, e permanecerá em cartaz até 17 de fevereiro de 2020.
Com curadoria de Emmanuelle de l’Ecotais, especialista no trabalho do artista e responsável por seu Catálogo Raisoneé, a mostra que poderá ser vista no CCBB BH será dividida em duas categorias. A primeira trata da fotografia como um instrumento de reprodução da realidade, focando-se em seus famosos retratos – seu ateliê era uma referência entre a vanguarda intelectual que circulava pela Paris da década de 1920 – nos ensaios para a grife de Paul Poiret e em fotos para reportagens. Já na segunda, outro lado se revela: o da manipulação da fotografia em laboratório com o intuito de criar superposições, solarizações e “rayografias”, um termo criado por Man Ray (do inglês “rayographs”), em alusão a si mesmo. Assim, portanto, ele inventa a fotografia surrealista.
Os visitantes ainda poderão acompanhar, a partir de reprodução de imagens a vida parisiense de Man Ray acompanhado pelos artistas que lhe foram contemporâneos e por sua musa, Kiki de Montparnasse. Além de uma programação de filmes assinados por ele, intervenções como um laboratório fotográfico, com elucidações sobre as técnicas utilizadas em sua obra, marcam a interatividade com o visitante. A produção executiva é da Artepadilla.
Está em cartaz na Casa Fiat de Cultura, desde o dia 26 de novembro, a exposição “Percorsi Italiani – 120 anos de história na Casa Fiat de Cultura”. O público pode visitar a exposição até o dia 01 de março de 2020, de terça a sexta das 10h às 21h, e nos sábados, domingos e feriados das 10h às 18h, a entrada é gratuita.
A exposição destaca a trajetória dos imigrantes italianos e sua influência na vida cotidiana de brasileiros e argentinos. “Percorsi Italiani – 120 anos de história na Casa Fiat de Cultura”, tem curadoria da jornalista e historiadora Cinthia Reis. Fazem parte da mostra mais de 100 imagens e fotografias históricas pertencentes ao acervo do Museu da Imigração (Arquivo Público de São Paulo), Museu Histórico Abílio Barreto, Arquivo Público Mineiro, Centro Storico FIAT e da FCA Group Argentina. Além da trajetória dos imigrantes, a mostra aborda também os meios de transportes utilizados por eles. As imagens escolhidas demonstram importantes marcos históricos, costumes, objetos, instituições, eventos, estéticas e estilos, das mais diversas épocas.
Os visitantes podem conferir os destaques da exposição, como: a bola do Palestra Italia (Cruzeiro) – time fundado por imigrantes italianos, datada de 1921; o livro de registro de entrada de imigrantes em Belo Horizonte; as reproduções de pôsteres publicitários da Fiat, produzidos por renomados artistas; um desenho original de Raffaello Berti – que fez mais de 500 projetos arquitetônicos em BH –; um passaporte italiano original, datado de 1909; um dos últimos quadros pintados por Amadeo Luciano Lorenzato (em 1990); um exemplar histórico do Fiat 147, lançado em 1979; uma foto de Minas Horizontina, primeira menina nascida na capital mineira, e descendente de italianos.
Durante o período da exposição (de 26/11 a 01/03/2020), o publico pode participar também de ações diversificadas do Programa Educativo da Casa Fiat de Cultura, algumas sob agendamento e outras sujeitas a lotação. Visitas mediadas, que exploram a história da imigração e os contextos sociais da Itália, da Argentina e do Brasil, nesses 120 anos, serão feitas para grupos espontâneos ou por agendamento, através do telefone (31)3289-8910. Já para participar da atividade “Árvore da Italianidade”, que tem por objetivo a construção coletiva de uma árvore genealógica da italianidade em Minas Gerais, é necessário o agendamento prévio.
Confira abaixo outras ações do Programa Educativo da Casa Fiat:
Encontros com Patrimônio
12 de dezembro de 2019 – 10h às 13h
20 vagas – inscrições pela Sympla
Ateliê Aberto: Pop-Up de Natal
11 a 22 de dezembro de 2019 – de quarta a domingo
Entradas às 10h30, às 14h e às 16h
Participação livre, sujeita a lotação do espaço
Passeio Cultural
12 de janeiro de 2020 – 10h às 13h
20 vagas – inscrições pela Sympla
Ateliê de Férias: A Velha Befana
15 a 26 de janeiro de 2020 – de quarta a domingo
Entradas às 10h30, às 14h e às 16h
Participação livre, sujeita a lotação do espaço
Ateliê Aberto: Carnaval de Veneza em BH
1º a 21 de fevereiro de 2020 – de quarta a domingo
Entradas às 10h30, às 14h e às 16h
Participação livre, sujeita a lotação do espaço

A Galeria do Centro Cultural Minas Tênis Clube, recebe até o dia 2 de fevereiro de 2020, a exposição “Raymundo Colares: de volta à estrada”, ao todo são 30 obras compostas por guaches, gibis, gravuras e pinturas que contam a história do artista. Nascido na cidade de Grão-Mogol no ano de 1944, Raimundo iniciou sua carreira no mundo da arte em nos anos 60, quando a pop art norte-americana surgiu no Brasil.
Colares se inspirou em artistas como: Duchamp (1887 – 1968), Mondrian (1872 – 1944) e Delaunay (1885 – 1941), seu trabalho deixou um legado valioso para arte no Brasil. A exposição tem por finalidade contemplar Raymundo, pois a mostra é composta por trabalhos de outros artista em tributo. “Mesmo com tão pouco tempo de trabalho com a arte, cerca de duas décadas, Raymundo Colares deixou uma assinatura na história da cultura nacional… Para o Centro Cultural Minas Tênis Clube é uma honra mostrar para o público as obras do artista”, diz o diretor de cultura do Minas, André Rubião.

A partir desta quarta-feira, 27 de novembro, a instalação Museum of Me – Um mergulho em sua alma digital chega ao CCBB BH, a atração que conduz o visitante a uma viagem imersiva por sua vida digital permanece em cartaz até 29/12 com entrada gratuita.
Desenvolvida pela CACTUS e produzida pela Dell’Arte, a experiência que passou por São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro e Curitiba é baseada em fotos e mensagens publicadas pelos próprios usuários nas redes sociais e projetadas em dezenas de displays de LCD. Espelhos em todas as paredes, piso e teto da sala, resultam em uma sensação de universo infinito composto pelo conteúdo do próprio usuário.
Os padrões e as imagens se combinam pouco a pouco, resultando em uma colagem caleidoscópica abstrata com hashtags e legendas correspondentes aos momentos compartilhados. Ao longo de um minuto e meio o usuário experimenta um mergulho nos seus principais momentos: o nascimento de um filho, o casamento, uma viagem inesquecível. Quando as projeções estão chegando ao fim, as telas se apagam ao som de uma respiração rápida e ansiosa. Nessa hora o visitante fica com a sensação de ter vivido algo único, inusitado, como um sonho.
Abaixo passo a passo de como participar da exposição:
Para visitar o Museum of Me será preciso informar uma conta no Instagram, rede social utilizada como base para a execução do sistema, e seguir o perfil do CCBB Belo Horizonte no Instragram (@ccbbbh). O espaço permite a entrada de até três pessoas por vez, porém cada experiência será apresentada individualmente. É possível fazer fotos e compartilhar a experiência durante a jornada que dura pouco mais de um minuto. A entrada é por ordem de chegada.
O MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal, localizado no Circuito da Praça da Liberdade, recebe de terça a domingo, até o dia 15 de março de 2020, a exposição “CoMciência” com entrada gratuita.
CoMciência é uma exposição que apresenta os trabalhos dos artistas ganhadores do primeiro “Edital CoMciência – Ocupação em Artes, Ciência e Tecnologia”, que foi lançado em junho deste ano. São ao todo seis trabalhos inéditos selecionados entre 252 propostas inscritas, originarias de 26 países diferentes. A curadoria é assinada pelos artistas e gestores Alexandre Milagres e Tadeus Mucelli.
A exposição conta com as seguintes obras: AcrossTime, de Paul Rosero Contera (Quito/Equador), Campos Elísios, de Henrique Roscoe (Belo Horizonte, Brasil), Código das Minúcias, de Jack Holmer (Curitiba, Brasil); Culturas Degenerativas, de Cesar & Lois (São Paulo, Brasil / San Marcos, USA), Futura Pele, de Thatiane Mendes (Belo Horizonte, Brasil) e Ilha Sonora, de Camila Proto (Porto Alegre, Brasil).

Até o próximo dia 15 de dezembro, o festival Botecar promove 4ª edição do Botecar de Verão – Etapa Seletiva. Dez novos bares vão disputar cinco vagas para o Botecar 2020, que terá a participação dos 30 espaços que tiveram melhor classificação na edição de 2019. Para completar, os amantes da culinária de bar também vão poder relembrar os tira-gostos que fizeram mais sucesso no Botecar 2019. A lista completa com todos os estabelecimentos está disponível no site. (http://www.botecar.com.br/pratos).
Os estabelecimentos foram indicados pelo público ao longo do ano e os jurados selecionaram considerando os requisitos de tira-gostos de raiz, família envolvida e a gastronomia mineira. Os dez novos botecos vão participar com um prato do próprio cardápio e serão avaliados pelo público pela criatividade, qualidade e atendimento. Os preços variam de R$ 20,00 a R$ 39,90.
E quem aprecia uma boa cerveja artesanal pode comemorar, pois o festival chega com uma novidade nesta edição: uma ação de incentivo à produção local de cerveja. As marcas artesanais Albanos, Capa Preta, Loba, Prussia e Wäls vão estar presentes em todos os bares participantes.

A partir do dia 28 de novembro até 23 de dezembro, o CCBB-BH recebe a peça de teatro “Francesco”. Último texto do Nobel de Literatura Dario Fo, o monólogo conta a vida de São Francisco de Assis, baseado nas histórias que o povo contava e não na biografia criada pela igreja.
Talentosa e de personalidade inquieta, a diretora Neyde Veneziano convidou Paulo Goulart Filho para a interpretação. O ator transita a todo momento entre o santo e os demais personagens, são 25 no total, criando gestos e tons de voz específicos para cada um deles. Além disso, cercou-se de uma equipe de criativos formada por Fábio Namatame (cenário e figurino), Daniel Maia (música) e André Lemes (iluminação).