O que aplaca são os silêncios
Os motivos que formam o tempo
O corpo
Em grandes doses de verão e solitude
Onde a sombra me toma as mãos
Dança
Não as devolve
E revolve as ante salas
Onde estão imóveis
Os sons de ontem
Todos eles guardados
À espera do próximo amanhecer
Brotar
Durante todo à noite
Estive aqui
No eclipse que são os segredos
Estes que não transpõem o dia
Apenas quando exposto
Doa-se o coração…
Poema de Bernardo Nogueira
Foto: Wagner Correa
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