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Vários estilos brasileiros em um único CD; esse é o novo álbum de Guanduo

Hoje vamos falar de Guanduo

 

Um duo formado por Juliano Camara e Eduardo Pinheiro que já está em seu segundo álbum e passa por uma nova fase, após o início de sua trajetória internacional, com concertos em Portugal, França, República Tcheca e Alemanha.

 

Representar o país em um lugar diferente sempre é uma emoção especial e Juliano destaca a passagem pela solo alemão: “Receptividade é uma palavra que os alemães compreendem de fato. Por mais que exista um movimento crescente de xenofobia por lá, ele não chega a sobrepujar a receptividade que os alemães tem em relação às outras culturas”.

 

Após esse momento internacional, dois prêmios (15º Prêmio BDMG Instrumental e MIMO Instrumental), o duo lançou o segundo disco “Música disfarçada de gente” que vem com fortes raízes na música popular brasileira e suas músicas visitam o frevo, o samba, o jazz, o choro e a capoeira, esta última na “Suíte Imaginária” para 3 berimbaus afinados e 2 violões. Ainda de acordo com Juliano, o novo trabalho foi produzido de forma 100% independente, com ajuda de duas campanhas de financiamento coletivo, uma direcionada à Europa e outra para o Brasil. 

 

Foi uma produção que necessitou de muita paciência, sobretudo na mixagem e no desenvolvimento da arte gráfica, pois estávamos longe, havia um oceano Atlântico que dividia os profissionais que trabalharam conosco. Foram horas de mensagens de Whatsapp e toneladas de Emails.

 

Conta Juliano sobre o árduo trabalho de produção 

 

 

Com tantos estilos brasileiros, produção do outro lado do mundo e muitas mensagens, o duo considera o trabalho como “correspondências musicais” que faz um contraponto com o primeiro, gravado inteiramente em duo de violões. “‘Música Disfarçada de Gente’ é uma brincadeira metafísica que juntos compartilhamos, na qual a música é uma entidade que se manifesta no ser humano a ponto de indagarmos qual é o limite entre música e homem. Esse pensamento surgiu quando nos deparamos com alguns músicos, que hoje chamamos de amigos, e que fizeram uma revolução nas nossas cabeças quando os vimos pela primeira vez: Marcio Bahia, Martín Sued, Alexandre Andrés, Ian Guest, Rafael Martini, Pedro Franco são alguns desses exemplos, que conseguimos reunir nesse disco” afirma Juliano. 

 

 

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Charles Douglas
Virginiano, metropolitano de Ibirité, mas com a vida construída em BH, jornalista recém formado e apaixonado pelos rolês culturais da capital mineira. Está perdido no mundo da internet desde quando as comunidades do Orkut eram o Culturaliza de hoje. Quando não está com a catuaba nas mãos, pelas ruas de Belo Horizonte, está assistindo SBT ou desenhos no Netflix.