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6 séries com protagonistas LGBTQIA+ para assistir na semana do orgulho

No dia do Orgulho trazemos uma seleção de séries que mostram a vivência da comunidade pelo mundo.

 

Hoje (28/06) celebramos o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, um dia importante para toda a comunidade para reafirmar seu orgulho e apontar os problemas que passam durante todo o ano. 

 

A representatividade sempre foi um problema, não se ver na tela ou apenas se ver como piada era coisa comum, às vezes sendo ainda. Os tempos mudaram, a passos bem lentos para pessoas que não se identificam como héteros e cis, mas hoje muitas dessas vivências já podem ser vistas representadas nas TV’s ao redor do mundo, algumas problemáticas, outras mais reais, mas as histórias LGBTQIA+ hoje são protagonistas. 

 

Por isso listamos 6 séries atuais com histórias da comunidade para assistir nessa última semana do mês do orgulho, confira:

 

Manhãs de Setembro, Amazon Prime Video

 

Foto: Amazon Prime Video/Divulgação

 

Lançada na última semana (25), a grande produção brasileira traz a também cantora Liniker como Cassandra no papel principal, uma mulher trans que quando finalmente consegue se mudar para seu primeiro apartamento e sonhar com a independência, recebe a visita de uma amiga do passado trazendo a notícia que pode mudar sua vida: Cassandra é pai de um menino de 10 anos. Com muita dificuldade, a protagonista tenta entender e encaixar as novas partes de sua vida em seus planos e sonhos, com uma fotografia linda e uma trilha sonora recheada de sucessos da música nacional, até porque Cassandra além de trabalhar como motogirl, idolatra a cantora Vanusa, que quase se torna uma personagem da série, numa linda homenagem à cantora falecida em 2020. O elenco ainda inclui Linn da Quebrada e Karine Teles, conhecida por “Bacurau”, os 5 episódios da primeira temporada já estão disponíveis na Amazon Prime Video.

 

Special, Netflix

 

Foto: Netflix/Divulgação

 

Enquanto gays não se viam nas telas muito, gays com deficiência não se viam nunca, e o foi isso que Special veio mudar. Escrita e estrelada por Ryan O’Connell, a série ilumina para as pessoas a luta pela independência e as dificuldades de se adaptar em um mundo não preparado para te receber pela visão desse grupo tão negligenciado. O protagonista Ryan, como o criador da série, tem paralisia cerebral, e está em busca de seguir sua vida sem a superproteção da mãe, com muito humor e muita representatividade, a série diverte enquanto quase te desenha o quão mais difícil coisas simples podem ser para todos. Destaque para a melhor amiga de Ryan, Kim, de origem indiana e muito bem resolvida com seu corpo, entrega uma dinâmica muito gostosa e sensível entre os dois amigos enquanto trabalham para um chefe não muito normal. Special chegou ao fim com sua linda segunda temporada no mês de passado, todos os episódios já disponíveis na Netflix.

 

Master of None, Netflix

 

Foto: Netflix/Divulgação

 

Em suas duas primeiras temporadas a série  trouxe Aziz Ansari como destaque, mas Aziz se afastou após acusações de má conduta e assédio durante o movimento MeToo, mesmo as acusações sendo levadas como dúbias até mesmo pelo próprio movimento. Ele deixa o protagonismo, fazendo a direção e roteiro, dando na terceira temporada do show espaço para a Denise, interpretada pela também roteirista da série Lena Waithe brilhar. Nessa temporada entramos no relacionamento da personagem no momento que ela e sua esposa estão morando no campo após o primeiro livro de Denise se torna um Best Seller, entre jantares desastrosos com os amigos e uma vontade de começar uma família, acompanhamos uma história de amor negro lésbico pela visão e escrita de uma mulher negra lésbica, inclusive primeira mulher negra a ganhar o Emmy na categoria de roteiro. Com apenas 5 episódios, a temporada já está toda na Netflix.

 

Feel Good, Netflix

 

Foto: Netlfix/Reprodução

 

Mas uma produção estrelada e escrita pela mesma pessoa, nessa acompanhamos Mae, interpretada pela humorista Mae Martin, no caminho de tentar fazer sucesso com seu show de stand up enquanto lida com problemas de relacionamentos que revelam questões de identidade, gênero e sexualidade para a Tv numa maneira leve e inteligente. Além disso, acompanhamos como a personagem lida com os traumas de uma adolescência cheia de vícios, tudo com muito humor e uma pitada de desconforto. Destaque para o núcleo familiar de Mae, com Lisa Kudrow interpretando sua preocupada, mas não muito interessada mãe que apenas a nossa Phoebe de “Friends” poderia entregar. Feel Good chegou ao fim com sua segunda temporada, com todos os episódios também na Netflix.

 

Generation, HBO Max

 

Foto: HBO Max/Divulgação

 

Escrita pela filha do diretor Daniel Barnz, Zelda Barnz aos 17 anos, a série traz uma versão real e atual sobre as descobertas de identidade e o começo da sexualidade numa era dominada pelas redes sociais. Com o grupo de protagonistas vemos varias vivencias como gay, lésbica, bissexual, assexual e trans na confusa época do final da adolescência. Destaque para Chester, um gay cheio de confiança e orgulho desfilando pela escola em crop tops de arco íris, interpretado lindamente por Justice Smith, ator famoso por “Pokémon: Detetive Pikachu” e “Jurassic World: Reino Ameaçado”, que se declarou parte da comunidade no ano passado. Com muita referência pop e uma trilha sonora digna das playlists da Gen Z, a série chega perto do final da primeira temporada, marcado para ir ao ar no começo de julho, os episódios já disponíveis estarão na HBO Max que chega no país dia 29 de junho, a tempo de acompanhar o final dessa intensa história.

 

Veneno, HBO Max

 

Foto: HBO Max/Divulgação

 

Um dos maiores sucessos do ano passado, a série espanhola chega agora ao Brasil e te da uma chance de entender o poder de Veneno. Criada e dirigida pelo casal Javier Ambrossi e Javier Calvo, vemos a história e lutas de um dos maiores ícones da Espanha: Cristina Ortiz, a trans que ficou famosa ao aparecer em programas de Tv e ficou conhecida como La Veneno. Para entrar na história dela vemos como ela mesma contou sua vida para Valeria Vegas, escritora que admirava a figura de Cristina e quando teve a chance de a conhecer, começa a escrever um livro sobre La Veneno, num processo cheio de descobertas e revelações para as duas. Com atuações muito verdadeiras, pessoas reais para interpretar a si mesmas na tela e muita representatividade, vemos a história de uma trans se desdobrando na história de várias, e assim tendo uma pequena amostra de como é sempre mais difícil para a letra T em todo mundo. Com oito lindos e sensíveis episódios, o incrível mundo de Veneno chega também pela HBO Max no dia 29 de junho, então corra para conferir.

 

A representatividade ainda tem um caminho longo, mas algumas de nossas histórias estão sendo contadas, para aprender e entender um aos outros e lembrar da força da comunidade LGBTQIA+ por todo o mundo, tem que ter orgulho mesmo, e muito.

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Edenil Júnior
Vindo (para não dizer foragido) do interior sul de Minas, mora em BH tentando ser designer gráfico. Perdidamente apaixonado por cinema, música, séries, podcasts e tudo que há de bom na cultura pop, adora fazer um bolão com os amigos para o resultado de qualquer premiação, se tem red carpet, discursos e famosos, ele vai tá atrás de links clandestinos. Boatos que já foi visto seminu pelas ruas de Belo Horizonte, mas nada comprovado...