– “Sol-se-pôr” para a chegada de um “luar que põe a noite inchada”, cito João Guimarães Rosa de seu livro “Grande Sertão: Veredas para dizer do privilégio em podermos parar para se despedir do dia! – diz Eriberto.
O casal voltava das compras na feirinha de verduras e frutas, que acontecia uma vez por semana, próximo ao horário do “sol-se-pôr”.
No dia seguinte, conseguirão almoçar juntos e, melhor em casa. Por isso, resolveram passar na feirinha, perto de onde moram, para comprar os ingredientes necessários para a receita do almoço.
Eles sentaram em um banco, deixaram a sacola com as compras no meio deles e ficaram a observar os últimos raios de sol a iluminar o dia.
– Quem dera se pudéssemos acompanhar a despedida de todos os dias! – suspirou Dinorá.
– E por que não buscar este momento? Muitas pessoas estão saindo do trabalho ou nele, outras estão em casa e tantas outras no trânsito. Se der, pode sim apreciar o pôr do sol daquele dia. – comenta Eriberto.
E ele continua… – Dar boas-vindas à noite que chega! Se não puder apreciar por completo, um segundo deste momento já vale …
E lá ficaram e depois de alguns minutos se levantaram e foram pegar a gata Amelie no pet shop.
Andaram e por alguns metros olharam para trás e se despediram mais uma vez ao dia que se ia…