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Metallica mostra sua grandeza em show inesquecível em Belo Horizonte

Finalmente veio aí! Após pouco mais de dois anos de espera, o Metallica finalmente se apresentou em BH. E com um show que com certeza superou as expectativas até do fã mais otimista. Seja pelo setlist (cheio de surpresas), pela entrega dos caras no palco ou mesmo pelo espetáculo visual proporcionado por eles. Fato é, que o Mineirão entrou (literalmente) em chamas com a presença de umas das maiores bandas de heavy metal de todos os tempos.

 

Mas antes da atração principal, quem esteve no estádio pôde conferir o som de dois dos novos nomes do tanto do rock, tanto nacional, quanto internacional. As apresentações do Ego Kill Talent e do Greta Van Fleet foram um excelente aquecimento para o que ainda estava por vir.

 

E então, por volta das 21h, as luzes do Mineirão se apagaram e imediatamente um grande frisson tomou conta do público. Em seguida, It’s A Long Way To The Top (If You Wanna Rock ‘n’ Roll), do AC/DC, era tocada em todo o estádio, dando o tom do que seriam as próximas duas horas da noite. No palco, composto por 5 mega telões, surge um trecho do filme “Três Homens em Conflito”, acompanhado da canção “Ecstasy of Gold”, composta pelo grande maestro das trilhas de cinema de Western, Ennio Morricone. Era hora do show!!!

 

Foto: Jeff Yeager / Metallica

 

De cara, logo uma pancada. “Hardwired”, faixa-título do último álbum, surpreendentemente foi escolhida para abrir os trabalhos do Metallica em BH. “Ride The Lightning” e “Wherever I May Roam” vieram na sequência, levantando todo o estádio antes da primeira grande interação do vocalista James Hetfield com a plateia. Na fala, ele agradeceu a presença do público mesmo após o adiamento dos shows por conta da pandemia e destacou o fato de estarem na terra natal do Sepultura. No fim do discurso inicial, anunciou a próxima faixa que seria tocada, a matadora “Seek & Destroy”.

 

“Moth Into Flame” veio na sequência, junto com um espetáculo de chamas que estavam por todo palco e nas três torres localizadas no meio da pista, precedendo um dos momentos mais marcantes da noite, quando o quarteto mais famoso da música pesada americana executou um de seus grandes sucessos, a excelente “One”. Fogos de artifícios, luzes e chamas levaram os 60 mil presentes à loucura, culminando na segunda conversa de James com o público.

 

Foto: Brett Murray / Metallica

Visivelmente emocionado, o vocalista falou sobre a insegurança que sentia por estar ficando mais velho, dizendo que isso não o faz bem e quão é importante o apoio dos outros membros da banda. Nesse momento, seus companheiros saíram de seus postos e deram um grande abraço em Hetfield, que finalizou seu discurso apontando para a gigantesca plateia dizendo “Eu não estou sozinho e vocês também não.”

 

Outro sucesso, “Sad But True” deu as caras no gigante da Pampulha, sendo sucedida por mais uma surpresa no set dos caras, “Cyanide”. “The Unforgiven” chegou e foi cantada em um grande coral pelo público, que logo foi levado ao trash raiz com “For Whon The Bell Tolls” e “Creeping Death”. Para encerrar a primeira parte do show, uma sequência pra fã nenhum botar defeito: “Fade To Black” (tocada somente em BH nessa turnê) e “Master of Puppets” fizeram do estádio um verdadeiro caldeirão.

 

Foto: Brett Murray / Metallica

O bis final certamente foi o ponto mais alto do show. Com a bandeira do Brasil representada nos mega telões, o Metallica presenteou seguidores mais fervorosos da banda com um com uma raridade de seu segundo disco, “Fight Fire With Fire”. Em seguida, a emocionante “Nothing Else Matters” foi entoada a plenos pulmões pelos milhares que estiveram no show, que foi finalizando de maneira catártica com “Enter Sandman”. Então, o quarteto se reuniu, agradeceu e se despediu, prometendo não levar mais 40 anos para dar as caras na capital mineira novamente.

 

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Guilherme Dias
Desde de sempre, gosto de contar histórias e vi no jornalismo a oportunidade perfeita para fazer isso. Não vivo sem filmes, livros e música, principalmente rock n’ roll.