“A menina colecionava borboletas” é um livro de crônicas da escritora brasileira Bruna Vieira.
Bruna foi uma das primeiras blogueira a se destacarem no Brasil, com o seu www.depoisdosquinze.com onde narra histórias da sua vida em geral, viagens, dicas de beleza, curiosidades e as famosas crônicas, que renderam a Bruna milhões de acessos e três livros: “Depois dos 15”, “Depois dos 15” e “A menina que colecionava borboletas”
Jovens lendo crônicas? Mas o que tanto fez as pessoas se interessarem por essas histórias? A resposta é simples. De uma maneira simples e singela, Bruna escreve sobre situações que aconteceram e acontecem na sua vida, mas que poderia ser a de qualquer garota, inclusive em qualquer idade ou fase da vida.
“A menina que colecionava borboletas” traz relatos da menina que saiu do interior de Minas Gerais para “brincar de gente grande” na cidade de São Paulo. Os desafios são muitos e as incertezas também, e ela divide com o leitor vários momentos dessa nova fase, e também relembra um pouquinho do seu passado, os amores, as amizades, seu amadurecimento.
As crônicas são sinceras e carregadas com lições de empoderamento feminino e amor. Tudo muito simples, direto e verdadeiro. É como se ela dissesse: “Veja meus relatos e aprenda”, “Acorde”, “Se ame”, “Se valorize”. Não fica claro se a intenção do livro é exatamente essa, mas crônicas que já somam mais de 300 em seu site, é um convite a reflexão feminina.
Fique aqui com algumas frases que me fizeram refletir.
“Tentar agradar todo mundo é uma daquelas tarefas que consomem toda a nossa energia e que, no final das contas, quando colocamos a cabeça no travesseiro para dormir e o número de “likes” para de subir, não garantem absolutamente nada.” (pág.20)
“A verdade é que a vida da gente é curta demais para deixarmos que a transformem em um tribunal e fiquem julgando o que é ou não apropriado!”. (pág.23)
“Sempre que der, substitua a palavra “problema” por “desafio”. (pág.29)
“Quando mais dizem que ele não é o cara certo, mais você acredita que conseguirá provar o contrário e que irá transformá-lo no príncipe encantando. São só fases, e depois de uns cinco caras assim você vai ter certeza disso.” (pág.35)
“Somos donos dos nossos próprios medos, de toda a insegurança acumulada, das escolhas e também dos receios que a vida nos fez ter. Armadura nenhuma nos protege de nós mesmos.” (pág.41)
“Pessoas não são como peças de roupa, que precisam de etiquetas para ser diferenciadas”. (pág.127)
Pelas frases acima, é muito autoajuda né. Sim! Se ler as crônicas da Bruna te fará sair de alguma situação incomoda, ou enxergar algo que tá errado, por que não aceitar essa ajuda? As lições dela são pertinentes ao amor próprio, a manter a sanidade em momentos que muitos não têm a quem recorrer.
Então pra você perde tempo buscando SOMENTE literatura internacional, tá aí um livro fininho, fácil de ler, com uma carga de sentimento na medida certa entre o entretenimento e autoajuda.
Gostei de tudo, da capa às ilustrações. A despeito da capa, fiz uma análise sobre ela para LiteralMente, Uai! Veja aqui. A propósito das ilustrações, parabéns a artista Malena Flores que extraiu com perfeição a essência das histórias.
O único defeito desse livro é que ele acaba. O consolo é que dá pra acompanhar a Bruna nas redes sociais e no seu blog, e ler tudinho o que ela escreve.
“A menina colecionava borboletas” é uma publicação da editora Gutemberg.
Gosta de ler? Conheça o www.literalmenteuai.com.br
Esta coluna é publicada invariavelmente as segundas, porque às vezes o livro é bem grande (rs)
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