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“Ted Bundy”: Quando o mal se disfarça de irresistível

O famoso serial killer Ted Bundy, que já foi tema de filme de terror em 2002 e teve entrevistas e gravações reais em recente série-documentário da Netflix, volta aos holofotes com o longa “Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal”, em cartaz nos cinemas a partir desta quinta-feira, dia 25. O título original já diz tudo: “Extremamente malvado, chocantemente mal e vil”. É assim que um dos mais famosos e mais perigosos serial killers dos anos 70 pode ser definido. Mas, por mais que ele seja comprovadamente responsável pela morte de mais de 30 mulheres nos EUA, com uma culpa inquestionável, Ted ainda assim dividiu opiniões e ganhou admiradoras por onde passava. Culpa da sua inteligência, beleza e atração física avassaladoras.

 

 

 

O diretor Joe Berlinger, que também dirigiu a série-documentário “Conversando com um Serial Killer: Ted Bundy”, escalou Zac Efron para o papel principal e acertou. O eterno muso “High School Musical”, que já havia surpreendido em “Obsessão” (2012), fez o dever de casa e interpretou o necrófilo com intensidade. A atriz Lily Collins vive a namorada de Ted na época, Elizabeth Kloepfer. Inclusive, a história dos numerosos e terríveis crimes do psicopata americano é contada pelos olhos de Elizabeth, uma ótica atípica dos filmes sobre serial killers, sem cenas sanguinolentas e brutais, o que torna a produção ainda mais instigante: não existe a romantização das ações do personagem nem cenas cruas das mortes. Assim, você se vê em choque apenas com a reprodução da personalidade do assassino, com a vida normal que ele leva. E isso é incrível!

 

 

 

 

A sensação de realidade vai além das atuações e caracterizações. Quem sempre se interessou pelo caso sabe que as entrevistas de Ted e seu julgamento são extremamente chocantes, e o filme reproduz cada uma delas com uma fidelidade fantástica. Assim, você sai incrédulo da sessão, imaginando que qualquer um pode ser um psicopata e, além disso, impressionado em como um monstro é capaz não só de conquistar suas vítimas e enganar tantas vezes a polícia, mas de se transformar num verdadeiro show man

Trailer:

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Charles Douglas
Virginiano, metropolitano de Ibirité, mas com a vida construída em BH, jornalista recém formado e apaixonado pelos rolês culturais da capital mineira. Está perdido no mundo da internet desde quando as comunidades do Orkut eram o Culturaliza de hoje. Quando não está com a catuaba nas mãos, pelas ruas de Belo Horizonte, está assistindo SBT ou desenhos no Netflix.