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O mundo mágico de Animais Fantásticos

Um mundo mágico pra se ver na tela grande

 

Sempre gostei muito de Harry Potter. Li todos os livros, assisti a todos os filmes, até repetidamente. Sou fã deste mundo mágico que a autora J.K. Rowling criou e que, desde 1997, continua nos trazendo novidades. A saga do bruxinho mais querido do mundo se finalizou há alguns anos, mas a obra irretocável da autora inglesa não tem fim. Com o término da franquia “Harry Potter” nos cinemas, a Warner deu sequência a outra linha mágica, iniciando uma nova franquia relacionada ao mundo do bruxinho da cicatriz na testa: baseado nos livros de “Animais Fantásticos”, J.K. Rowling foi chamada para roteirizar os cinco longas já anunciados dessa nova franquia, agora com o ator Eddie Redmayne como protagonista.

 

O primeiro filme, “Animais Fantásticos e Onde Habitam”, sob direção de David Yates, surgiu em 2016 e contava a história do excêntrico magizoologista Newt Scamander (Redmayne), que carrega uma maleta cheia de animais mágicos coletados durante suas viagens pelo mundo. Uma história que se passa, em Nova York, anos antes dos tempos de Harry, Ronny e Hermione na majestosa escola de bruxaria Hogwarts, na Inglaterra. Por não ter tanta ligação ou referências à saga antiga, na época, o filme não fez tanto sucesso. Eu me lembro de não ter ido ao cinema pra assistir a esse primeiro justamente por causa das críticas. Mas agora, com “Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald” em cartaz nos cinemas, não teve como: tratei de assistir ao antigo no Now, na casa da minha amiga Carlinha, curti a pegada do filme, inclusive, e já fui logo pro cinema ver a sequência.

 

Na trama, também dirigida por Yates, Scamander reencontra os amigos Tina Goldstein (Katherine Waterston), Queenie Goldstein (Alison Sudol) e Jacob Kowalski (Dan Fogler), elenco carismático do primeiro filme. Ele é recrutado pelo seu antigo professor em Hogwarts, Alvo Dumbledore (Jude Law), para enfrentar o terrível bruxo das trevas Gellert Grindelwald (Johnny Depp), que escapou da custódia do Congresso Mágico dos EUA e reúne seguidores, dividindo o mundo entre seres de magos de sangue puro e seres não mágicos. Só de citar Dumbledore você já imagina que as referências ao mundo de Harry Potter aumentam consideravelmente. Cenas na escola com direito a conhecidos personagens mais jovens, feitiços antigos, alunos, quadribol, tudo que tanto encanta os fãs da magia da autora. Só que, claro, são só passagens, referências mais presentes pra você matar a saudade.

 

Por mais que o filme seja uma confusão de núcleos e subtramas (são tantos novos personagens que você se perde um pouco), com muita informação sobre cada um deles, culpa do roteiro cheio de excessos e um pouco desconexo, eu gostei mais deste do que do primeiro. Talvez porque já adentrei na história e assistir no cinema faça toda a diferença, né?! E você tem que ir na sala Imax do Boulevard Shopping! Os efeitos especiais são incríveis! Um espetáculo visual que, além de te levar de volta ao mundo de Harry Potter, ainda eleva o nível de aventura com cenas de ação estonteantes, fugas eletrizantes, fotografia e cenários radiantes e animais ainda mais fantásticos, alguns fofos, outros apavorantes.

 

O elenco também brilha! Todos (e, como eu disse, são muitos!) têm boa participação, mas os destaques mesmo são Jude Law e Johnny Depp, que roubam a cena e dão a entender, inclusive, que seus personagens têm um vínculo do passado muito maior que uma amizade (a sexualidade de Dumbledore sempre foi questionada, lembra?). Segundo alguns críticos, a cena pouco corajosa teve apenas uma leve indicação de homossexualidade por, talvez, medo de represálias. Ora, estamos em pleno século XXI. Como diz Scamander em uma parte do filme, “não existem criaturas estranhas, só pessoas com preconceito”. E olha que ele estava falando dos animais, hein?! Se o sonho da liberdade atinge até as obras literárias e o cinema, imagine na vida real o tamanho do problema.

 

“Luiz, Câmera, Ação” é publicada neste espaço toda sexta-feira

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Luiz Cabral
Palpiteiro de plantão, Cabral é, atualmente, responsável pelas colunas SuperDicas (@superdicasbh), com sugestões de gastronomia e diversão na capital; Nossas Histórias, com textos de cotidiano e comportamento; e Luiz, Câmera, Ação – www.luizcameraacao.com, com indicações de filmes e reflexões sobre o que a magia do cinema faz nas nossas vidas. A sétima arte, inclusive, é a sua maior paixão. Aqui neste espaço ele vai narrar, com sensibilidade e crítica, como um filme pode ser muito mais que duas horas de diversão na poltrona do cinema.