“É possível lutar pela cultura em um ano como 2020? Para nós, não só é possível, como é extremamente necessário.”
É com essa força de vontade que os organizadores da Mostra Tiradentes em Cena apresentam, pelo oitavo ano seguido com um calendário normal, o evento que acontece na cidade de Tiradentes, em Minas Gerais. A pandemia fez os setores, inclusive o cultural, repensarem cada uma das suas atividades. A produção teatral ficou invariavelmente desfalcada e precisou migrar para o cenário online. E é justamente nesse cenário diferente, e com parte da audiência canalizada no on-line, que as cortinas irão se abrir.
Durante quatro dias, haverá apresentações dos mais variados gêneros. Espetáculos, música, dança, exposições, oficinas, intercâmbios e rodas de conversas que irão estimular a reflexão do pensamento e entreter o público, respeitando as normas da Organização Mundial da Saúde.
– O Tiradentes em Cena sempre acontece em maio, mas com todo esse cenário faremos em novembro. Neste momento de pandemia e isolamento, onde a classe artística foi uma das mais afetadas, faz-se necessário retomar a renda e a possibilidade de trabalho do meio artístico. Somos uma equipe formada por pessoas que acreditam na arte, na pluralidade, na diversidade e no poder de transformação e na inclusão da cultura. A produção cultural é importante para a cadeia produtiva, pois gera empregos, rendas, impostos, promove circulação de espetáculos, gera trocas. Por isso vamos resistir com AMOR – conta a idealizadora da mostra, Aline Garcia.
Mostra de Artes Cênicas Tiradentes em Cena
PROGRAMAÇÃO COMPLETA 2020
De 18 a 21 de novembro
18 de novembro – quarta-feira
10h – ABERTURA OFICIAL
Local: Sobrado Cultural Aimorés
Local:YouTube.com/TiradentesEmCena / exibição ao vivo
11h – Bate-papo atriz TeudaBara com o escritor e jornalista João Santos sobre o livro“Comunista demais para ser Chacrete”
Local:YouTube.com/TiradentesEmCena
O livro é, na verdade, um perfil biográfico da mitológica atriz mineira, consagrada por sua trajetória junto ao Grupo Galpão e por sua incomparável gargalhada. Resultado de uma convivência íntima entre o autor, João Santos, e a atriz, já aos seus 79 anos de idade, o livro narra episódios desde a infância de Teuda, seu ingresso no teatro, até suas mais recentes aventuras, da resistência à ditadura militar a sua passagem pelo renomado Cirquedu Soleil, em Las Vegas
Publicação:Editora Javali
Autoria: João Santos
Projeto visual: Estúdio Lampejo
14h – Luta (Belo Horizonte)
Local:YouTube.com/TiradentesEmCena
Como se constrói um mito? Luta é um espetáculo criado para e com TeudaBara. Visitando suas memórias, a atriz, em cena, ficcionaliza sua trajetória, cria imagens, conta casos e elege a Luta como alegoria para o teatro e a própria vida.
Dramaturgia: Cléo Magalhães, João Santos e Marina Viana
Diretores: Cléo Magalhães, João Santos e Marina Viana
Elenco:TeudaBara
Trilha sonora original:Barulhista
Cenógrafo:Taísa Campos
Figurinista: Cléo Magalhães
Iluminador: Marina Arthuzzi e Rodrigo Marçal
Produção executiva: Beatriz Radicchi
Duração: 30 min
Classificação: 12 anos
18h – “Poesia neles” (Rio de Janeiro e Tiradentes)
Local: Sobrado Cultural Aimorés
Exibição: YouTube.com/TiradentesEmCena
Sinopse: “E agora, o que faremos? Poesia! Eles detestam poesia.”. O que seria deste mundo pandêmico se não fosse a arte? Partindo desta premissa, o “Poesia neles” permeado por música e dança proporciona respiros em meio ao caos através dos poemas de Elisa Lucinda, Solano Trindade, Jonathan Silva, Mário Quintana, Adélia Prado, Tatiana Nascimento e muito mais!
Concepção: Luiza Cassano
Direção:Geovana Pires
Elenco:Geovana Pires, Jô Assumpção, Luiza Cassano e Rozan
Participação: MC Frog
Duração:30 min
Classificação: Livre
19h – Solano, Vento Forte Africano(Rio de Janeiro)
Local:Adro Museu de Sant’Ana
Exibição: YouTube.com/TiradentesEmCena (após exibição roda de conversa ao vivo)
Elisa Lucinda e Geovana Pires, que também assina a direção, em sua dramaturgia colocam uma luz não só sob a obra mas na importância do homem Solano Trindade para o mundo. É o nosso Gandhi da literatura popular brasileira. E justamente por falar de forma muito sincera das dores do mundo é profundamente atual mais de quarenta anos após a sua morte. O mundo necessita da voz pacificadora de Solano. De maneira cadenciada e auxiliado pela pluralidade musical brasileira, a peça é permeada por música, canto, dança e sapateado, conduzindo o espectador de forma lúdica à trajetória de Solano. Inicialmente composto para sete atores, vale ressaltar que devido à pandemia o espetáculo foi reformulado para dois atores: Val Perré, que foi indicado ao premio Shell e o ator, músico e dançarino, Rozan.
Elenco: Val Perré e Rozan
Participação especial: Mestre Prego e Congado Nossa Sra do Rosário e Escrava Anastácia
Dramaturgia: Elisa Lucinda e Geovana Pires
Direção: Geovana Pires
Duração: 60 min
Classificação: Livre
19 de novembro – quinta-feira
10h – Corpo-estandarte (Tiradentes)
Local: ruas de Tiradentes
Uma intervenção artística utilizando mensagens de conscientização do uso da máscara e união humanitária nesse momento de quarentena através de uma instalação humana itinerante. Inspirado na obra Parangolé de Hélio Oiticica. O Parangolé é uma espécie de capa que se veste, com textos, fotos, cores e que serve como uma Obra-ação-multisensorial.
Elenco: Roberta Mesquita e Lana Borges
Produção: Alevante Cia
Duração: 40 minutos
Classificação: Livre
10h – O teatro nos tempos da cólera com Pedro Paulo Cava (Belo Horizonte)
Local:Sobrado Aimorés
Exibição: YouTube.com/TiradentesEmCena / ao vivo
Desde que foi criado há alguns milênios, o teatro tem sido alvo da intolerância política, religiosa, intelectual. Perseguido, maltratado, proibido, degredado, assassinado, calado à força, o ator resiste ao longo do tempo a todo tipo de autoritarismo e cerceamento de sua condição primordial: retratar o mundo que vê pela perspectiva do seu olhar aguçado. E ao teatro cabe resistir a estas pandemias cíclicas com sua inteira capacidade de indignação e resistência a qualquer tipo de censura à liberdade de criar e se expressar. O teatro precisará se reinventar em forma e conteúdo se quiser sobreviver. E cabe a nós conversar sobre todas as formas de enfrentamento aos desafios que estão ai. Esta é a minha proposta aos participantes do Tiradentes em Cena. Vamos juntos?
Duração: 40 min
Classificação: Livre
11h – Narrativas: teatro de grupo, teatro de elenco e sustentabilidade das ações
Local: Sobrado Cultural Aimorés
Exibição: YouTube.com/TiradentesEmCena / ao vivo
Uma conversa sobre editais, Lei Aldir Blanc, gestão, compartilhando de experiências e formas de gestão dos grupos e da carreira artística.
Convidados:Juliano Felisatti Pereira /Teatro da Pedra; Leticia Napole/ Via Napole Comunicação, Juninho Severo/Cia Fofocas e Priscila Natany (Cia Mineira)
Duração: 40 min
Classificação: Livre
13h – Um canto torto feito faca (São João Del Rei)
Local: ruas da cidade
O Teatro da Pedra, de maneira segura, ocupa as ruas de Tiradentes para trazer uma mensagem de amor e superação nesses tempos pandêmicos. Os atores do grupo, acompanhados de um músico convidado, percorrerão as ruas da cidade histórica com músicas e poesias.
Direção: Juliano Felisatti Pereira
Produção: Teatro da Pedra
Duração: 40 min
Classificação: Livre
18h – PERFORMANCE 999 (Belo Horizonte)
Local: SesiMinas Tiradentes Yves Alves
Exibição: YouTube.com/TiradentesEmCena a partir do dia 20 de novembro
Uma casa, o silêncio e um habitante que conta os dias sem saber quantos são. Não há distância, ele está aqui, você pode sentir? O que vivemos agora? O senhor vê?
Sobre o Teatro dos Sentidos: cada viajanteou público, é convertido em imaginante, é ele quem cria, forma e deforma suas próprias imagens. A escuridão descodifica o corpo: mãos podem ver, o nariz evoca, os ouvidos podem sentir o silêncio. O público retorna para suas origens e cheira, toca e sente como se fosse a primeira vez. A busca de uma linguagem sensorial responde a necessidade de recobrar o corpo como fonte de conhecimento.
Solo: Carolina Correa
Duração: 30 min
Classificação: Livre
20h – O Prazer é Todo Nosso – leitura (Rio de Janeiro)
Local: Sobrado Aimorés
Exibição: YouTube.com/TiradentesEmCena (ao vivo)
Não é uma peça sobre amor, sobre romance, nem sobre relacionamentos. É uma peça sobre sexo. Onde o olhar é o da mulher. São várias histórias peculiares, espirituosas e engraçadas sobre sexo. É confessional sem ser biográfico. Uma mulher dona da própria vontade, do próprio sexo e capaz de escolher o que fazer cada dia. Sem culpa. Mãe, filha e profissional, depois de casada por 17 anos descobre um sexo antes desconhecido. Um sexo livre, ativo, presente e libidinoso. Igual sempre foi permitido aos homens. Uma mulher, sozinha em cena, falando de sexo, vontades e desejos. Uma comédia recheada de fatos reais, um pouco ficcional, narrada com ironia e sinceridade. É confessional sem ser biográfico.
Argumento e idealização: Juliana Martins
Texto: Beto Brown
Direção: Bel Kutner
Elenco: Juliana Martins
Duração: 50 min
Classificação: 16 anos
21h – PANDAS OU ERA UMA VEZ EM FRANKFURT (SÃO PAULO)
Local: Zoom eYouTube.com/TiradentesEmCena
Um casal de desconhecidos acorda na mesma casa.Trazem apenas fragmentos da da noite anterior. Eles precisam um do outro para montar esse grande quebra cabeça de sentimentos e memórias.Esta experiência foi concebida durante a quarentena da Covid-19, com os artistas envolvidos, isolados em suas casas. Adaptação do texto teatral, “A História dos ursos pandas (contada por um saxofonista que tem uma namorada em Frankfurt)”, do dramaturgo romeno, MateiVisniec.
Texto:MatéiVisniec
Direção e dramaturgismo: Bruno Kott
Elenco: Mauro Schames e Nicole Cordery
Duração: 40 min
Classificação: Livre
20 de novembro sexta-feira
10h – Roda de Conversa sobre a Lei n° 10.639/03
Local: Aimorés Cultural
Exibição: YouTube.com/TiradentesEmCena / ao vivo
Bate papo com as professoras sobre a Lei n° 10.639/03, que tornou obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira nas escolas de ensino fundamental e médio do Brasil, sobretudo nos âmbitos da Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras.
Duração: 40 min
Classificação: Livre
11h – Cartas de Amor (São Joao Del Rei)
Local: ruas da cidade
Você pode até pensar que, em plena era de lives, as cartas saíram de moda, mas quem é que não gosta de receber um trecho de um poema numa folha de papel? Essa é a missão da intervenção poética criada por Júnio de Carvalho e Priscila Natany. Os dois passeiam pela cidade distribuindo mensagens de amor e felicidade através da escrita.
Produção:Cia Mineira de Teatro
Elenco: Priscila Natany e Júnio de Carvalho
Duração:50 min
Classificação: Livre
16h –Terrena(Belo Horizonte)
Local: Alto do São Francisco
Exibição: YouTube.com/TiradentesEmCenano dia 21 de novembro
Uma dança sobre a Terra. Um mover de amor com os pés em terra .Nos nutre e nos engole. Nos sustenta e nos enterra. Terrena,performance de dança da artista Renata Mara, baseada no reconhecimento de nossa condição humana enquanto seres finitos. O trabalho busca revitalizar o amor pela vida e pela terra, mediante a consciência da morte.
Elenco: Renta Mara
Produção: Tiradentes em Cena
Duração:20 min
Classificação: Livre
18h – Iabas e suas histórias (Belo Horizonte)
Local: Sobrado Cultural Aimorés
Exibição: YouTube.com/TiradentesEmCena / ao vivo
Três mulheres negras na roda ancestral, que contam, cantam e encantam histórias da cultura africana. Corpos negros cheios de histórias que revelam no gesto, na veste e na fala seus lugares, o lugar do povo negro contando nossas histórias.
Produção:CoeltivoIabas
Elenco:Madu Costa, Magna Cristina e Chica Reis.
Duração: 40 min
Classificação: Livre
20h – Teatro negro: múltiplo e plural
Convidadas:
– Lucimélia Romão, acordeonista, artista de rua e performer. Cursou Artes Dramáticas na Escola Municipal Maestro Fêgo Camargo, em Taubaté. Em 2014, inicia a graduação em Teatro na UFSJ-MG, e inserida em projetos de pesquisa e extensão passa a desenvolver trabalhos performativos. Durante sua graduação é contemplada com Mobilidade Acadêmica, em 2017, na UFMG, começando sua pesquisa sobre instalações, teatro negro e performance negra. Desde então, desenvolve trabalhos de perspectiva político-social voltados para a denúncia da mortandade da população negra brasileira.
– Isis Ferreira é mulher preta, periférica, mãe de Morena e guerreira filha de Iansã. Cantora de samba, ofício e amor. Natural de Barbacena-MG, mudou-se em 2009 para São João Del Rei onde, desde então, desenvolve sua caminhada de vida artística e profissional.Em 2019 iniciou seu primeiro projeto autoral com canções que versam sobre o pertencimento negro, suas inquietações, ancestralidade, lutas, memórias e afetividade.
– Chica Reis (Coletivo Iabas)é atriz e contadora de histórias, graduada em Artes Cênicas pela UFMG. É pesquisadora do samba de roda do Recôncavo Baiano, toques, cantos e dança. Atua também e como multiplicadora do Teatro do Oprimido.
–Magna Oliveira(Coletivo Iabas)é funcionária pública federal da UFMG, contadora de histórias e coordenadora do projeto de extensão na UFMG (Proex/UFMG), intitulado “Iranti – Ser África”.
– Madu Costa(Coletivo Iabas), por sua vez, é pedagoga, escritora, arte-educadora, contadora de histórias, assessora pedagógica, assessora artística e palestrante motivacional. Desenvolve oficinas lúdicas para entrosamento de equipes de trabalho em diversas áreas, contação de histórias em escolas, elaboração de história de empresas a partir de pesquisa documental e roda de conversa para mediação de conflitos em ambientes de trabalho.
20h – O grupo Lendas São Joanenses conta lendas de Tiradentes (São Joao Del Rei)
Local: Escadaria da Matriz e Rua Padre Toledo
Exibição: YouTube.com/TiradentesEmCena
O Espetáculo Lendas São Joanenses é um roteiro turístico, noturno, realizado na cidade histórica de São João del Rei-MG, que mescla informações históricas com encenação de lendas locais. Desta vez o grupo terá como cenário, o centro histórico de Tiradentes. A escuridão da noite complementa o cenário juntamente com casarões, igrejas e ruas históricas e faz com que a plateia vivencie algumas das antigas lendas da cidade.
Produção: Lendas São Joanenses
Duração: 20 min
Classificação: Livre
21 de novembro – sábado
10h – Projeto Arte por Toda Parte- oficina de teatro
Local: Sobrado Cultural Aimorés
Exibição: YouTube.com/TiradentesEmCena / ao vivo
O Tiradentes em Cena realiza via o projeto Arte por Toda Parte do Teatro da Pedra encontros semanalmente. Os alunos tem sido convidados a olhar o seu entorno de forma mais poética, ressignificar coisas e lugares comuns, e, a partir daí, dar significado para sua própria existência.
Convidados: Aline Garcia/ Tiradentes em Cena; Talles Ramon e Fernanda Nascimento / Arte por toda Parte / Marina Leão/ e Maria Victória / alunas do projeto
Duração: 40 min
Classificação: Livre
11h –No Teatro e na pandemia: Use máscara
Local: ruas da cidade
A intervenção da Trupe Ventania é formada por um trio de Atores/Tocadores que se propõem a visitar pontos da cidade para lembrar o óbvio em tempos de pandemia: o uso da máscara! E se algum(a) desavisado(a) estiver sem máscara, com máscara estará! Afinal, no Teatro e na pandemia: Use máscara!
Concepção: Maurílio Romão
Atores:Dalber Rodrigues, Lou Amaro e Matheus Piotto
Duração: 40 min
Classificação: Livre
16h- Mensageiro (São Joao Del Rei)
Local: ruas da cidade
O mensageiro chegou, é hora de voltarmos. Ao bom canto de Ísis Ferreira o mensageiro MaiZena com sua bola de cristal trará boas novas para as ruas de Tiradentes, uma caminhada lúdica de sensações e muita arte.
Elenco:MaiZena e IsísFerreia
Duração: 50 min
Classificação: Livre
20h – Parece que foi ontem (Passos – MG)
Local: Sobrado Aimorés
Exibição: YouTube.com/TiradentesEmCena / ao vivo
‘Parece que foi ontem’ são sensações de um indivíduo em estado de isolamento provocado por uma guerra de fora, por uma guerra de dentro. Uma distopia romântica costurada com impressões de superposição temporal.
Dentro deste espaço/tempo o indivíduo reconsidera sua vida numa conversa sem resposta com seu público.
Texto e Encenação: Maurílio Romão
Intérprete: Matheus Piotto
Iluminação: Lucas Eduardo e Maurílio Romão
Sonoplastia: Lou Amaro
Duração:55 min
Classificação: Livre
21h – O Tempo (Rio de Janeiro)
Local: instagram @tiradentesemcena
“O Tempo” conta a história de uma mulher em crise existencial que reflete sobre a vida e suas escolhas, tentando priorizar seus desejos e se conectar ao tempo presente. Paradoxalmente, ela é uma atriz, interpretando um texto decorado, e sua conexão com aqueles instantes é apenas um eco de seu próprio passado.
Texto: Flávia Prosdocimi
Atuação, produção e idealização: Monique Vaillé
Direção: Carolina Godinho e Diego Molina
Cenário: Diego Molina
Duração: 11 min
Classificação: Livre
De 18 a 21 de novembro
Local: YouTube.com/TiradentesEmCena
O amor faz-me fome (São João Del Rei)
“O amor faz-me fome” é um trabalho da Cia Mineira de Teatro, inspirado no livro “Jóquei”, da poeta portuguesa Matilde Campilho e produzido durante o período de quarentena. Uma adaptação do espetáculo de dança-teatro “Outono”, estreado no final de 2019.O vídeo é uma metáfora existencial dos nossos tempos. Fala de um período de transição entre os extremos, remonta paisagens de um mundo vivido e paisagens de um mundo possível. Medo e esperança são afetos vinculados ao trabalho, pois se as árvores não deixassem as folhas caírem, não sobreviveriam à próxima estação.
Produção e idealização: Cia Mineira de Teatro
Direção: Diego Matos
Atuação:Júnio de Carvalho e Priscila Natany.
Duração: 60 min
Classificação: Livre
Verboverdose (Tiradentes)
A trama resgata a história de ANTENOR, um anônimo, “…Absolutamente sem importância social” e tão comum em nosso cotidiano. Quem seria Antenor no imediatismo do século XXI? Dividida em 5 quadros, VERBOVERDOSE nos instiga a refletir para onde estamos indo com o padrão de sociedade construído. No Tiradentes em cena, o ator e criador Rodrigo Rosado, fará uma leitura Dramática do quadro “Buscando encaixotar padrões”, baseado no conto “O Homem da cabeça de papelão”de João do Rio, escrito em 1910. Desde2014, Rodrigo Rosado revisita textos clássicos e pesquisa as redes sociais para construir um trabalho baseado em sua inquietação: “O ser humano não suporta ser humano”. Com o desenvolvimento das redes sociais esta inquietação se tornou uma necessidade de questionar artisticamente, o que é ser humano?
Criação e concepção: Rodrigo Rosado
Atuação: Rodrigo Rosado
Fotografia: André Frade
Duração: 20 min
Classificação: Livre
Conselheira (Belo Horizonte)
É um trabalho contemporâneo, composto de uma dramaturgia original que traz temas atuais com enfoque nas questões de gênero, feministas, e de maternidade, partindo da ascensão do autoritarismo na sociedade e também do aumento dos casos de depressão e suicídio entre mulheres de várias idades.
A partir da junção entre o teatro e o cinema, a cena apresenta duas facetas da personagem: uma que se submete às normas e segue o padrão de vida aceitável e a outra, um alter ego crítico que não se curva diante das censuras impostas pela sociedade.
Atuação: Ju Abreu
Direção: Rafael Bacelar
Dramaturgia:IdyllaSilmarovi e David Maurity
Técnico responsável:AknerGustavson
Cinegrafista:Leo Godgod
Produção e realização: Toda Deseo
A Casatóriac’a Defunta (Rio Grande do Norte)
Local: YouTube.com/TiradentesEmCena
A comédia conta de forma lúdica e muito divertida, as aventuras de alguém que já morreu em contraponto com os que ficaram. Na peça, cinco atores retratam a vida de Afrânio, que prestes a se casar com a romântica Maria Flor, acaba casando-se acidentalmente com a fantasmagórica Moça de Branco, que o leva para o submundo. Em sua jornada, o jovem fará valorosas amizades e aprenderá uma grande lição. Mesmo assim, não desistirá do seu verdadeiro amor, mesmo que isso lhe custe a própria vida.
Elenco: Cia Pão Doce de Teatro –
Paulo Lima, Mônica Danuta, Lígia Kiss, RaullDavyson e Romero Oliveira.
Cenotécnico: Edson Saraiva.
Texto e Música: Romero Oliveira
Direção: Marcos Leonardo.
Duração: 50 min
Classificação: Livre
A traça (São Paulo)
Quem de vocês gosta de ler? Essa é a história de uma menina que tinha uma grande paixão: devorar livros. Pra ela, todos os dias, em todo lugar, hora ou situação,ela sempre dava um jeitinho de ler um bom livro. O único problema é que, assim como ela, havia também um bichinho que vive circulando por bibliotecas e até dentro de casa, e que também ama devorar livros. Mas os deixa cheio de buraquinhos… Vixe!
Texto original e Roteiro: Camila Cassis e Natália Grisi
Direção geral: Mauricio de Barros
Direção de Fotografia, Edição e Finalização: Phillip Silveira
Elenco: Belinha e Proseadeira1: Camila Cassis
Prodeadeira2: Natália Grisi
Composição e arranjo: André Teles e Camila Cassis
Trilha de abertura: Georg PhilippTelemann (música) / Camila Cassis (arranjo)
Produção musical e Mixagem: André Teles
Figurino Proseadeiras: Marina Reis
Produção executiva: Marcia Rocha
Som direto e Assistência de fotografia: Diogo Gomes e Davi Gomes
Produção geral: A Hora da História
Classificação: Livre
FESTIVAL DE CENAS CURTAS
O FESTIVAL DE CENAS CURTAS de 2020 naturalmente foi afetado por todos os desdobramentos que está sendo criar e produzir durante a pandemia. Isso, especificamente para nós, não assusta, e sim desafia. Entendemos nossa arte como uma maneira de lidar com o novo, tornando-nos flexíveis e atentos às novas linguagens que surgem nessa empreitada artística. Nessa edição, adentramos no universo do teatro/performance em plataformas digitais. Os dez vídeos com as propostas selecionadas estarão disponíveis no Canal do YouTube do Tiradentes em Cena, para voto popular, sendo premiados os 03 mais votados, com destaque na plataforma.
Dia 11/11: 10 cenas sobem para canal no YouTube para votação
Dia 21/11: resultado final publicado no canal Tiradentes em Cena, às 16h.