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A-ha mantém viva a chama dos anos de 1980 com “Stay On These Roads”

Álbum completa 32 anos sendo um dos mais marcantes do grupo; “Stay On These Roads”, “Touchy”, “There’s Never A Forever Thing”, “You Are The One” e “You’ll End Up Crying” são alguns dos hits; disco vendeu mais de 4 milhões de cópias no mundo todo

 

Os anos de 1980 não seriam o mesmo sem a existência de algumas bandas e com toda certeza o “A-ha” está no topo dessa lista. A banda norueguesa formada por Morten Harket (vocalista), Paul Waaktaar Savoy (guitarras) e Magne Furuholmen (tecladista), foi um dos maiores estouros da música internacional com os discos “Hunting Hight And Low (1986)”, “Scoundrel Days (1987)” e o aclamado e único “Stay On These Roads (1988)”, uma das maiores obras primas da música mundial. O álbum que completa 32 anos de história foi um sucesso absoluto no Brasil, mas em outros países não foi diferente! Ele vendeu mais de 4 milhões de cópias em todo o mundo sendo “Disco de Platina” na França e “Disco de Ouro” no Reino Unido, Suíça, Holanda e Alemanha. Além disso, alcançou a segunda posição do “Top 100 Europeu dos Discos Mais Vendidos”.

 

O álbum chega com pé direito, já que traz ótimas canções, como exemplo, a grande faixa título “Stay On These Roads”. Na autobiografia “My Take on Me (2017)”, o vocalista Morten Harket fala sobre a música com empolgação. “Estávamos os três no apartamento de Paul, em Kensington, Londres. Magne, sentado ao piano, tocava alguns acordes e me convidou para sentar ao seu lado, estimulando-me a criar uma melodia. Recordo-me de me aproximar do piano e logo cantar o que se tornaria a melodia do coro para aqueles acordes. Tudo aconteceu de modo muito rápido e fácil”, disse. O sucesso foi certeiro, tanto que a canção é uma das mais conhecidas do grupo. Já na segunda faixa “The Blood That Moves”, o grupo traz o mesmo estilo musical de batidas e sonoridade já vistos em “Scoundrel Days (1987)”. A música que traz o vocal limpo de Morthen Harket, também reforça o som dos teclados, sintetizadores e violinos. É ótima!

 

Dando sequência em “Stay On These Roads (1988)”, o A-Ha chega com a canção “Touchy”.  O single é um dos maiores sucessos do álbum! De acordo com dados oficiais de divulgação da música, ela vendeu cerca de 900 mil cópias em todo o mundo. A canção é também um dos maiores hits do grupo e até hoje muito tocada. É uma das poucas faixas que traz solos de guitarras, mesmo sendo um hit dançante. Em seguida eles trazem a canção “This Alone Is Love” (uma das minhas canções preferidas do álbum) e também sucesso inesquecível do A-ha. A música que é mais romântica traz em evidência as guitarras, batidas eletrônicas e claro, a voz limpa e suave de Morthen Harket. Com “Hurry Home”, faixa menos expressiva do disco, mas também dançante, o A-ha eleva a sonoridade dos teclados e claro, dos toques de guitarras. O refrão também é muito bom!

 

Com “The Living Day Lights” o grupo mantém a mesma essência das faixas anteriores. As batidas também não se diferenciam do que até então foi escutado. Não é uma faixa ruim, mas para mim, menos empolgante. Já em “There’s Never A Forever Thing” (realmente uma música que me toca na discografia do A-ha), o grupo traz toda uma calmaria em meio a sons de órgãos, piano e um violão incrível. A faixa também tem um videoclipe sensacional trazendo uma visão social do grupo a respeito das “mazelas” do mundo. O vocal de Morthen é uma situação a parte. Não tem como não notar sua afinação. É perfeita! Que música linda! Chegando em “Out Of Blues Comes Green”, o A-Ha volta às batidas eletrônicas já vistas nas músicas anteriores. Nada de novo ou surpreendente.

 

Se o A-ha precisava de uma canção para realmente mostrar que eles eram os melhores de sua época, “You Are The One” é essa música! O hit é praticamente um capítulo a parte na história do grupo. Para quem conhece a discografia do A-ha, ela tem traços bem próximos de outro grande sucesso “Take On Me”, do álbum “Hunting Hight And Low (1986)”. A música foi uma das mais tocadas no Brasil! Lembro claramente dela sendo passada no programa “Xou da Xuxa” que era exibido na mesma época na TV Rede Globo. Que sucesso!

 

Para fechar com magnitude “Stay On The Roads (1988)”, o A-ha traz a única “You’ll End Up Crying”. Além do som marcante dos órgãos, os violinos dão o tom para a canção. Não existem batidas de bateria ou guitarras, mas mesmo assim, a música é com toda certeza uma marca na carreira do grupo. Ou seja, um sucesso inesquecível!

 

Avaliação 

Falar do A-ha é com certeza rememorar os bons tempos da minha infância e juventude. O grupo marcou gerações e até hoje tem músicas sendo tocadas por artistas da nova safra musical e claro, nas rádios do país e do mundo. Mas o melhor de tudo isso é saber que eles ainda estão na ativa lançando álbuns, talvez menos expressivos que os dos anos de 1980/90 mas muito bem produzidos. Deste clássico eu indico as faixas: “Stay On These Roads”, “Touchy”, “There’s Never A Forever Thing”, “You Are The One” e “You’ll End Up Crying” que são incríveis.  Dou “quatro estrelas” (média) para “Stay On These Roads (1988)”, pois tirando os hits já conhecidos e indicados, as demais músicas do álbum parecem uma repetição sonora com as mesmas batidas. Faz parte seguir uma linha musical para não se desviar da ideia do álbum, mas nesse caso, acredito que o A-ha tenha se perdido um pouco. No entanto, isso não tira a força e a relevância desse grande disco. Se você ainda não ouviu esse trabalho do A-ha, tenho certeza que vai se identificar com a obra. Agora, se você tiver entre 34 e 50 anos de idade, tenho certeza que alguma música de “Stay On These Roads (1988)” você já ouviu. Disponível no formato físico e nas plataformas digitais.

 

 

 

 

Fotos: A-ha
Até a próxima Crítica Musical.
A coluna é publicada neste espaço toda semana

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Felipe de Jesus - Siga: @felipe_jesusjornalista
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