Belo Horizonte Culturaliza Exposições Gratuito ou a baixo custo

Fachada do Palácio das Artes recebe imagens do Festival Internacional de Fotografia de BH

Devido às restrições implementadas para o contingenciamento da pandemia, a Fundação Clóvis Salgado adota uma ação inédita para conectar a 4ª edição do Festival Internacional de Fotografia de Belo Horizonte (FIF-BH) ao público, de forma presencial e segura, por meio da ocupação urbana! Serão plotadas, nos vidros da fachada do Palácio das Artes, e no outdoor localizado na junção da fachada com o Parque Municipal Américo Renné Giannett, 25 imagens de 12 fotógrafos selecionados pelo FIF-BH.

A ocupação proposta busca realizar uma ligação das imagens selecionadas com o ambiente urbano, extrapolando as paredes das Galerias e democratizando o acesso às imagens. Com realização e curadoria de Bruno Vilela Guilherme Cunha, ambos artistas e pesquisadores, em parceria com a pesquisadora Patrícia Azevedo, as exposições completas do FIF-BH já estão montadas em três galerias do Palácio das Artes (Galeria Genesco Murta, Galeria Arlinda Corrêa Lima e Galeria Aberta Amilcar de Castro) e na CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais, e serão abertas para visitação tão logo as condições sanitárias atingirem um patamar seguro para a reabertura dos espaços culturais.

As obras selecionadas para a fachada do Palácio das Artes fazem parte de um recorte curatorial da mostra completa,  que conta com fotografias das séries Sob ataque, de Paulo Fehlauer e Rodrigo Marcondes (Brasil), História depois do apartheid, de Haroon Gunn-Salie (África do Sul), 59 retratos da juventude negra brasileira, de Edu Simões (Brasil), Contar contos, de Lebohang Kganye (África do Sul), Garotas do calendário, de Julia Gunther (Alemanha), Nantu, de Pablo Albarenga (Uruguai), Cimarrón, de Charles Fréger (França), Heróis do brilho, de Federico Estol (Uruguai), Utopia plástica, de Henri Blommers (Holanda), Chicarron, de Hiro Tanaka (Japão), Regras ocultas separadas, de Makoto Oono (Japão), e Mundos em construção, de Nicolas Henry (França).

Em dimensões poéticas e propositivas, as imagens apresentam reflexões que debatem desde o campo da biodiversidade planetária, até questões de resgate de memória ancestral, pensando no campo dos valores simbólicos. O transeunte poderá observar imagens que refletem acerca da superprodução de plástico no nosso meio ambiente, do sucateamento dos direitos humanos e domínio de estruturas de poder, do racismo estrutural na sociedade brasileira, e da noção de identidade e memória, com destaque para os valores e mitologias locais. Todas as fotografias propõem reflexões sobre os modelos de organização política e social vigentes, convidando o público à reflexão

 

Ocupação externa FIF – BH – Exposição Imagens Resolutivas

Onde: Fachada do Palácio das Artes  – Avenida Afonso Pena, 1537, Centro – Belo Horizonte/MG 

Informações: (31) 3236-7400

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Fabiane Rodrigues
Taurina, mãe de dois gatos e Mestranda em Estudos de Linguagem. Apaixonada por manifestações e produções culturais, questões sociais e o empoderamento da mulher negra. E, claro, stalker profissional, formada pelo ID Discovery!