Talvez a primavera
Mesmo que sombras
Coloridas
Hão de dançar
Sortidas
Feito suas primas
Entanto
Brotem líquidos
Que escorram
Umedecidas
Loucas ao sol
Derrubarão as torres
Não caladas
Aladas
Lhes tirarão o sono
Também haverá dias de silêncio
Ausências e risos com choro
Mas que escorram
Para que resistam
Que tornam únicas
Sem túnicas
Nuas
Rios a quebrar barrancos
E assim
Enquanto cachoeiras
Amem
Quando queiras
Posto que árvores
Sedentas,
Sugam
Acolhem
Mas que haja gozo:
Haja gozo!
Poema e fotografia: Bernardo Nogueira
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