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“Não Olhe Para Cima” é uma sátira bem construída. Tenho motivos para você assistir!

A Netflix encerrou 2021 com mais um sucesso. “Não Olhe Para Cima” estreou no início de dezembro e já é o terceiro longa mais assistido da plataforma, na categoria dos filmes mais assistidos em 28 dias, ficando atrás apenas de “Alerta Vermelho” e “Birdbox”. 

 

Dirigido por Adam McKay, o filme conta com grandes nomes em seu elenco, como Jennifer Lawrence, Leonardo DiCaprio, Meryl Streep e Jonah Hill. O mais incrível é que Adam escreveu a história antes da pandemia, mesmo tendo várias referências de nossa atualidade, como, por exemplo, a desvalorização de estudos científicos. 

 

 

 

Como é o filme?

 

O longa narra a história de cientistas que transitam entre o desespero e fama após descobrirem um meteorito que atingirá o planeta Terra em poucos meses. Eles tentam de tudo para alertar às autoridades sobre o perigo e é a partir daí que a crítica social começa. Vemos um governo mais preocupado com as próximas eleições e uma população mais ligada no término de um casal de celebridades. Parece familiar? 

 

O que achei do filme?

 

 

Uma sátira bem construída. O assunto é sério, mas é contado de forma leve. A crítica é feita por meio de sátiras e, por muitas vezes, associei a um tipo de humor britânico. Quem já assistiu alguma produção humorística de lá vai entender essa minha associação. No geral, gostei bastante do filme. Seu tema – fim do mundo- já está mais do que comum em produções audiovisuais, porém, o seu roteiro consegue agregar reflexões válidas e isso me deixou empolgado enquanto assistia.

 

Qualquer pessoa que assista é capaz de perceber – com visões diferentes,  claro – a sua principal mensagem: criticar o capitalismo e suas ações que, por muitas vezes, são vendidas como a salvação da humanidade. Isso é importante e necessário. Estamos vivendo situações parecidas atualmente, né?! Milhões de negacionistas espalhando fake news, empresários sendo considerados heróis, governo desconsiderando estudos, estudantes sendo desvalorizados…

 

Consegui refletir sobre o quão perigoso e agonizante é depender da nossa espécie (seres humanos… ainda temos uma salvação?) em uma situação tão maluca como aquela. Durante vários momentos do filme (vários mesmo), senti a necessidade de tomar alguma atitude radical, mas infelizmente ou felizmente, eu era apenas um espectador. 99,99999% felizmente. 

 

Vemos claramente na história o poder do dinheiro em nossas vidas e como os mais favorecidos podem comprar, literalmente, pela vida de todos nós. O filme vai te fazer rir para não chorar e, por isso, te recomendo. 

 

Assista clicando aqui. 

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Charles Douglas
Virginiano, metropolitano de Ibirité, mas com a vida construída em BH, jornalista recém formado e apaixonado pelos rolês culturais da capital mineira. Está perdido no mundo da internet desde quando as comunidades do Orkut eram o Culturaliza de hoje. Quando não está com a catuaba nas mãos, pelas ruas de Belo Horizonte, está assistindo SBT ou desenhos no Netflix.