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16ª CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto debate caminhos para a preservação do audiovisual

Desde o dia 23 de junho, está acontecendo a 16ª CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto. O festival, que vai até o dia 28, propõe enfocar no contexto da Temática Preservação, uma reflexão conceitual com o tema “Preservação Audiovisual: Que caminhos trilhar?”, debatendo os anos de 1990 como tempos de transição tecnológica e conceitual em torno das guardas de material audiovisual.

 

Os debates que integram o Encontro de Arquivos vão refletir o assunto a partir de um recorte temporal e avaliar perspectivas para os novos tempos. A curadoria é assinada pela dupla José Quental e Ines Aisengart Menezes. A programação será transmitida no site www.cineop.com.br.

 

Na manhã do dia 25, sexta, às 10 horas, o encontro “A preservação de conteúdos nas redes sociais” faz um corte no tempo para trazer a conversa à proliferação das redes sociais que caracteriza o século 21 e a quantidade de material produzido diariamente nesses ambientes. Na sequência, às 14 horas, o público é convidado a conferir a masterclass internacional “Estratégias para o digital no Eye Filmmuseum e na Fiaf”, com Anne Gant, chefe de Conservação de Filmes e Acesso Digital da principal iniciativa de patrimônio audiovisual na Holanda.

 

No dia 26, sábado, às 16 horas, a mesa “A restauração de obras audiovisuais” é inteira nesse sentido, tratando dos processos de restauro e levantando a reflexão sobre ética e limites no manuseio das obras. No mesmo dia, às 18 horas, dialogando com este encontro, a mesa “Preservação: Da criação ao acesso” trata como a tecnologia digital, em constante processo de transformação, impõe cada vez mais a necessidade de pensar e planejar a preservação como uma etapa inseparável do processo de pré-produção de um filme.

 

No domingo, dia 27, às 12 horas, o mote da temática estará diretamente em debate numa mesa que leva justamente o título “Preservação Audivisual: Que caminhos trilhar?”, com Aluf Alba Elias, representando o Arquivo Nacional; Fernanda Coelho, conservadora audiovisual com muitos anos de Cinemateca Brasileira; Hernani Heffner, da Cinemateca do MAM e Marcos Sabóia, representando a Cinemateca de Curitiba. Na sequência o Arquivo Nacional lança a publicação “Declaração Digital | Recomendações para a digitalização, restauração, preservação digital e acesso”, de autoria da Fiaf.

 

Arte: 16ª Cine OP / Divulgação.

 

 

E às 14 horas, Ricardo Alfonso Cantor Bossa, diretor da Cinemateca de Bogotá, ministra a masterclass internacional que abordará “O audiovisual e a educação na Cinemateca de Bogotá”, onde vai compartilhar suas experiências, em especial sobre os atuais tempos de novos desafios. Às 16 horas, o encontro “Planos e estratégias de preservação digital para organizações” propõe práticas e ações que possam colaborar no setor, já que o âmbito digital requer, entre outras medidas, uma abordagem ativa da preservação, além de ações colaborativas entre profissionais das áreas de administração, arquivo e tecnologia da informação.

 

 

Na segunda, dia 28, às 12 horas, a produção universitária está nas preocupações do Encontro de Arquivos com a mesa “A preservação na extensão acadêmica”, destacando o trabalho do LUPA – Laboratório Universitário de Preservação Audiovisual, iniciativa de professores da Universidade Federal Fluminense e pioneira no trabalho da produção discente do curso de audiovisual e na formação, preservação e acesso de acervo regional.

 

Fechando a programação de debates da Temática Preservação com chave de ouro, o encontro internacional “A preservação na América Latina” estará no centro da fala de Mónica Villarroel, diretora da Cinemateca Nacional do Chile e coordenadora executiva da CLAIM (Coordenadoria Latinoamericana de Imágenes en Movimiento), associação de 35 arquivos e cinematecas do continente.

 

 

 

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Guilherme Dias
Desde de sempre, gosto de contar histórias e vi no jornalismo a oportunidade perfeita para fazer isso. Não vivo sem filmes, livros e música, principalmente rock n’ roll.