Nesta quinta – feira, 14 de abril, estreia “Death Lay – na vida tem jeito pra tudo”, novo trabalho do Grupo Oriundo de Teatro. Em cena, a atriz Anna Campos reflete, a partir de relato autobiográfico, sobre o direito de viver e de morrer com dignidade no Brasil. A temporada de estreia segue até 24 de abril, sempre de quinta a domingo, às 20h, no Teatro II do Centro Cultural Branco do Brasil (CCBBBH). Aos sábados, 16 e 23 de abril, as sessões são seguidas de bate-papo e com tradução em Libras. Os ingressos custam R$30 e R$15 (meia) e podem ser adquiridos na Bilheteria do Teatro ou online pelo site www.bb.com.br/cultura
Em “Death Lay – na vida tem jeito pra tudo”, Anna Campos enquanto Anna busca um ‘death lay’ perfeito, sua mãe é uma presença ausente. Na trama, Anna divide a cena com um mastro de pole dance e com uma boneca – criada pelo artista plástico Eduardo Félix do Pigmalião Escultura que Mexe, e que traz, em tamanho real, as feições da mãe da atriz. Duas mulheres em suspensão entre a consciência e a inconsciência, entre a realidade e a ficção. A vida e a morte. Mãe e filha unidas e separadas pelo estado vegetativo de uma delas. “Death Lay significa morte no leito e é um movimento do pole dance, de alta complexidade. Você se mantém presa no topo do mastro, somente pela força da coxa. É perigoso e arriscado, exige muita força para manter o tronco ereto e não cair”, explica a atriz que há 11 anos pratica o esporte.
O espetáculo lança mão, ainda, de “documentos-memórias” – áudios, fotos, vídeos e objetos pessoais – além de recursos do metateatro, que fundem tempos e espaços. “Tudo foi feito com muito cuidado. A situação envolve pontos que a sociedade brasileira parece não querer discutir”, explica o diretor Antonio Hildebrando. Ele conta que, para chegar à cena, foram muitas conversas, pesquisas sobre o tema, seleção de imagens, documentos e objetos pessoais de Anna e de sua mãe. “Muito choro e, também, algumas gargalhadas como quando ‘conhecemos’ a Dra. Aurora de Glasgow, personagem que certamente surpreenderá os espectadores”, garante o diretor que ainda assina a dramaturgia do espetáculo.
Anna Campos conclui que “o direito de morrer é um assunto que tem que entrar em pauta. Todos nós vamos morrer e a gente não sabe como vai ser esse processo. Aqui abrimos uma brecha para se discutir o direito de morrer com dignidade. Isso faz da peça algo universal, que pode tocar o público. Minha mãe não pode fazer essa escolha, mas mesmo consciente, em algum tipo de doença irreversível, ela não poderia, já que a legislação brasileira não permite”, afirma.
Mais informações:
Estreia “Death Lay – na vida tem jeito pra tudo” no CCBB BH
Quando: 14 a 24 de abril
Hora: quinta a domingo, às 20h (tradução em Libras aos sábados, 16.04 e 23.04)
Classificação indicativa 14 anos | Gênero: Drama
Quanto: R$30,00 (inteira) R$15,00 (meia) – Na bilheteria do teatro
Pelo site www.bb.com.br/cultura ou pelo Eventim – www.eventim.com.br