Gastronomia

Rappi lança “shopping online”: entenda como funciona

Uma novidade interessante chegará ao Rappi, aplicativo de entregas da startup colombiana de mesmo nome. O app passará a contar, em sua próxima atualização, com o Rappi Mall, um serviço que simula um shopping center no aplicativo, com entregas feitas em até uma hora. A ideia, como o nome já indica, é garantir a experiência de visitar um shopping center para os usuários, mas de casa, sem risco de contaminação por causa da pandemia do novo coronavírus.

A proposta contará com o apoio de, pelo menos, 50 marcas parceiras, incluindo nomes que estão presentes na maior parte dos shoppings centers do Brasil, como a Decathlon, Fast Shop, L’Occitane e Saraiva. Inicialmente, o Rappi Mall está disponível somente na cidade de São Paulo e em período de testes. No entanto, o foco é expandir o projeto para as outras 60 cidades do país com atuação do aplicativo.

Para que o projeto dê certo, a Rappi dependerá de dois pontos principais. O principal deles será o trabalho interno das lojas físicas que estarão participando do projeto. Já o segundo, será a adaptação dos entregadores parceiros da startup. Com os dois lados trabalhando em sintonia, o Rappi Mall poderá atender milhões de pessoas, que passarão a poder comprar seus produtos das lojas favoritas em Rappi.

O modelo de funcionamento é mais ou menos o mesmo daquele usado em supermercados no próprio Rappi. Quando o usuário fechar o pedido e fizer o pagamento, o Rappi enviará uma mensagem para a loja, que terá um processo interno definido para poder preparar o pacote de entrega. Quando o pacote estiver pronto, a loja avisará o Rappi, que selecionará o entregador mais adequado para o trabalho e o enviará ao local para fazer a retirada e entrega do produto.

O objetivo do Rappi é permitir a entrega em até 1 hora daquilo que for comprado no aplicativo. Considerando que o Rappi Mall será uma versão digital dos e-commerces das principais lojas do país, a ideia é bater de frente com o prazo de frete que as lojas digitais oferecem e poder entregar tudo em um prazo muito mais rápido. O diretor da Rappi no Brasil, Eduardo Sodero, afirmou que o objetivo é vencer as ofertas de entregas em até 24 horas que outras marcas, como Amazon, Americanas e Mercado Livre, oferecem aos consumidores.

A remuneração do Rappi nesse negócio deverá funcionar com uma taxa sobre o valor de venda do produto. O percentual específico não foi revelado, mas tende a ser menor do que o cobrado em restaurantes, que é de 25% do pedido do usuário. Dessa forma, a expectativa é que os preços dos produtos no Rappi possam ser compatíveis com os das lojas digitais, com o frete em 1 hora sendo o grande atrativo de venda. Já o entregador será remunerado com toda a taxa de entrega, como já acontece em todos os outros produtos vendidos pelo aplicativo.

Para o usuário, o foco é total no produto e não nas lojas ou marcas. Ou seja: o usuário entrará no Rappi Mall e pesquisará o produto, verá uma listagem dos produtos por categorias e não uma listagem das lojas para ver o que há no estoque. Ele pesquisará, por exemplo, por um “Samsung Galaxy S21” e não entrará na Fast Shop ou outra loja de tecnologia para ver quais celulares estão disponíveis.

Para o Rappi, o foco atual é ajudar a treinar os 60 parceiros que estão dentro do sistema para poder manter um fluxo de logística de entrega bem montado. A ideia é que os parceiros possam deixar tudo já organizado para despachar o produto o mais rapidamente possível. De acordo com a Rappi, a instrução para alguns parceiros é de deixar tablets pela loja com o app do Rappi aberto, de modo que os vendedores possam agilizar os pedidos, inclusive interagindo com os clientes. Por exemplo, um cliente que tenha pedido uma camiseta em uma loja de roupas pode receber uma sugestão de bermuda ou calça que combina bem com aquela cor ou modelo.

Em relação ao futuro, além de expandir para mais cidades, a ideia do Rappi é aumentar o número de parceiros para deixar a experiência de compra mais completa para os consumidores. A meta atual da companhia é ter pelo menos 1000 parceiros no Rappi Mall até o fim de 2021, todos treinados e operando bem o fluxo criado.

Já em relação aos entregadores, atualmente a Rappi conta com 200 mil profissionais nas 60 cidades de atuação. O número dá conta da demanda atual de produtos, mas deverá aumentar conforme mais municípios contem com cobertura do Rappi Mall. Além disso, os equipamentos dos entregadores devem ser atualizados para poder lidar com alguns produtos mais sensíveis, como notebooks, por exemplo.

Por enquanto, ainda não há data para a chegada do Rappi Mall a outras cidades, mas a ideia é expandir ao máximo até o fim de 2021.

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