Ahhh!! Os quadrinhos!!! ?
Sempre falo deles de maneira nostálgica porque fizeram parte da minha infância e me acompanham até hoje. Repaginados, os quadrinhos evoluíram, e aquelas histórias de aventura infantil, heróis e ficção, deram espaço para algo mais próximo da realidade.
A propósito, de cara nova, os quadrinhos, tirinhas e claro, as charges, retratam exatamente as realidades da vida adulta moderna, da política, economia, problemas na saúde e educação, com aquela pitada tradicional de sarcasmo, muito bom humor e uma dose única de reflexão.
Falar sobre os quadrinhos não é apenas relembrar o passado, eles ainda se fazem muito presente, e vão perdurar por muitos e muitos anos. Tá aí a Marvel e a DC, com seus sucessos que inundam as salas do cinemas monopolizando as bilheterias, com os infinitos “Vingadores” “Batmam” “Homem Aranha”, “Mulher Maravilha” ?.
Aqui no Brasil, impossível não lembrar da Turma da Mônica de Maurício de Sousa. As histórias criadas em 1959, perduram até hoje, e se reinventam, saindo das páginas das famosas revistinhas para as telas do cinema, por exemplo. Recentemente foi anunciado o primeiro Live action da Turma da Mônica, e o crossover entre quadrinhos: Turma da Mônica e Menino Maluquinho (Ziraldo). Importante ressaltar a importância do Maurício de Sousa para os quadrinhos no Brasil, ele já vendeu mais de 1 bilhão de gibis e criou cerca de 400 personagens, sem dúvida foi um dos responsáveis em introduzir o gosto pela leitura em uma geração de brasileiros.
Mas aí você que acompanha o LiteralizaBH, deve estar se perguntando: “Que isso tem a ver com a única coluna que dá dicas exclusivas de literatura nacional em Minas?” Tudo!!
Quadrinhos também é literatura. Precisamos ler e valorizar, principalmente os quadrinhos nacionais. Por isso, separei 3 dicas de leitura especiais de quadrinhos escritos por mulheres, brasileiras. Uma opção a mais de diversão literária na sua vida!
Só dói quando respiro: Luísa Lacombe
Luísa Lacombe e as tragédias da vida moderna em forma de quadrinhos. Comprei o quadrinho da Luísa no FIQ 2018. O que me chamou atenção foi o formato do quadrinho, o preço (suuuuuuuuuper barato), e o título “Só dói quando respiro”.
Apesar de poder folhear antes, comprei pela capa mesmo. Uma ilustração simples que mostrava uma mulher (até parecida comigo kk) desenhando em um cacto, que pra quem não sabe, significa resistência, persistência.
A quadrinista expõe em pouco mais de 15 páginas as conversas com o seu “eu” interior, que nada mais são que as nossas conversas diárias, situações vividas por qualquer um de nós. Você pode se identificar com elas ou não, se divertir ou ficar triste. Mas é certeza ele vai mexer com você.
A Luísa tem diversos quadrinhos, tirinhas publicadas nas suas redes sociais e também na sua página A Lápis Tiras. Vale a pena acompanhar o seu trabalho. Siga no Instagram
Eu #SQN =Minha =roomie quando: Cris Peter e Ariane Rauber
Cris e Ariane são amigas desde a infância (assim começa o quadrinho), em 2013 elas decidiram dividir um apartamento, e o registro dessa decisão, estão aqui. São histórias engraçadas, que mesclam desenhos com imagens reais. Eu adorei isso. O livro é bem produzido, e pequenininho, que você acaba lendo em minutos e se divertindo bastante.
Não conhecia o trabalho delas. Comprei o livro também no FIQ 2018. E depois fui buscar mais informações na internet.
Cris Peter: É de Porto Alegre, seu trabalho de colorização já lhe rendeu vários prêmios. Ela tem uma empresa que presta serviços de colorização digital de histórias em quadrinhos para editoras norte-americanas como Marvel, DC Comics, Image e Dark Horse, e nas Graphic MSP publicada pela Maurício de Souza Produções e Panini. Siga o trabalho no Facebook
Ariane Raubner: É desenhista e segundo o seu Facebook atua na equipe da Sweety & Co. Tem poucas informações sobre ela na internet. Acompanhe seus trabalhos no Instagram, são lindos! Confira o seu trabalho aqui.
Baleia#3: Rebeca Prado
A mineirinha Rebeca Prado é ilustradora, quadrinista e roteirista.. É autora dos livros Navio Dragão e Baleia #3 e trabalha para o mercado editorial e publicitário desde 2009. Beca, também é professora do Curso Técnico e Desenho Artístico e Arte para Crianças na Casa dos Quadrinhos, em BH.
Conheci o Baleia#3 pelo meu amigo Iury, que me emprestou o livro e estou pensando seriamente em não devolver (brinks… tá autografado). Eu amei! O Baleia#3 é uma coletânea de tirinhas da Beca intituladas “Viver é pesado” e também de ilustradores amigos, convidados por ela para colocarem no papel algumas experiências dentro do tema. O resultado ficou sensacional.
Vídeo da Beca falando um pouquinho sobre o livro
O livro é lindo. A edição é caprichada e colorida. Dá vontade de ficar relendo forever. Deixar na cabeceira da cama e fazer uma consulta diária. Rebeca retrata cenas comuns a todos nós, e eu ri muito, porque me identifiquei em várias tiras, identifique amigos e situações vividas por nós. Baleia#3 é uma excelente opção de presente (alô Iury!) pois é muito mais que um livro, é uma leitura prazerosa que vai te fazer encarar a vida de maneira mais leve e menos pesada. Viver é pesado sim! Mas tem como amenizar, e nada melhor do que rir dos nossos problemas. Siga a Beca no Instagram.
Esta coluna é publicada aqui, todas as segundas!
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