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A escrava Isaura – Bernardo Guimarães

Quem disse que não desfila clássico por aqui!

Publicado em 1975, “A Escrava Isaura”, o romance do mineiro de Ouro Preto, Bernardo Guimarães é um marco na literatura brasileira por abordar a escravidão, os ideais abolicionistas da época e a mudança na sociedade pós independência. Gosto da forma como Bernardo Guimarães dialoga com o leitor e isso contribui para fluidez da leitura.  Guimarães publicou mais de 20 livros e ocupou a cadeira de número 5 na Academia Brasileira de Letras.

 

 

“A escrava Isaura” conta a história de amor do casal Álvaro e Isaura, uma das mais lindas da nossa literatura, um fazendeiro rico que se apaixona por uma escrava fugida, daqueles amores impossíveis que tanto amamos. O destino dos dois se cruzam quando Isaura foge da fazenda onde mora e do patrão Leôncio, que nutre por ela uma paixão obsessiva e violenta, que se acentua diante das constantes negativas dela. Leôncio é casado com Malvina, uma mulher a quem ele despreza e que não tem consciência das maldades e do assédio do marido em relação a escrava. Além de sofrer nas garras do Leôncio, Isaura também pena com as armações de Rosa, uma escrava invejosa que quer tomar o lugar dela na casa grande e no coração do fazendeiro. Para viver esse amor e conquistar o “felizes para sempre”, Isaura e Álvaro tem que enfrentar a fúria de Leôncio e os preconceitos da sociedade. 

 

 

A história se desenvolve e os problemas se resolvem rapidamente em um livro pequeno com menos de 100 páginas, poucos detalhes e poucos diálogos. Garanto uma leitura ágil e uma associação rápida aos fatos, muito se deve por conta das adaptações da história para a televisão. Mas engana-se quem acha que Isaura é a moça doce pintada na TV, em alguns momentos a achei preconceituosa e antipática, principalmente quando ela se vê obrigada a casar com o corcunda Belchior.  É uma história simples, com poucos personagens,reviravoltas e um final surpreendente. Vale a pena colocar esse clássico na sua meta de leitura.

 

Motivos para ler “A Escrava Isaura”, do escritor Bernardo Guimarães:

  • Desafio de ler um clássico;
  • Importância histórica;
  • História ágil;
  • Fácil de ler;
  • Pequeno.

 

Esta coluna é publicada aqui, todas as segundas!

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Elis Rouse
Sou Elis, não sou Regina; sou do interior e amo a capital; sou jornalista, mas não trabalho em jornal; amo ler, sonho escrever; dicas vou dar, dicas quero receber; experiências vamos trocar; literatura brasileira vamos amar!

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