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Bohemian Rhapsody: Pioneiro, único, lendário… o filme também!

 
Se você está aí de bobeira, procurando um filme para se emocionar no cinema, não perca mais tempo, não. “Bohemian Rhapsody”, do diretor Bryan Singer, que celebra a banda Queen e seu líder, Freddie Mercury, continua em cartaz e é o filme certeiro para você sair da sessão com um sorriso no rosto, com os olhos marejados e com uma saudade eterna. Eu não vi o longa assim que estreou, não. Fui assistir só nesse último feriado que passou, quando estava em Barbacena, e me surpreendi com a pequena sala do CinePlaza bem cheia. Legal que o público, mesmo após quatro semanas, continua lotando as sessões, pois vale muito a pena, e eu vou explicar por quê. 
 
 
“Bohemian Rhapsody” conta a história do extraordinário cantor Freddie Mercury (Rami Malek) e de seus companheiros Brian May (Gwilyn Lee), Roger Taylor (Ben Hardy) e John Deacon (Joseph Mazzello), que mudaram o mundo da música para sempre ao formar a banda Queen durante a década de 70. O célebre vocalista desafiou estereótipos, quebrou convenções e se tornou um dos artistas mais amados do planeta. Porém, quando o estilo de vida extravagante de Mercury começa a sair do controle, a banda tem que enfrentar o desafio de conciliar a fama e o sucesso com suas vidas pessoais cada vez mais complicadas, além de um futuro desmembramento do grupo em pleno auge. E o filme, de forma dinâmica e delicada, mostra muito bem cada detalhe da história da banda, acompanhando a projeção de um som revolucionário que viria a se tornar ícone do rock mundial. 
 
 
Foram hits atrás de hits, álbuns atrás de álbuns, uma fama astronômica nos quatro cantos do mundo. Ao todo, a banda levou 18 álbuns ao primeiro lugar das paradas. Pode-se estimar mais de 300 milhões de discos vendidos ao longo da carreira. O Queen é a banda com mais semanas nas paradas britânicas: se somar todas, o grupo ficaria cerca de 27 anos com alguma música entre as mais ouvidas, mais do que artistas icônicos como Elvis Presley e Beatles. Ou seja, todo mundo que gosta de música sabe que eles foram os caras. E Freddie Mercury mais ainda, né?
 
 
O vocalista, que tinha uma voz inconfundível e arrebatadora, peitou todo mundo e revolucionou. Como diz minha amiga Tati Vilela, fã de carteirinha, ele foi muito macho, o mais macho dos homens, ao segurar toda a onda da sociedade preconceituosa da época. Ele – que morreu em 1991, aos 45 anos, vítima do vírus da Aids – foi pioneiro, único, lendário! E o ator Rami Malek consegue o inatingível: interpretar o mito de uma forma tão natural e tão perfeita que você arrepia do início ao fim. Realmente, o ator merece muitos prêmios, mas a “culpa” da perfeição também é da direção. Que lindo é você enxergar a história de um ídolo de uma maneira leve, crescente, intensa… e o melhor: com uma fotografia tão perfeita que mais parece que você está assistindo a um clipe ou show do Queen verdadeiro (dá só uma comparadinha em uns vídeos da banda no YouTube que você vai enxergar essa excelência e maestria. É impressionante!).
 
 
Dessa forma, “Bohemian Rhapsody” está prestes a se tornar a cinebiografia musical mais bem-sucedida de Hollywood de todos os tempos. A obra já arrecadou milhões em todo o mundo e parece destinada a bater ainda mais recordes de bilheteria. 
 
 
Por mais que vários aspectos do filme não sejam fiéis à trajetória da banda e de seus protagonistas (e alguns críticos e jornalistas reclamaram, enumerando isso em textos e sites), os produtores argumentam que não se trata de um documentário e que, portanto, estão aptos a liberar algumas licenças poéticas. Poxa, meus caros, se essas licenças poéticas foram para deixar a produção ainda mais emocionante e reflexiva, quem somos nós, humildes espectadores e fãs, para discutir. Só queremos aplaudir!
 
 
“Luiz, Câmera, Ação” é publicada neste espaço toda sexta-feira
 

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