Disco traz as canções “Caught By The Wind”, “Taken a Tumble” e “All In One Night”; Turnê já está rodando o mundo
Você pode até dizer que não conhece o nome da banda, mas tenho certeza que já escutou algumas das músicas do “Stereophonics”. “Mr. Wright”, “Maybe Tomorrow”, “Traffic”, “Step On My Old Size Nines”, “A Thousand Trees”, “Lying in The Sun”, “Have a Nice Day”, “Dakota”, “It Means Nothing” e “Hurry Up And Wait” são algumas das canções que agitaram as rádios entre os anos de 1990 e a primeira década dos anos 2000 colocando o grupo no “hall” das grandes bandas de Rock mundial.
Mas, além dos hits, a voz marcante do vocalista, compositor e guitarrista Kelly Jones e a participação na trilha sonora do filme “Crash – No Limite (2004)” foram os ingredientes perfeitos para o sucesso longínquo do grupo. Prova disso está em “Scream Above The Sounds (2018)”, novo álbum que sela os 28 anos de carreira da banda que já vendeu milhões de cópias no mundo todo.
A começar pelas músicas que compõe o novo álbum, o Stereophonics mostra que vem conduzindo muito bem a carreira. Isso por que nessas duas décadas de estrada, o grupo não precisou mudar o seu estilo musical e mesmo assim, continua agradando os seus fãs. Com “Caught By The Wind”, primeira faixa do álbum, eles já deixam claro que os anos de música e estrada ensinaram muitas coisas para eles. “Lobos em suas palavras. Não jogue com suas regras. Da boca à orelha. Qualquer coisa é possível. Coloque a agulha para baixo. Leve de volta ao início”.
Em seguida, “Taken a Tumble” traz uma letra incrivel com todos os requisitos musicais já conhecidos do grupo. “Vou subir e descer o elevador, até mais. É complicado, se você conseguir, confiscar. Você está ao redor, à vista e ao som, corre como um rio. Por toda a minha mente o tempo todo, nunca acabou. Navios afundam, soltam os links, mas você é um detentor. Dias finais, as árvores se dobram”.
Com “Whats All The Foss About”, o Stereophonics nos leva a uma quase volta ao passado em sua discografia. A música até parece ter sido tirada de “Performance and Cocktails (1999)”. “Eu voei todo o caminho hoje. De volta de Los Angeles. Você amarra seu cabelo em um arco de banda vermelha. Quando você me cumprimenta pelo portão Sip e mexa da taça de café. E quebrar migalhas de pão no chão. Luto na minha cabeça porque eu quero beber. Mas eu quero você muito mais”.
“Geronimo” foi a faixa escolhida pelo grupo para lançar “Scream Above The Sounds (2018)” nas mídias sociais e rádios. Uma letra estonteante e um dos primeiros grandes hits do álbum. “Suzy q. O que faz você? No lado de dentro. Desvantagem. É verdade. Eu nunca olhei e você. Você me despedaçaria lá dentro. Desvantagem. Você é um motorista da rua ao lado da estrada. Dez xícaras de café e você vai explodir. Você quer me cortar como um dominó. Você está andando como o geronimo. Você é um motorista da rua ao lado da estrada”.
Já em “All In On Night” (uma das minhas preferidas do novo disco), o grupo também parece ter voltado ao passado. A música parece ter sido tirada do aclamado álbum “You Gotta Go There to Come Back (2003)”. A letra é ótima. “Uma hora da manhã. E estou saindo da boate. Meus amigos estão fazendo uma festa. Sinto que já tive o suficiente. Às duas horas da manhã. Claro que estou na festa. Encontro a colega de quarto pegando um pouco de água. Ela tem um bebe em seu estômago. Três horas da manhã. Ouvimos um grito mais alto que o barulho. Parece o bebê na barriga dela. Pensa que é hora de sair”.
Em “Chances Are”, o grupo traz a mesma linha das primeiras faixas do disco, mantendo o som da guitarra em evidência. “As chances são de que você gostaria de ser intocável. É provável que você se sinta irresistível. As chances são de você ser rock n roll. Para quem? Você escolhe? Para voce? Ou os outros que o ativam? Provavelmente, você quer se sentir controlado. As chances são de que você não gostaria de estar sozinho. As chances são de que você gostaria de ir divorciar-se. De quem? De você?”.
Já em “Before Anyone Know Our” a suavidade se mantém em evidência e bem forte. “Eu sinto sua falta, cara. Antes que alguém soubesse o nosso nome.Tínhamos o fogo, tivemos vontade. Mas o que deu errado então? Parecia tão grande nos olhos de nossa tempestade. Não estar mais longe do desconhecido. Quem nos tornamos? Amém, nós deveríamos ser. Foi realmente o seu destino? Esse era realmente o seu sonho? Eu realmente não sinto que mais alguém chegou perto de como vemos”.
“Would Believe” deixa a marca Stereophonics de ser. A letra também é sensacional. “Pesadelo noturno. Na forte chuva. Domingo quente. Voltando novamente. Luzes em neon chamam. Nas ruas das drogarias. E na manhã. Bebo para dormir. Droga, fiz isso de novo
Acredita? Estraguei tudo de novo. Acredita? Às vezes desejaria estar morto. Acredita? Disse coisas que nunca deveria ter dito. Acredita? Tudo saiu da minha cabeça. Inferno! O céu pode esperar. Caminhando pela rua Sapatos de salto alto. Brigões. Policiais prendendo os idiotas. Os Bêbados estão bebendo. Eles dormem o dia inteiro”.
Com “Cry In Your Beer”, a banda mostra o seu genuíno som, como se estivessemos voltando ao primeiro disco do grupo “Word Gets Around (1997)”. “Você sabe que pensei que gostaria de ver. O goleiro amarelo. Eu peguei a engrenagem, peguei as chaves do carro. Vou levá-lo para um passeio. Nós devemos levá-lo ao show de fotos. O trem fantasma não estava certo. Abaixe a janela, tire um pouco de ar para respirar. Você acha que vai morrer. Está bem parar de chorar na sua cerveja. Está tudo bem, o fim está se aproximando. Está tudo bem, logo vamos para casa hoje à noite”.
O álbum “Scream Above The Sounds (2018)” ainda traz as ótimas “Boy On Bike”, “Elevators”, “Never Going Dow”, “Driving a Thouse Miles”, “Breaking Dow” e as faixas”All In On Night” e “Caught By The Wind” no estilo Unplugged”.
Avaliação
Até o ano de 2006 para 2007, o Stereophonics ainda era uma banda desconhecida para mim. Apenas a música “Traffic” (1997) e “Mr. Wright” (1999) eram as que eu conhecia de verdade por causa da MTV que passava os clipes em exaustão. Mas depois de ganhar a discografia em MP3 de um amigo que trabalhava comigo em uma gráfica, escutei álbum a álbum e acabei gostando do estilo, do vocal de Kelly Jones (algo meio Rod Stewart) e das letras. Em “Scream Above The Sounds (2018)” o Stereophonics sela os seus 28 anos de carreira com uma turnê bombástica e repleta de hits da carreira. No entanto, vale lembrar que o novo trabalho traz músicas incríveis, como, “Caught By The Wind”, “Taken a Tumble” e “All In One Night”. Avalio com quatro estrelas (média), pois mesmo se tratando do Stereophonics, o álbum não traz tanta empolgação para quem já conhece a discografia, mas consegue agradar o fã que conheceu o grupo recentemente. Vale a pena escutar. Disponível em CD, vinil, Deezer e Spotify.
Até a próxima Crítica Musical.
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