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“Malévola: Dona do Mal”: o que nos resta são efeitos especiais

Fui assistir a “Malévola: Dona do Mal” como uma criança que corre atrás de balas no Dia de São Cosme e Damião pelas ruas do interior… esperei por esse filme como um jovem apaixonado aguarda ansiosamente pelo primeiro beijo… porém, me decepcionei da mesma forma que um adulto sai da entrevista de emprego da sua vida após levar um não!

 

Trailer:

 

 

Um verdadeiro “não” foi me dado assim que vi o que se transformou o segundo filme da vilã tão amada de Angelina Jolie. Infelizmente, o roteiro dessa sequência da Disney não chega nem aos pés do primeiro, de 2014. É confuso, cheio de falhas, com vários problemas na narrativa… o que dá um tremendo descrédito à produção. E dá pra enumerar: a vilania tão explícita da personagem de Michelle Pfeiffer, mas nunca percebida; os pombinhos Aurora (Elle Fanning) e príncipe Philip (Harris Dickinson), que vão se casar, são de uma inocência inexplicável; a quantidade de personagens fadas e duendes sem a mínima necessidade; a também inexplicável existência de um mundo de seres alados que aparece do nada… Isso sem contar no respiro cômico que dão para Malévola, que, ao meu ver, deixa a personagem sem identidade, por mais que nos divertimos com seus sorrisos forçados.

 

Mas é aquele caso, né? É uma produção da Disney. Então, é sentar na poltroninha, ver sem muito reclamar porque o que tem de efeitos especiais incríveis, atuações perfeitas de Angelina Jolie e Michelle Pfeiffer e uma produção sombria e pirotécnica tão bem executada, só aí já vale o ingresso! Mas realmente pareceu que eles utilizaram de efeitos de altíssima qualidade para hipnotizar os espectadores e superar o roteiro insosso e cansativo. Tanto que essa foi a pior estreia dos estúdios Disney neste ano. Tá explicado, né? Ainda bem que não me decepcionei sozinho.

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Luiz Cabral
Palpiteiro de plantão, Cabral é, atualmente, responsável pelas colunas SuperDicas (@superdicasbh), com sugestões de gastronomia e diversão na capital; Nossas Histórias, com textos de cotidiano e comportamento; e Luiz, Câmera, Ação – www.luizcameraacao.com, com indicações de filmes e reflexões sobre o que a magia do cinema faz nas nossas vidas. A sétima arte, inclusive, é a sua maior paixão. Aqui neste espaço ele vai narrar, com sensibilidade e crítica, como um filme pode ser muito mais que duas horas de diversão na poltrona do cinema.